(Fotos: Divulgação)
O Parque da Cidade tem potencial para
um novo vetor de mudança de hábitos
e costumes dos fluminenses
Para acompanhar o segundo vídeo da sequência com os prefeitáveis de Barra Mansa sobre Cultura, publico uma carta escrita para minha amiga Rosália Reis, em 18 de abril de 2012.
Como começou
A relação com o Parque da Cidade é antiga. Claro, como todos barramansenses sempre frequentei o Parque para ir às exposições de gado e shows que aconteciam lá. Porém, no ano de 2004 fui estudar teatro na UniRio e voltei para trabalhar por aqui em 2008. O Parque da Cidade já não era mais quartel e tinha um projeto grande de música acontecendo por lá. O ambiente me lembrava muito o pátio da UniRio, com músicos ensaiando suas partituras ao ar livre e um entra e sai de caminhão com instrumentos e mais instrumentos.
O que fez e o que faz lá
No ano de 2009 começamos a entrar nas políticas públicas para cultura em Barra Mansa. Ficamos antenados com os fóruns, conferências, conselhos etc. Participamos do Fórum Municipal de Cultura que foi realizado, sob muitas polêmicas, em 2009 onde elegeu o atual Conselho Municipal de Cultura, do qual faço parte como conselheiro eleito representando o Teatro e a Literatura, pela parte da sociedade civil. Essa abertura dentro do Conselho nos possibilitou acesso aos projetos e iniciativas que consequentemente deveriam passar por ali, para aprovação. Numa dessas reuniões, ainda em 2010, ouvimos uma história de que o Parque da Cidade seria destinado para a Cultura, que deveria ser o Parque Cultural da Cidade. E lá havia já um espaço destinado ao teatro. Sincronizado a esses acontecimentos, começamos (o Coletivo Teatral Sala Preta) a propor no início de 2010 o projeto Nasce Uma Cidade.
Esse projeto previa uma revisão dos valores culturais da cidade, trazendo para as ruas o tradicional desfile cívico totalmente revisto. Há pelo menos oito anos (antes de 2010), os desfiles cívicos e festas populares como o Carnaval foram levados para dentro do Parque. Ora, se o Parque estava sendo destinado para as manifestações culturais, nada mais justo do que levar para lá todas elas, certo? Para mim, errado. Um desfile cívico deveria ter uma participação ampla e efetiva do povo. Um desfile cívico deve trazer para as ruas a cara do povo, aquele que representa a própria identidade da cidade, afinal, no dia da comemoração da emancipação política e administrativa de um município o que deve ser ressaltado são os seus bens de consumo, sua produção cultural, sua identidade e valores. Nada melhor do que colocar os próprios artistas barramansenses para expressar esse valor.
Mapeamento dos fazedores culturais
Para realizar um projeto desses seria necessário realizar um amplo mapeamento dos fazedores culturais, além de um espaço onde pudessem caber todos eles. Nesse ponto entra a figura do gerente de cultura de Barra Mansa, Vicente Melo. Ele, visionário, revolucionário, percebeu que essa pegada seria fundamental para que o processo cultural da cidade entrasse em uma profunda articulação em benefício próprio. A cidade merecia um projeto como aquele e o projeto merecia um espaço adequado. Então, ele percebeu um espaço obsoleto, que somente era usado na época da Exposição Agropecuária de Barra Mansa, que ocorre em maio. Esse espaço era conhecido como Pequenos Animais, o galpão dos Pequenos Animais. Ali era um galpão de cerca de 600 metros quadrados com banheiro, um quartinho de apoio e portões amplos. Começamos a ensaiar lá em 2010. Levamos cerca de 50 atores, músicos e artistas em geral. No ano de 2010 movimentamos mais de 400 artistas para esse projeto. A facilidade de acesso ao projeto Música Nas Escolas, ao barracão do Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos do Chacrinha e a sala de ensaio da anciã Banda São Sebastião também foi um aspecto que nos fez perceber o potencial daquele lugar.
