(Fotos: Divulgação)

Juliana fechou enquete na liderança,

com 29,50% dos cliques

 

Mais uma enquete disputadíssima. Três das indicadas se destacaram na categoria "melhor atriz da região" e conseguiram ótimas votações. Juliana Torres fechou na liderança, com 29,50% dos cliques. Em segundo lugar ficou Alana Santos, registrando 25,14% da preferência dos leitores do OLHO VIVO. Na terceira colocação aparece Stael de Oliveira, que conseguiu 20,78%. O resultado completo da votação está aqui. 

Juliana conta que sempre foi muito apaixonada pelos vários estilos de arte. Desde menina, ela se dedica ao teatro, à dança, música e às artes. Sua primeira peça foi no jardim de infância. Tem formação artística e diversificada, incluindo fotografia, canto e produção artística. Ela se formou no curso técnico de piano clássico e canto lírico, no Conservatório de Música Lorenzo Fernandez. Começou em um curso de formação no Gacemss (Grêmio Artístico e Cultural Edmundo de Macedo Soares e Silva) e sua primeira peça profissional foi em Volta Redonda. 

- Apresentamos várias peças na época, foi um tempo muito bom! Em 1995, me formei pela UniverCidade no curso de formação de atores, com direção de Ithala Nandi, e comecei a estudar dança cigana, dança do ventre, folclore e ritmos árabes. Venho produzindo meus próprios shows, pesquisando e buscando me aprimorar cada vez mais em oficinas e cursos com profissionais brasileiros e estrangeiros - conta. 

A atriz participou da novela "Mandacaru" (TV Manchete) , "Linha direta" e da novela "O clone", da TV Globo. Além disso, atuou em três documentários sobre danças ancestrais pela Globo News TV Rio Sul/Rede Globo, SBT e TV Record, e foi premiada como bailarina no Festival Nacional Spinelli, em 2001. Em 2006, participou do longa "Velório em família", dirigido por Rosário Boyer. E, em 2011, graduou-se em artes dramáticas. É diretora artística da Gawharat El Shark Companhia de Dança e Companhia Experimental de Atores. Atualmente, realiza uma pesquisa sobre a presença do ator no palco, ministrando workshops e aulas regulares de danças ancestrais e teatro pela sua própria empresa, a Saraswati Produções Artísticas. 

Confira a entrevista com Juliana Torres 

Três concorrentes foram muito bem votadas. Você esperava ganhar o prêmio de melhor atriz por votação popular? Algumas pessoas não gostam de enquetes, e até ficam irritadas quando são indicadas. Qual a sua avaliação sobre um prêmio como esse? 

Foi uma surpresa maravilhosa! Eu agradeço ao público, aos amigos e à minha família por mais esta conquista... Muito obrigada! Eu sempre valorizo prêmios que incentivam os talentos de cada área das artes: teatro, artes plásticas, cinema ou dança... Acho muito válido e apoio sempre esse tipo de premiação. 

Qual o seu mais recente trabalho? Quando e onde foi apresentado? Quem é o autor, diretor... 

"Love" foi uma performance artística apresentada no Smock Alley Theatre Dublin, agora em dezembro. O monólogo é livremente inspirado no livro "O profeta", de Khalil Gibran, e foi dirigido por Roisin Connelly. 

Veja Juliana atuando em "Mandacaru" e "Linha direta"

Qual (ou quais) o(s) seu(s) trabalho(s) mais significativo(s), o mais gratificante na sua carreira? 

"Mandacaru", minha primeira novela na TV Manchete, dirigida por Lizaneas Azevedo e Walter Avancini; "Oh! Oh! Oh! Minas Gerais!" foi minha primeira peça apresentada no Gacemss, dirigida por Celsa Rosa e Raimundo Farinelli; a novela "O clone", na TV Globo, dirigida por Jayme Monjardim; a novela "Tempos modernos", dirigida por Paulo Silvestrini; "Linha direta" pela TV Globo, dirigido por Luiz Felipe Sá; "Valentin" foi minha peça de conclusão do bacharelado em artes dramáticas pela UniverCidade, no Rio de Janeiro, dirigida por Anna Aschcar; "Passagens contemporâneas" foi uma peça escrita e dirigida por mim, como conclusão do curso livre de teatro na Fundação CSN; e finalmente o "Criança Esperança", em 2011. 

"Gosto muito do trabalho da querida guerreira Stael de Oliveira;
Alana Santos tem uma presença cênica impecável"

Das artistas indicadas na enquete, existe alguma que você tenha um carinho especial, admiração? Por quê? Ou outra artista da região? 

Gosto muito do trabalho da querida guerreira Stael de Oliveira, atriz, autora e diretora em Volta Redonda. Alana Santos sempre nos mostra um talento fresco, com uma presença cênica impecável. 

Como foi o ano em termos de artes cênicas? Faça um balanço de 2012. 

Estou morando na Irlanda e faço parte de dois grupos de pesquisa cênica, o The Attic Studio e o Exchange Words. Foi um ano muito proveitoso, estou aprimorando meu inglês e comecei a atuar em Dublin. 

Confira o bate-papo em vídeo com Juliana Torres 

Qual o papel do ator hoje em dia na região? Como está o mercado de trabalho? Muitas dificuldades para sobreviver da arte? 

Acho fundamental o papel das artes cênicas, no sentido de divulgar a cultura na região sul fluminense. Ainda é difícil sobreviver da arte... Hoje, o ator precisa ser produtor do seu próprio trabalho. No Rio e em São Paulo, o mercado de trabalho está um pouco saturado. 

E o público? As pessoas estão se habituando a ver espetáculos teatrais? Qual seria o caminho para facilitar o acesso da população às artes cênicas? 

O público está indo mais ao teatro, eu vejo isso. Vejo também que a solução é um maciço incentivo aos projetos artísticos pelas prefeituras e estados, facilitando o acesso da população em geral ao teatro, informando e divulgando a importância do teatro em todas as camadas sociais. 

Juliana está escrevendo sua primeira peça de teatro em inglês 

Os grupos de teatro na região? O que mudou? Há quem diga que existe certa rivalidade entre eles? Você concorda? Ou não? 

Temos excelentes grupos de teatro na região, com diretores compromissados em mostrar a nossa diversidade cultural. Acho muito complicado falar de rivalidade... Gosto dos trabalhos apresentados nos teatros da região e cada um tem sua peculiaridade. 

Projetos futuros? O que vem por aí? 

Estou escrevendo minha primeira peça de teatro em inglês e quero apresentá-la no ano que vem em Dublin, com o título provisório de "Dandelion flowers". Vou continuar atuando nos meus dois grupos de pesquisa cênica, como professora e coreógrafa no Liffey Trust Studios, em Dublin, e quero ministrar oficinas sobre Rasabox e Viewpoints, quando estiver no Brasil, de férias.