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Olhar Pop

Cláudio Alcântara

claudioalcantaravr@hotmail.com

Enquete

Will Velasco vence disputa acirrada de melhor cantor da região

Vocalista da banda Independence conseguiu 36,68% dos votos; Rulian Castro, segundo colocado, ficou com 33,18%

Crítica  –  09/10/2012 16:52

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(Fotos: Divulgação) 

“Eu canto rock e é isso que eu gosto. A energia, a pegada são únicas desse estilo”

A disputa foi acirrada. Mas Will Velasco (da banda Independence), de apenas 20 anos, venceu a enquete dos “Melhores de 2012”, na categoria “melhor cantor da região”. Velasco conseguiu 36,68% dos votos dos leitores do OLHO VIVO, o que corresponde a 493 cliques. Rulian Castro surpreendeu e ficou em segundo lugar, com 33,18% da preferência dos internautas, e Júlio Victor (da banda Rabbithole) foi o terceiro colocado, alcançando 12,72% dos votos. Confira aqui o resultado completo da enquete. A coluna bateu um papo com Velasco, esse jovem artista que começou a cantar influenciado pela família, sempre envolvida com música.

Confira o bate-papo do OLHO VIVO com Will Velasco

Como foi ser escolhido o “melhor cantor da região” por votação popular, sendo tão jovem? Você esperava por esse resultado, que foi bem apertado?

Eu acabo de completar 20 anos, e fiquei muito feliz com a enquete. Ver meus amigos e família apoiando e votando, no mínimo, dá uma sensação de que você está no caminho certo. Estou muito animado com o resultado. Eu não sabia o que esperar, como você disse, a disputa estava acirrada. Então, não tinha como você esperar algo. Tudo o que eu sentia era aquela pequena adrenalina a cada vez que entrava pra conferir os resultados.

Algumas pessoas não curtem enquetes e estão criticando o OLHO VIVO por realizar a escolha dos “Melhores de 2012”. Qual a sua avaliação sobre isso?

Ouvi sobre isso, mas cada um pensa de uma maneira. As pessoas que não curtem enquetes não há nada que se possa fazer. No meu caso, vejo como uma forma de manter a cena da região sempre visível. Acho positivo tanto pra nós que fazemos música, quanto para quem a aprecia. É bom movimentar as coisas por aqui. É uma maneira de divulgar nossos trabalhos.

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“Queremos a oportunidade de criar nosso álbum físico,
e que cada vez mais pessoas possam conhecê-lo”

Quais são os seus cantores favoritos, cantoras, bandas (locais, nacionais e internacionais)?

No quesito voz: De Freddie Mercury, David Bowie, Michael Jackson até Andre Matos. Mulheres, posso dizer: Christina Aguilera, a Pitty daqui do Brasil, Etta James, Janis Joplin. Eu ouço muita coisa, e de estilos que se diferem. Bandas locais que ouço posso dizer Análise Central e Quarto do L, tenho um apego muito grande com a musicalidade de ambas as bandas, curto muito. E bandas internacionais tem inúmeras: Queen, Nightwish, Protest The Hero, Kamelot etc.

Quando e como foi o início da sua carreira? Estudou canto? Acha isso importante?

Minha família sempre foi envolvida com música. Se tenho memórias de infância, com certeza inclui minha família cantando e tocando. Foi através deles que eu me senti curioso pra fazer música. Não tenho como falar de início de carreira, uma vez que sou muito novo. Eu comecei a fazer shows com uns 16 anos, foi quando comecei a estudar canto também. Acho importante, porque você pode perceber a sua voz se transformando, você sente sua voz mais pura, mais pronta e potente.

Como você define o seu estilo vocal? Quais são as suas influências?

Uma pergunta difícil. Eu canto rock e é isso que eu gosto. A energia, a pegada são únicas desse estilo. Mas também fui muito influenciado pelos vocais de outros estilos. As bandas que citei acima basicamente englobam o que faz da minha voz ser o que ela é, sendo do rock ou não.