No ano de 2010 o espaço foi ocupado pelos Correios, que mantinham um convênio com a prefeitura para armazenar milhões de livros de toda a rede pública de ensino do Estado do Rio de Janeiro. Eles utilizariam o Pequenos Animais e nós não teríamos espaço para trabalhar. É aí que entra o espaço do atual Tulhas do Café. Esse galpão ser localiza em frente ao Pequenos Animais, porém, dentro do grande hangar que existe lá no Parque. O Tulhas era de fato um entulho só. Todo material que não era utilizado pela Secretaria de Educação era depositado ali. E também funcionava uma marcenaria, onde concertavam as mesas, cadeiras e armários das escolas. O espaço estava largado, era insalubre, infestado de pombos, ratos, baratas, nem a Zoonose entrava lá. Topamos ficar com o espaço e fizemos uma limpeza geral lá. As fotos do processo podem ser vistas no Facebook do Sala Preta.
Foi um trabalho duro. Pensávamos que estávamos fazendo bonito para político aparecer. Mas sempre acreditamos no potencial daquele lugar. Isso nunca nos desmotivou. Depois de limparmos tudo, começamos a explorar aquele espaço com atividades. Ensaiamos, criamos espetáculos novos, fizemos oficinas com gente de fora do país, com atores renomados no país, trouxemos grupos para conhecer. Fizemos toda uma mobilização em torno do espaço. Inclusive, montamos o Nasce Uma Cidade 2011, lá. No meio do processo de construção do Nasce 2011 chegou a notícia de que teríamos que liberar o espaço para que começassem as obras. Tá. Até aí quase tudo bem.
Demolição da coluna
Dentro do Conselho Municipal de Cultura, começamos a briga com o projeto da obra. Nos foi apresentado um projeto de construção de um auditório que previa a demolição de uma coluna, o que a meu ver, com um parco conhecimento de arquitetura, era uma iniciativa impossível. Aquela estrutura não aguentaria em hipótese alguma uma obra como aquela, e verba disponível nem sequer faria a mão francesa em aço para que fosse sustentado o teto. Rechaçamos o projeto com todas as nossas forças dentro do Conselho. Fizemos encontros com o superintendente de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro, fizemos reuniões com os arquitetos da Susesp e sempre ouvíamos a mesma coisa: Desistam, aquele espaço será um auditório.
Porém, nunca desistimos. Sempre encaramos aquilo como um desafio. Numa dessas reuniões com os arquitetos, nós dissemos que se eles analisassem bem, ou melhor, se tivessem perguntado para quem utilizaria aquele espaço o que realmente nós precisaríamos para fazer um bom uso de cada metro quadrado, nós faríamos de outro jeito. Se eles analisassem bem, veriam que a área livre que alcançariam com a retirada da coluna daria exatamente a mesma se pensassem no projeto invertido. Ou seja, não era necessário gastar todo aquele tempo e dinheiro com aquela manobra de retirada de coluna. E, além disso, nós teríamos espaço para construção de uma sala multiuso, onde se poderia realizar aulas de teatro, de ritmo, de teoria, teríamos também um ateliê para produção de cenários, figurinos e adereços, dois foyers, afinal, aproveitaríamos a entrada principal, voltada para rua, e uma entrada central voltada para o vão existente no centro dos galpões. Além de aproveitar a marcenaria já existente para a adaptação dos camarins, uma sala de apoio para o administrativo, uma copa para as comidinhas dos camarins, um mezanino para ficar a cabine técnica. Claro, isso não foi aceito. Seria impossível alterar qualquer projeto, pois ele estava aprovado no Padec e a construtora já tinha sido licitada. Mas eu pensava: Gente, como pode uma empresa de engenharia topar fazer uma obra dessas!!!??? Vai entender!
