Publicada em: 20/06/2014 (12:44:44)
Atualizada em: 08/07/2014 (09:04:00)
(Fotos: Divulgação)
"A ideia, também, era mostrar como artistas renomados podem
influenciar a vida de outras pessoas, sem ao menos terem noção disso"
> Leia também: Hugo Dalmon mergulha fundo em "Babilônia encantada"
A cantora é pano de fundo; a homenagem, sutil. "Quero me lembrar de você, Amy Winehouse", segundo livro de Hugo Dalmon, aborda a falta de diálogo nas relações humanas. Não espere o mesmo humor de "Babilônia encantada". O autor agora está de olho no público infanto-juvenil. O lançamento será nesta quinta-feira, 26, às 20h, no Zero a 100, em Volta Redonda.
Dalmon nasceu em 1988, escreve desde os 11 anos, criou o blog Espaaço Zeero em 2008, em que assinava sob o pseudônimo Zero. Formou-se em letras em 2011, começou a divulgação do Espaaço Zeero nesse mesmo ano. Em 2012 o blog alcançou boa taxa de retorno e ficou entre os 100+ na Categoria Literatura Blog Pessoal, no concurso nacional Top Blog Brasil, assim como em 2013. Ainda em 2012, lançou seu romance de estreia, "Babilônia encantada". No ano de 2013 ganhou o Prêmio OLHO VIVO nas categorias Colunista e Blog. Nesse mesmo ano, foi convidado por indicação do colunista Fábio Soares a colaborar com crônicas no site da TV Rio Sul. Em 2014, recebeu o convite para fazer publicações semanais de crônicas no site Palpitaria Brasil.
Confira a entrevista com Hugo Dalmon
Como surgiu a ideia desse novo livro? Como foi o processo de criação? Quanto tempo levou pra escrever? Você criou uma disciplina para escrevê-lo, tipo: dedicava algumas horas do dia para isso, ou esperava a inspiração chegar?
Como fã da Amy Winehouse eu queria homenageá-la de alguma forma, mais sutil realmente. Nada de biografia não autorizada ou poesias inspiradas em suas músicas. Assim, decidi que criar uma trama em torno de seu nome seria o ideal. O processo de criação foi como todas as outras criações que tenho: Primeiro passo meses, ou mesmo anos, pensando no tema, no protagonista, na base da história... Penso nisso no trânsito, deitado antes de dormir, deitado quando acordo, na fila do banco, do supermercado ou da farmácia. Depois, de pensar muito, começo a realmente produzir, espero a inspiração chegar, então escrevo, escrevo, escrevo e escrevo. Daí, então, coloco disciplina para arte-finalizá-lo, quando a inspiração mãe vai embora, eu volto desde o início do livro, relendo e adicionando ou retirando frases, parágrafos, diálogos, observações e, até mesmo, páginas. Enfim, acho que um pouco de inspiração e muito de dedicação (risos). Nesse, por ser bem curto, se tratando de um infanto-juvenil, demorei pouco mais de um mês.
Depois do processo criativo pronto, quanto tempo até a editar finalizar o livro? Quem fez a capa, prefácio e projeto gráfico?
Cerca de três meses. A capa e a diagramação foi por conta de Guilherme Peres, é um profissional da Multifoco, a editora. O prefácio foi feito por mim, gosto de prefácios que estejam o mais por dentro do universo daquela história possível. Nesse, por exemplo, o prefácio é assinado pela personagem-narradora, Thereza.
Livro será lançado nesta quinta-feira, 26, às 20h, no Zero a 100, em Volta Redonda
Por que a escolha por um livro infanto-juvenil?
Porque mentalmente eu ainda não envelheci (risos). Mesmo meu romance de estreia sendo considerado adulto, ele tem um ritmo bem humorado e descolado, que beira ao universo adolescente.
O que você aborda nesse novo livro? E o que acha que os leitores vão tirar dele como interessante para as suas vidas?
Embora a Amy seja parte da história, ela é um plano de fundo e ao fim é compreensivo esse título. Mas a mensagem principal transmitida pela narradora Thereza é a de que a falta de diálogo nas relações humanas pode transformar a vida num inferno. Um leitor atento poderá se enxergar em alguns questionamentos de Thereza.
O que a Amy tem a ver com isso tudo?
Como eu disse, eu queria homenageá-la, de forma sutil. Assim, tive a ideia de colocá-la como plano de fundo de uma trama. Ela é o elo entre os protagonistas. Todas as cenas da história começam ou terminam relacionadas a Amy. E, no fim, o título fica bem justificado! Ela é um plano de fundo, com certa importância. A ideia, também, era mostrar como artistas renomados podem influenciar a vida de outras pessoas, sem ao menos terem noção disso.
O que mudou na sua maneira de escrever do primeiro para o segundo livro?
O humor. Em geral, sempre tenho bom-humor no que me proponho a escrever. Mas no primeiro livro fui mais sarcástico, o humor foi mais denso, pesado, algumas vezes beirando o humor-negro. No segundo, já tenho um humor mais de salão. Um humor mais alto astral, mais sutil.
Você se sentiu à vontade migrando de um público adulto para o infanto-juvenil? O que foi mais difícil nessa adequação de linguagem e o que foi mais prazeroso?
Me senti super à vontade. No início, achei estranho por conta do humor. Como eu disse, o humor em "Babilônia Encantada" é bem mais pesado, mais brutal... Essa foi a única dificuldade que encontrei, adaptar meu humor num formato mais leve. No mais, foi tudo muito bom de escrever. Antes de fazer a primeira revisão, eu li e fiquei muito satisfeito com o resultado.
O seu livro, mais uma vez, sai por uma editora. Não é uma produção independente, como a maioria dos autores locais. Qual o caminho?
Paciência, talvez (risos). E Perseverança, claro (risos). Depois de escrever e mandar o original pra editora, demora um pouco a resposta. Além disso, cabe procurar a editora certa. Já conheci autores de outras regiões que desistiram de editoras, porque elas cobravam do bolso do autor a publicação. Outros preferem lançar independente, porque mandam seus originais somente para editoras de elite, que, em geral, nunca respondem. Depende, também, do foco de cada um. A mim, a Multifoco, por enquanto, tem atendido muito bem. Com um ótimo trabalho, inclusive.
Após o lançamento, você pretende fazer noites de autógrafos? Como será a divulgação do livro?
Sim, ainda pretendo fazer uma noite de autógrafos. E tenho projetos pra divulgação do livro, mas ainda são projetos...
Acabou de nascer. Mas já pensa em novos projetos?
Na verdade, já estou cheio de notas mentais para os próximos projetos (risos).
Serviço
> Quero me lembrar de você, Amy Winehouse - Lançamento: dia 26 de junho, quinta-feira, às 20h, no Zero a 100. Rua Vilagram Cabrita, 42, São Geraldo, Volta Redonda. Após o lançamento, o livro poderá ser encontrado no site da Multifoco, na aba "Loja" - deve-se pesquisar o título, ou autor. Preço: R$ 30. Ainda, poderá ser comprado, com um preço menor, direto da mão do autor. O contato pode ser realizado por e-mail (dalmon_vr@hotmail.com) ou pelo Facebook do autor. Acompanhe as novidades pelo blog Espaaço Zeero. Leia as crônicas do autor no site RioSulNet. Saiba mais sobre o primeiro livro "Babilônia encantada".
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