E a banda Independence? Faz que tipo de som? Fale um pouco sobre o trabalho da banda.

A Independence (eu, Cassio Pancini, Helder Martins e Leandro Silveira) faz rock. O engraçado é que quase toda a banda é formada por amigos meus de infância. Eu não cantava com eles, mas apreciava as músicas, e meus olhos sempre brilhavam quando ia ao estúdio vê-los tocar. Me chamaram então pra cantar com eles, e não tinha como recusar. Era algo que eu sempre quis fazer: cantar e compor com meus amigos. Em abril deste ano, lançamos nosso álbum virtual, o “Renova”, com 11 faixas autorais, enérgicas e de muito boa qualidade (modéstia à parte). Gravamos em três meses o álbum, no estúdio Jukebox. E foi minha primeira experiência em estúdio. Virando noites, repassando som, dormindo no chão ou tomando energético pra não dormir. E não teve ponto negativo, eu me sentia muito feliz e agradecido de finalmente conseguir gravar as nossas músicas em estúdio. A mensagem é basicamente de renovação, de buscar outras fontes e outras forças. Os obstáculos estão aí apenas para serem ultrapassados!

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Em abril deste ano, a Independence lançou o álbum virtual, o “Renova”, com 11 faixas autorais

Como anda o mercado musical para as bandas locais aqui no Sul Fluminense? Vocês têm dificuldades para tocar em Volta Redonda? Qual seria o caminho para melhorar essa questão?

A cena musical daqui da região felizmente cresceu. É muita banda de boa qualidade empenhada em fazer arte. O mercado, por ter tantas opções, fica um pouco apertado, não se dá espaço pra essa procura. O espaço que tem geralmente vai pra galera que já está difundida e na mídia. É um tanto ou quanto difícil pra nós, músicos, tocar por aqui. Você tem que correr atrás, criar laços e buscar informações para um único show. É algo que eu vejo todas as bandas/músicos passando por aqui. Em contrapartida, você recebe vários panfletos de shows, circulando na rua. Evento não falta, mas as casas dão espaço pra quem já tem espaço.

Trabalho autoral ou de intérprete? O que você prefere? Quais as principais diferenças para o cantor?

Eu prefiro autoral, mas nada contra trabalho de intérprete. É que eu sinto que não há nada mais prazeroso para o vocalista do que cantar suas verdades, seu cotidiano. É algo catártico. Sem contar ver o público cantando suas músicas, é mágico. Não creio que haja diferenças no quesito voz, para intérprete e autoral, no mínimo acredito que o intérprete tenha que saber muito bem aquilo que faz, a mensagem tem que convencer. Tem que ser verdadeiro. Eu valorizo muito isso.

Qual (ou quais) o momento mais marcante na sua carreira?

Nunca vou esquecer a primeira vez que subi no palco, cantando “Hey Jude”, dos Beatles. Momento que vou guardar pra sempre. E, recentemente, cantei com a Carina Sandré no Piano’s Bar Embaixador, em um tributo ao Queen. Foi lindo, uma noite muito descontraída.

Projetos futuros? O que vem por aí?

O meu objetivo, juntamente com a Independence, é divulgar o “Renova”. É fazer muitos shows, em diferentes casas e cidades. O que vem por aí eu não sei dizer. Queremos a oportunidade de criar nosso álbum físico, e que cada vez mais pessoas possam conhecê-lo.

> No link ou Facebook está o álbum na íntegra para ouvir e baixar. Não se esqueça de a coluna também está disponível em vídeo. É só clicar. Até a próxima. Tchauzinho!

Por Cláudio Alcântara  –  claudioalcantaravr@hotmail.com

2 Comentários

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  • neuza

    Meu voto é Ricky Vallen.

  • Carina Sandré

    Vim retribuir por aqui também o carinho e respeito que tem demonstrado por mim...
    Nunca desista de lutar pelo que acredita, as vitórias só acontecem àqueles que acreditam e lutam por elas. Siga em frente, conte comigo pro que precisar!
    Um beijo à você e aos meninos da Independence.