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Evolução

Parada LGBT de Volta Redonda leva milhares à Amaral Peixoto

Movimento Sem Homofobia acertou ao mudar o evento da Vila Santa Cecília para a avenida, no Centro

Geral  –  10/08/2015 19:59

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(Foto: Reprodução/Facebook) 

Cerca de 3 mil pessoas, segundo estimativa

da Guarda Municipal, participaram da Parada

 

> Entrevista: Parada do Orgulho LGBT de
Volta Redonda é ampliada e muda de local

Felippe Carotta 

A Avenida Amaral Peixoto, um dos centros comerciais mais badalados de VR City, se transformou em um grande caldeirão na tarde de ontem (domingo, 9). Take it easy, filhinhos, porque só quem fritou foram as cerca de 3 mil pessoas, segundo estimativas da Guarda Municipal (Nota da Redação: segundo os organizadores, foram 5 mil), que participaram da terceira edição da Parada do Orgulho LGBT da cidade, organizada pelo Movimento Volta Redonda Sem Homofobia. É inegável a evolução do evento desde a primeira vez em que aconteceu, na Vila Santa Cecília. Aliás, o minguado público das edições anteriores se avolumou este ano, que registrou, a olhos vistos, o maior número de babadeiros de todos os anos.

A decisão de levar o evento da Rua 33 (Vila Santa Cecília) para a Amaral Peixoto demonstrou-se acertada, se levarmos em consideração que lá, longe dos olhares conservadores da elite "vilarejeana", um número maior de pessoas pode ter se sentido à vontade para escapulir rapidinho do armário e apreciar o evento, ou simplesmente para dar uma passadinha para curtir o tuntz-tuntz-tuntz e as belíssimas montadas dando um show à parte.

Por outro lado, o fato de a Parada ter se encerrado em uma rua atrás da via principal, conhecida por abrigar a mítica Dancinha (entendedores entenderão - Nota da Redação: o autor do texto se refere ao Auê Bar), tirou um pouco o brilho da festa, principalmente em relação à visibilidade social. Ficou parecendo um pouco gueto, empurrando o arco-íris para um lugar pouco iluminado da city, quando, na verdade, ele merecia estar brilhando em escarlate, na Avenida Atlântica da Cidade do Aço. Seria lindo ver a performática Gabrielly Rodin (do Tudo pela Audiência tá, meu amor) fazendo todo mundo ferver em plena Vila, ou Amaral Peixoto... Faltou lacrar nesse sentido.

Só o que não deu para entender foi a postura da maioria da imprensa local. Nenhuma notinha nos sites, em seus plantões de notícias... Eu disse: Nen-Hu-Ma. Parece que nada aconteceu no domingo, além do alto forno da CSN soprando suas línguas enormes de fogo pelo céu acinzentado. A Parada não foi pra tanto, claro, mas também... Nenhuma letrinha, mínima, dando pinta nos sites. Arco-íris desbotam quando passam em branco. Não combina. Anyway, a verdade é que milhares de pessoas colocaram, lindamente, a cara no sol. A cara no sol é pra poucos, a gente sabe, mas o respeito e a tolerância, ah, esses, sim, deveriam ser para todos. 

> Felippe Carotta é jornalista e escritor

Por Redação do OLHO VIVO  –  contato@olhovivoca.com.br

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