(Foto: Divulgação/Isabela Camargos)
"Buscamos nos dissociar dos rótulos... Nós fazemos música com o
coração e não vemos a necessidade de fechar para um gênero somente"
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Ana Lydia e Humberto Polyceno, nas guitarras; Leonardo Roberto, no baixo; Frank Regato, na bateria; e Daiane Landim, no vocal. Dessa simbiose de talentos nasceu a Vitrine, em 2009. O objetivo? Interpretar clássicos do rock nacional dos anos 80 e 90. Mas as expectativas aumentaram, como conta Daiane, e não dava para ficar somente nesse período musical. "Assim, colocando essências individuais na banda, começamos a navegar por outros mares, tentando um estilo, e hoje concluímos que o mais importante é fazer arte sem preocupações com rótulos e estereótipos", diz a vocalista. Melhor ainda: hoje a banda está focada em um trabalho autoral e correndo atrás para que seja viabilizado ainda este ano.
Confira a entrevista com Daiane Landim
Como você avalia a iniciativa de dois veículos voltados à arte e cultura se unirem? O que isso pode representar para o movimento cultural da região?
Foi de fato uma excelente ideia, tendo em vista a seriedade, o prestígio e o respeito de ambos! Os dois veículos já fazem muito (sempre fizeram) pela arte e cultura da região, e agora trabalhando juntos farão ainda mais. Podemos conferir isso pela pluralidade engendrada nos artigos, pelas imparcialidades dos profissionais e pela qualidade das informações que chegam até nós. Dando espaço aos artistas regionais de todas as vertentes, os dois jornais, já em sua individualidade, sempre tiveram um grande peso na disseminação da cultura local, agora trabalhando juntos farão de fato um Movimento. E quem sai ganhando somos nós, artistas e leitores!
Qual a sua expectativa para o show de lançamento do jornal, dia 11, o que você vai apresentar ao público?
Vai ser lindo! As expectativas são sempre as melhores... Estamos preparando um show lindo e emocionante, com muitas vibrações positivas; energias boas para serem trocadas mesmo com o público! Garanto que todos sentirão na pele a emoção que a música passa! Esse é o papel da arte! A galera vem com sorrisos que os arrepios a gente garante!
A Vitrine é essencialmente rock ou se permite flertar com outros gêneros?
Buscamos nos dissociar dos rótulos... Nós fazemos música com o coração e não vemos a necessidade de fechar para um gênero somente; então a gente toca, simplesmente! Passeamos pelo blues, pelo rock, e por aí vai... Buscando colocar nossa emoção em cada acorde! Nós temos obrigação de transmitir emoção, independente do gênero!
E a Daiane, é uma cantora eclética? Quais os outros gêneros musicais você se sente bem em cantar?
Eu sou apaixonada por blues e jazz, e canto, e amo! Por falar em blues e jazz, em breve teremos surpresas!
Além de ser fã da Amy, o que a levou a montar um tributo a ela?
Amy sempre foi muito ousada, arriscou timbres anacrônicos em suas músicas, arriscou interpretações de artistas consagrados nas décadas de 50, 60 e por aí vai, e mesmo em meio a um mercado musical manipulado, construído por produtores/empresários que só visam lucros e só querem o que é comercial e popular (e só constroem isso), ela se destacou e sua música fora ouvida em quase todo o mundo. Suas músicas eram como se fossem diários, todas as suas agonias, alegrias, medos e desejos foram expostos ao mundo contemporâneo, onde a "bundalização" da música grita em nossos ouvidos!
Como está o cenário para quem trabalha com música na região? Os músicos e artistas são respeitados e valorizados como devem ser?
Depende de como o artista se posiciona! Quando nos respeitamos, ganhamos o respeito de outros. É importante mostrar seriedade e responsabilidade para que assim sejamos vistos como profissionais!
Veja uma apresentação da Vitrine
Eu já vi postagens suas em que você se posiciona de forma bastante crítica a alguns gêneros musicais, como o funk, por exemplo. O que é arte musical para você? E como você vê o futuro da música brasileira, analisando o que faz sucesso hoje em dia?
Não escuto funk, não gosto! Mas respeito quem escuta, desde que não me obrigue a ouvir também (motoristas de carros que colocam som extremamente alto achando que o Brasil é uma micareta eterna). Acho que arte musical é subjetiva, e respeito as opiniões alheias, desde que seja feito com amor e emoção, tudo é válido. Mas ainda critico músicas que vulgarizam e banalizam o sexo, independente do estilo.
Em Volta Redonda (e até mundialmente) as mulheres andam se destacando na música. A que você atribui isso?
Acho fantástico, isso mostra autonomia, coisa que buscamos há muitos anos! Volta Redonda é um berço de artistas, e as mulheres estão mostrando para o que vieram!
Quem vê Daiane no palco, vê a Daiane pessoa? Ou são situações/seres diferentes?
A mesma coisa! Sou efusiva, me entrego de cabeça em tudo que faço, sou ligada no 220 o tempo todo! Falo muito, falo rápido, faço tudo rápido, caio muito, machuco joelhos, viro o pé, perco brincos, embaraço meu cabelo com uma facilidade incrível, pago mico, faço cada piada sem graça... Isso tudo acontece nos palcos e no dia-a-dia (risos).
Algum novo projeto em andamento que possa adiantar algo ao Volta Cultural/Olho Vivo Cult?
Teremos surpresas com muito blues... Além disso, logo logo teremos o EP da Vitrine, que vem com muitas novidades!
Serviço
> Vitrine - Contatos com a banda: Facebook, telefones (24) 99715412 / ID 965*9160 / ou pelo e-mail contato@bandavitrine.com