Questões políticas culturais
No Nasce Uma Cidade desse mesmo ano, resolvemos levantar algumas questões políticas culturais, então elaboramos uma cena para a frente do Palácio Guapy, antiga Câmara Municipal. Precisaríamos criar um contexto que levasse o público para a próxima cena que aconteceria na frente do Clube Municipal (antiga Casa do Barão de Guapy, onde ficou hospedada a Princesa Isabel, quando veio para a inauguração do prédio da Estação). Então, pensamos em fazer, baseado no poema da Lacyr Schettino, no trecho que diz mais ou menos assim: “Quantas fogos na beira do Paraíba, quantas casacas, chapéus e plumas. Quanta gente para ver a banda que veio de fora para festa na cidade...”. Algo parecido com isso.
Então pensamos que essa banda pudesse ser uma trupe, vinda de fora, uma trupe imperial que receberia a Princesa. Porém, essa trupe levantaria uma questão: a do mastro do circo. O texto dessa cena foi basicamente construído pela Nathália Dias Gomes e a música toda composta pelo diretor musical do Sala Preta, Bianco Marques. A música ficou incrível, era pra ser cantada em coro com vários personagens circenses, bom mais isso não vem ao caso. O lance é que no meio da cena apresentávamos a Princesa Isabel ao povo, dávamos as boas vindas e de repente ela havia sumido. Então, para enrolar o público os artistas começavam a fazer diversos números. Até que, antes do gran finale, chegava um fiscal, com pinta de peão de obra, e mandava parar tudo. Aquilo causava uma indignação geral. Os artistas começavam a se questionar o porquê e ele dizia: Pode parar com tudo, pois precisamos tirar essa pilastra daí. E os artistas tentavam convencê-lo de que aquilo não era uma pilastra, aquilo era o mastro do circo e não poderia sair dali, pois estava ali há anos. Então ele dizia que ela precisava sair, pois ali estava previsto um projeto revolucionário que previa a retirada daquela pilastra e não havia discussão.
Nesse momento, o palhaço se lamentava e se conformava em ter que sair dali para a retirada da pilastra, ou melhor, do mastro, mas antes ele pediu permissão para um último número, o número do Mágico! Autorizada a performance o Mágico manda chamar a conga, que é misteriosamente transformada na própria Princesa Isabel. A princesa então identifica que os artistas estavam com um problema e “decreta” a Lei de Incentivo Municipal do Fico do Mastro, fazendo referência ao seu avô. Os artistas aclamam a decisão e enxotam o fiscal da cena! Essa cena estava pedindo, de forma poética, que essa pilastra ficasse! Dias antes de o espetáculo acontecer, o Alexandre, da Susesp, esteve no Tulhas visitando com a engenheira e dizendo pra mim que era melhor militarmos por um outro espaço, pois aquele não teria mais como. Cortou todas as nossas esperanças... Havíamos decretado a derrota.
Laudo técnico
Porém, dois dias depois de a Princesa “decretar” a “lei”, o Alexandre me ligou perguntando como é que a gente queria o Teatro. Não entendi nada... Perguntei: Como assim? Então ele em contou que foi feito um laudo técnico pelos engenheiros da obra e que seria impossível a retirada da pilastra. Isso foi assim uma das maiores notícias que poderíamos ter recebido. Marcamos uma reunião na sala dele, lá na Susesp, para discutirmos as necessidades e possibilidades, então nos articulamos com uma “turminha de arquitetos o barulho” que nos deu uma grande força. Pedimos apoio a Jamilla Vigorito, que colocou todas as nossas palavras em AutoCAD, depois veio o apoio da Andrea Auad e sua equipe de alunos, que nessa hora que você chegou mais efetivamente próximo da ideia. Um pouco antes de isso tudo acontecer, você já havia me procurado para saber sobre os espaços alternativos para a experimentação da cena artística. Daí eu disse: Ih, o que não falta aí é pano pra manga.
Bom, passado o Nasce, precisaríamos novamente sair do Pequenos Animais (pra onde voltamos quando começaram as obras) porque os Correios entrariam lá com os livros novamente, apesar do Mury ter nos garantido que o convênio havia encerrado e que o Parque ficaria livre, aos poucos, dessas intervenções alheias à Cultura. Fomos para uma sala de apoio do TG, emprestada. Lá é uma espécie de almoxarifado. Onde não tem muito espaço para se trabalhar, as coisas estão guardadas apenas e nossas atividades lá, como ensaios, oficinas, cursos, reduziram a frequência. Chegamos a realizar aulas de canto e perna-de-pau, mas não durou muito. Pois o espaço ali realmente não favorece.
