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Pós-graduação em literatura infantojuvenil

Aline Reis, coordenadora do curso no Centro Universitário Geraldo di Biase - campus Volta Redonda, tira dúvidas sobre essa novidade na região

Educação  –  31/01/2018 18:02

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(Foto: Divulgação)

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“É preciso saber conquistar a criança ou o adolescente, fazer com que leia sem que isso lhe seja um fardo, discutir com esse leitor a respeito do texto num momento antes, durante e depois”

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Por que fazer? Qual o principal foco do curso? Qual a matriz curricular? Quem responde essas e outras perguntas sobre a pós-graduação em literatura infatojuvenil, uma novidade na região, é Aline Reis, coordenadora do curso no Centro Universitário Geraldo di Biase - campus Volta Redonda. As inscrições podem ser feitas até 28 de fevereiro. 

Confira a entrevista com Aline Reis 

Por que fazer uma pós-graduação em literatura infantojuvenil? 

O professor que trabalha com a leitura ou mesmo aquele que não é professor, mas que lida com a literatura diariamente deve buscar aprofundar seus conhecimentos não somente com a leitura dos livros infantis e juvenis como também buscar nos livros de texto mais acadêmico as reflexões necessárias, abrindo mais a sua visão, corroborando com seu ofício. Quando pensamos em cursos voltados para a literatura, a fim de aperfeiçoarmos nossos conhecimentos, precisamos sair para o Rio de Janeiro ou para São Paulo, o que encarece mais ainda o estudo, por conta do deslocamento, da alimentação, da disponibilidade de horário. Enfim, a região está carente de cursos que possam enriquecer esses nossos conhecimentos e estamos trazendo essa oportunidade para o Sul Fluminense. 

Qual a matriz curricular do curso? 

A matriz curricular abrange disciplinas que vão da Teoria da Literatura (aí analisada na produção literária para crianças e jovens) ao que se apresenta na literatura atual. Outras artes “conversam” com a literatura e também estão na matriz curricular. Um dos exemplos é o teatro, que tem o professor Alexandre Damascena como nosso guia para esses assuntos. As artes visuais também serão - sem dúvida - abordadas. Temos aí o livro ilustrado como foco, tanto o livro com texto escrito como o livro que conta história apenas com suas ilustrações, o que é algo extremamente lindo, quando bem elaborado. Essa vertente será conduzida por um professor, parceiro de trabalho muito competente e ele entra no curso como professor convidado. As políticas públicas, os prêmios literários no Brasil e no mundo serão trabalhados no curso também. A literatura em língua portuguesa também é parte do curso, assim como a literatura latinoamericana. No caso da língua portuguesa, também não deixamos de fora a literatura afro-brasileira e a literatura indígena do Brasil, escrita para crianças e adolescentes. Também, a formação do leitor literário e a mediação serão assuntos tratados, além dos princípios fundamentais da formação do leitor e do letramento literário. Como se vê, o curso está bastante rico em conteúdo. E, claro, é preciso estudar os clássicos universais e os contos de fadas, vertentes essenciais para quem se envereda por esses caminhos. 

Qual o principal foco do curso, tendo em vista essas disciplinas? 

As disciplinas caminharão para um ponto, que é a mediação da leitura. Costuma-se dizer por aí que a leitura é uma atividade importante. E é; isso é fato. Porém, não basta comprar livros (ou mandar que comprem), entregar à criança ou ao adolescente e dizer que será uma boa para sua vida. É preciso saber conquistar esse leitor, fazer com que leia sem que isso lhe seja um fardo, discutir com esse leitor a respeito do texto num momento antes, durante e depois. Fazer com que essa leitura seja um prazer e não um peso é uma mediação de leitura que, se bem feita, seguindo caminhos de plantio e não o inverso, traz resultados demasiado satisfatórios. 

E sobre essas políticas públicas do livro, os concursos literários e premiações? Por que estudar isso em uma pós-graduação de literatura infantojuvenil? 

Para lidar com o livro é bom conhecer seus caminhos. As políticas públicas, todos os projetos voltados para o livro infantojuvenil, tanto as feiras literárias, as bienais com seus estandes, os projetos de leitura dentro e fora do Brasil, as principais premiações e concursos literários são eixos que nos dizem - e muito - sobre os caminhos percorridos dentro e fora do território brasileiro. É algo importante para ser estudado em parceria com os livros de histórias, a crítica literária e a teoria da literatura.

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O curso tem duração de um ano, iniciando no primeiro semestre de 2018 e finalizando no segundo semestre de 2019. Para a formação de turmas é preciso o mínimo de 25 matriculados. A previsão é de que as aulas se iniciem em março deste ano ou mesmo em abril, o que depende exclusivamente da formação de turma.

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Por que o estudo dos contos de fada ainda hoje? Isso não estaria saturado? 

Saturado? Não. Muito pelo contrário. Os contos de fada são cada vez mais atuais. O curso não pretende trabalhar apenas os contos mais conhecidos, como Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve, mas também trazer outros contos à luz da reflexão, do bom debate, sempre com amparos históricos, literários, sociais e, por que não?, pelo olhar da psicanálise. Só os contos de fada dão estudo para mais de ano. (risos) 

Você falou do profissional que não é professor, mas que lida com a leitura. Quem seria esse profissional? 

Pode ser o bibliotecário ou mesmo o psicólogo, que atende crianças em seu consultório e deseja trabalhar em parceria com a literatura. O bibliotecário pode se valer do curso, pensando em uma renovação do seu espaço de leitura, fazendo com que esse lugar se torne um campo mais atraente (até mesmo mais lúdico) para o pequeno e o jovem leitor. 

O curso é presencial ou a distância? Qual seu tempo de duração? 

O curso é presencial. As aulas serão aos sábados, das 8 às 17h. Cada módulo compreende três sábados e, para iniciar outro módulo, o aluno terá o que chamo de “sábado de descanso”, ou seja, não haverá aula para ele naquele dia, previamente programado no calendário. O curso tem duração de um ano, iniciando no primeiro semestre de 2018 e finalizando no segundo semestre de 2019. Para a formação de turmas é preciso o mínimo de 25 matriculados. A previsão é de que as aulas se iniciem em março deste ano ou mesmo em abril, o que depende exclusivamente da formação de turma. 

O que há mais no curso? 

Quando converso com amigos, digo que há surpresas ao longo do curso. Isso porque desde quando ele nasceu nas minhas ideias está sendo todinho pensado com muito amor e carinho. Cada passo, cada semestre, cada módulo. Já no primeiro dia de aula haverá um carinho aos alunos, feito por mim. Outro afago também acontecerá no primeiro dia de aula, com a vinda de uns amigos muito especiais. 

Quem são esses amigos especiais? 

Não conto (risos). É uma surpresa, senão ela se quebra (risos). E as surpresas não param no primeiro dia. Há muitas outras ao longo do curso, mas eu não vou falar, porque além de depender de fecharmos turma dependo também das disponibilidades e de vários trâmites, das variadas atividades que penso em fazer. Duas coisas são certas:
1) as surpresas do primeiro dia de aula
2) só não concretizarei tudo o que pretendo para o curso se não me for possível. (risos) 

> Clique e confira mais informações sobre o curso. Ou ligue: (24) 3345-1700.

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Por Redação do OLHO VIVO  –  contato@olhovivoca.com.br

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