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Ainda Não Empolgou

"Hannibal" mostra o início dessa história de sucesso na literatura e no cinema

Série tem aplicativo de tecnologia inédita no Brasil: o second screen; gratuito traz tudo sobre a série, como histórias dos personagens e vídeos

Colunistas  –  24/04/2013 21:03

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(Fotos: Divulgação)

Mads Mikkelsen, que mesmo tendo aquele ar

frio e cruel em volta de si, não impressiona

 

"Hannibal", uma das séries mais esperadas de 2013 pelos fãs de um dos personagens ficcionais mais intrigantes e assustadores, Dr. Hannibal Lecter, estreou nos EUA na Rede ABC, que acredita muito no potencial da produção. Embora a audiência de estreia tenha sido razoável, até o momento a expectativa é de que a série tem tudo para manter números que assegurem a renovação para um segunda temporada. Aqui no Brasil podemos conferir "Hannibal" todas as terças, às 22h, no canal AXN. O roteiro é baseado no livro "Dragão Vermelho", de Thomas Harris. Os filmes fizeram muito sucesso, principalmente os que tiveram o ator Anthony Hopkins na pele do assassino em série. Hopkins ganhou um Oscar por sua atuação em "O silêncio dos inocentes", primeiro filme da saga. A série também terá pitadas dos outros livros e dos filmes. Martha De Laurentiis, que produziu para os cinemas "Hannibal", "Red dragon" e "Hannibal rising", é uma das produtoras. 

A série tem a proposta de mostrar o início dessa história de tanto sucesso na literatura e no cinema. Em 13 episódios nesta primeira temporada, vamos acompanhar a trajetória do psiquiatra forense Hannibal Lecter, que nas horas vagas é um psicopata canibal com gostos requintados, cultura e inteligência acima da média. Tudo gira em torno da relação de Hannibal (Mads Mikkelsen) e Will Graham (Hugh Dancy). Will trabalha na composição de perfis criminosos para o FBI e tem uma habilidade única que o permite pensar e sentir como os assassinos. Ele é extremamente inteligente e talentoso, mas também é um cara depressivo, instável emocionalmente e com problemas de sociabilidade. Em determinado momento passa a trabalhar com Hannibal, que vai ajudá-lo na complicada tarefa de traçar o perfil de um serial killer que tem a mente tão doentia, que até mesmo Will tem dificuldade para alcançá-lo. 

E assim começa o jogo entre gato e rato 

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No elenco se destaca também Laurence Fishburne,
que migrou de "CSI", e interpreta Jack Crawford

Um jogo que mostra uma parceria genial, afinal, os dois têm suas peculiaridades. Mas obviamente o doutor Lecter está à frente, pois Will Graham nada mais é do que alguém que ele observa a título de estudo. As vezes se tem a nítida impressão de que Lecter está friamente se divertindo com a situação. Pois Will não tem a mínima ideia de com quem está lidando. 

No elenco se destacam também Laurence Fishburne, que migrou de "CSI", interpreta Jack Crawford e dispensa comentários sobre sua boa atuação, e Gillian Anderson (a inesquecível Dana Scully de "Arquivo X"). Ela é a psiquiatra do Dr. Lecter e não sabe que seu célebre paciente é um serial killer canibal. Mas Gillian só aparece nos episódios sete, oito, 12 e 23. Confesso que tenho uma certa expectativa pela participação dela. Até o momento não senti nada de impactante nos atores da série. Nem mesmo em Mads Mikkelsen, que mesmo tendo aquele ar frio e cruel em volta de si - que tem tudo a ver com Hannibal - não impressiona, pelo menos até agora. Hugh Dancy dá a impressão de que poderia ser qualquer outro em seu lugar. O que prende a atenção é sem dúvida a trama em si, já conhecida do público em geral. 

Ares de produção inglesa 

A adaptação de Bryan Fuller (criador de "Dead like me" e "Pushing daisies") tem ares de produção inglesa e o foco não é a ação e sim a argumentação dos personagens em meio às investigações dos crimes. Tomara que o pessoal responsável pelo roteiro tenha fôlego e imaginação suficientes para não cair no lugar comum e manter o clima intelectual que "Hannibal" exige. Eu gostei, mas não fiquei empolgadíssima. Justamente pela falta de empatia dos atores principais nesse início. Continuo esperando mais, afinal, de todas as estreias de 2013, "Hannibal" veio com o propósito de ser a melhor, segundo os críticos de plantão. 

Para finalizar um detalhe interessante: "Hannibal" tem um aplicativo de tecnologia inédita no Brasil: o second screen, disponível em vários idiomas. O aplicativo gratuito tem tudo sobre a série, como histórias dos personagens, vídeos de bastidores, entrevistas com o elenco, curiosidades de cenas e detalhes das gravações. Funciona de forma sincronizada com cada episódio de "Hannibal", no momento de sua exibição.

> Clique & Confira: Site e programa para baixar o aplicativo

Por Silvaninha Medeiros  –  silvaninhamedeiros@live.com

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