Parque sustentável
O Parque da Cidade tem um potencial de geração de informações impressionante. Tendo espaços de referência como Teatro Oficina (SP), o grupo Galpão (MG), a Terreira da Tribo do Ói Nóis Aqui Traveis (RS), o Sesc Fábrica em São Paulo. Pensemos também no Pompidou, em Paris, o Parque da Cidade poderia gerar um fluxo e intercâmbio entre linguagens incrível. O Nasce Uma Cidade é a prova disso. Se tivéssemos trabalhando num espaço abertamente com os grupos de Carnaval atuando, a capoeira, os atores, músicas, os sertanejos, um lugar para receber gente de fora, como um albergue de artistas, além é claro de uma estrutura com restaurantes, bares, lanchonetes, o próprio Parque seria sustentável, pois o volume de consumidores lá dentro já geraria demanda pro próprio espaço se manter. Isso seria assim uma vivência dentro de vivência, o que eu quero dizer, artista consumindo artistas consumados.
Agora, pensando no potencial de público... Ah, isso não teria limites, pois poderíamos, lá, atender toda a região sul fluminense, com shows, exposições, eventos de grande porte, como as feiras de negócios etc., que já acontecem lá, porém, o público desses eventos midiáticos teria acesso à produção local, aos artistas locais. Imagina um público que vai assistir ao Michel Teló naquele ginásio e no caminho para a arena é obrigado a passar por uma feirinha de artesanato de Amparo, por uma exposição de fantasias das escolas de samba, e passar por uma confusão de aromas e sabores das comidas produzidas aqui, como doces etc. E se no meio disso tivesse uma exposição com um aquário enorme com jacarés de papo amarelo. Todos os consumidores do local, de dentro e de fora da cidade, teriam obrigatoriamente que perceber a nossa cultura, a nossa identidade. Se tivessem lá bibliotecas específicas com arquivos para consulta dos estudantes que teriam que realizar pesquisas propostas nas escolas. Aquilo lá também poderia ter uma parceria com a Faetec, que já existe lá dentro, com a Martins Pena ou a Uerj, ou a UniRio, para ter um centro de formação técnica e acadêmica de artistas, ou seja, gerar uma demande de profissionais artistas. O Senai tem material e cursos para a formação de gestores culturais. Não faltaria demanda para isso.
Ou seja, isso tudo que estou dizendo é um ideal! Seria lindo que isso acontecesse, existisse. Imagina uma exposição de cafés? Como tem de agropecuária? Todo o Parque deveria oferecer café gratuito ao povo como forma de contrapartida da exploração deste solo. Saíram todos muito exaustos deste ciclo, solo, escravos e fazendeiros... Expusemos isso no Nasce também.
Parque da Cidade deveria ser uma nova incubadora cultural
Me lembro do PG, da Superintendência de Obras do Estado dizendo: Para que vocês querem um espaço com capacidade de atender 1 milhão de pessoas, se vocês não têm nem isso de habitantes? Mas aí é que tá, o Parque da Cidade tem que atender o Sul Fluminense. Barra Mansa foi a mãe dessas cidades todas. Barra Mansa pariu a cultura dessas cidades vizinhas, como Porto Real, Quatis, Volta Redonda. Barra Mansa é filha de Resende, São João Príncipe e Valença. Pertence a um vale riquíssimo de cultura popular, como a Folia de Reis, jongo, futebol, samba. O Parque da Cidade deveria ser uma nova incubadora cultural desses municípios. Deveria abrigar como mãe gentil os filhos desse solo. Ou seja, regredir à sua raiz, ao seu pioneirismo empreendedor, na economia, na cultura (aqui eram lançados filmes e peças de teatro antes de serem apresentados na capital federal no século XIX), para “organizar” um certo progresso, mas sem nunca esquecer o amor pela terra, pela origem.
O grande desafio é lançar isso nos jovens. Os principais consumidores de cultura de forma geral. É neles, ou melhor, em nós, que devemos despertar esse interesse. Mas se não temos leis fortes para serem cumpridas, e se temos um poder público que ele próprio descumpre as precárias leis para cultura, fica mais difícil. Uma esperança é o novo Sistema Nacional de Cultura e o recente movimento para a construção do Plano Municipal de Cultura. Acredito nessas mobilizações. Boto fé que entraremos num caminho em 2012 em diante que transformará de vez o cenário cultural da região.
Muito mal administrado
Aquele espaço hoje é muito mal administrado. Eu sei que há uma boa intenção de transformar aquilo num equipamento cultural do estado, ou seja, amarrado em leis, por exemplo, a do Sistema Municipal de Cultura. Porém, não há gestor capacitado para perceber aquilo como um centro de informações. Nem tampouco que possa identificar o potencial sustentável que aquilo tem. Recentemente eu visitei o centro de tradições nordestinas Pavilhão Luis Gonzaga, em São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Aquilo lá é um organismo vivo. O cara que vende comida compra a farinha lá dentro mesmo, lá você encontra material de construção, facas, fogareiros, bico de fogão, fogão industrial, bebida, artesanato.
Daí eu visitei um ateliê de um artista pernambucano que me chamou atenção. Então entrei e perguntei quanto custava a maior luminária que ele estava fazendo. Ele me disse que aquele ele já tinha vendido para decorar o restaurante ali da frente. Foi aí que percebi que aquele espaço se auto sustenta. Ou seja, o restaurante compra nas barraquinhas de produtos típicos os ingredientes, eles encomendam artesanatos para decorarem seus estabelecimentos, contratam artistas que fazem um circuito entre os seis palcos que tem lá dentro que tocam forró o dia inteiro. Você pode encontrar os CDs piratas dos artistas que tocam lá nas barraquinhas de CD de tecnobrega e eles compram as mídias baratas lá dentro mesmo, na lojinha de gambiarra cearense. Há um intenso consumo de bebida. Os bêbados de plantão não saem arrumando briga. Eles curam ressaca nas inúmeras redes que são vendidas lá dentro e são produzidas no Nordeste. A comerciante que tem uma loja lá compra uma única peça nas feiras populares do Nordeste e traz de molde para as artesãs que vieram migradas de lá. Então elas copiam e produzem tudo aqui. Misturando o artesanato de lá do Nordeste com o do Rio. Ou seja, o espaço se auto consome.
Potencial de consumo inimaginável
Aquilo gera um potencial de consumo inimaginável. Até nordestino que chega aqui querendo fugir do Nordeste vai lá para matar a saudade, são turistas cariocas e de todo o lugar do mundo que podem chegar ali e ter acesso a um pedaço de Brasil dentro de um outro pedaço de Brasil. Eu costumo chamar esse tipo de coisa da desordem pelo regresso. Uma maneira de se regressar à sua terra. À nossa própria terra. Nós mesmos brasileiros voltarmos nossa percepção para dentro do nosso país. Nós mesmos barramansense voltarmos nossas atenções para dentro do nosso município. As opções de lazer na região são imensas. É parque nacional ecológico, parque aquático, orquestra. Então tem em Vassouras, Volta Redonda, Resende, aqui mesmo. A capital não fica mais que duas horas de carro daqui. Então é claro que há um movimento in-out para o consumo cultural. O Parque da Cidade tem potencial para um novo vetor de mudança de hábitos e costumes dos fluminenses. Temos que pensar no vetor out-in para Barra Mansa.
Hoje estamos esperando as obras do Túlias do Café ficarem prontas para começarmos a explorar a nossa linguagem de forma ampla e democrática. Acessível e disponível. Nossos artistas, nosso potencial humano está migrando daqui... Precisamos catalisá-los de volta. Novamente.
Agora é começar a trabalhar.
Beijão.
Boa sorte no seu trabalho
Se cuida.