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Cláudio Alcântara

claudioalcantaravr@hotmail.com

Improbidade Administrativa

MP aceita denúncia publicada pelo editor-chefe do OLHO VIVO contra secretário de Cultura

De todas as denúncias contra Moa, a única aceita pelo Ministério Público foi a divulgada por Cláudio Alcântara

MDS  –  03/11/2012 17:12

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(Foto: Reprodução do Facebook)

A casa vai cair? Moa, que ainda é secretário de Cultura, empresariava o Zéperê

A denúncia feita com exclusividade pelo editor-chefe do OLHO VIVO, Cláudio Alcântara, contra o secretário de Cultura de Volta Redonda, Moacir Carvalho de Castro Filho, o Moa, foi aceita pelo MP (Ministério Público Estadual). Aliás, por enquanto, de todas as denúncias contra Moa, a única aceita pelo MP foi publicada por Alcântara, na época, em seu site pessoal: o agenciamento e favorecimento do Zéperê. O grupo musical chegou a receber verbas municipais e foi indicado para participar do projeto Novas Cenas, do governo do estado. E essa é a hora de lembrar isso, afinal, o prefeito Antônio Francisco Neto (PMDB) disse que fará mundanças em seu secretariado.

De acordo com o documento expedido, na ocasião, pela promotora de justiça Flávia Monteiro Brandão, o Ministério Público aceitou a denúncia envolvendo Moa e o grupo Zéperê, por entender que pode haver, nesse caso, ato de improbidade administrativa. Agora falta o MP aceitar a denúncia do desvio de verba, envolvendo os RPAs (Recibos de Pagamento a Autônomos), também publicada com exclusividade pelo jornalista. É só uma questão de tempo. Lembrando que, coincidentemente, após as séries de denúncias, o jornalista foi demitido “por contenção de despesas” do jornal no qual trabalhou cerca de 20 anos.

Moa, além de secretário, era empresário

Com base na denúncia publicada no site de Alcântara, o PSOL e o MEP (Movimento Ética na Política) encaminharam ao Ministério Público uma série de denúncias envolvendo Moa. Alcântara descobriu que o Zéperê estava sendo agenciado pelo secretário de Cultura. E tornou pública a história e as imagens do site da banda, comprovando de forma inequívoca a atividade empresarial de Moa.

O Zéperê recebeu verba da Lei de Incentivo à Cultura e chegou a ser indicado pela SMC para participar do projeto Novas Cenas, da Secretaria Estadual de Cultura.

Jornalista não se intimidou

Na época, Moa negou tudo (não ao jornalista, porque ele nunca respondeu as perguntas de Alcântara) e disse que processaria Cláudio Alcântara. Não processou. O jornalista não se intimidou e publicou: “Sabe aquela velha história do cara que é flagrado com batom na cueca e, na tentativa de se defender, parte para o ataque? Pois é. Foi exatamente isso que ele (Moa) fez na reportagem publicada pelo jornal “aQui”. 

Alcântara foi além. Afirmou que as explicações de Moa não foram suficientes: “Falou, falou, falou... E não explicou absolutamente nada. De quebra, ameaçou com processo quem divulgar a verdade. Ora, o site já provou que Moa era o ‘empresário’ do Zéperê - é claro que após as reportagens e as denúncias ao MP ele não atua mais nessa ‘profissão paralela’. Tenho arquivadas as imagens comprobatórias do envolvimento de Moa com o grupo musical. Basta o Ministério Público solicitá-las para comprovar a denúncia. Os telefones postados no site do Zéperê eram de Moa, sim. Eu liguei duas vezes para o telefone de contato da banda e nas duas foi atendido por Moa. Seria um pouco menos repugnante se Moa viesse a público e assumisse que o número do celular no site do Zéperê era seu. Que na primeira tentativa de contato com o grupo ele atendeu a minha ligação, falou comigo e passou o contato de um integrante do grupo”.

Entenda o caso 

O jornalista Cláudio Alcântara resolveu fazer uma reportagem sobre o Zéperê, convidado pela Secretaria de Cultura de Volta Redonda para participar do projeto Novas Cenas, da Secretaria de Estado de Cultura, no Rio. Quando foi entrar em contato com o grupo musical, teve uma surpresa. Descobriu que o empresário da banda era o secretário de Cultura de Volta Redonda, Moacir Carvalho de Castro Filho, o Moa. 

A prova do agenciamento estava no site oficial do grupo. Ao clicar em “Fale Conosco”, o jornalista percebeu que os números de Nextel e celular que constavam na página eram de Moa. Ligou para os números e suas suspeitas foram confirmadas, já que foi atendido pelo próprio secretário de Cultura. A descoberta virou reportagem publicada no site de Alcântara

Assim que a reportagem sobre Moa foi publicada na internet, o Zéperê tratou de tirar do ar os números de contato do secretário de Cultura, que, inclusive, agendava shows para o grupo.

O Zéperê participou também da festa Dia das Crianças, no Cine 9 de Abril, como parte do Cultura Para Todos Especial. Isso sem falar que o CD do grupo, “Cantando e brincando de roda”, foi gravado com o dinheiro da Lei de Incentivo à Cultura, por meio da Secretaria de Cultura de Volta Redonda.

Dez coisas que Moa não consegue explicar

(Publicado, na época, no site do editor-chefe do OLHO VIVO)

• O que o número de seu celular estava fazendo no site oficial do grupo Zéperê, exatamente na área destinada a “Contato para Shows”?
• Por que o número de seu ID (Nextel) estava postado no mesmo espaço reservado à contratação de shows?
• Por que ao ligar para os números que constavam no site do Zéperê era ele (Moa) quem atendia as ligações?
• Por que os valores divulgados do Cultura para Todos só citam os cachês dos artistas?
• Por que alguns cachês são acima do valor de mercado?
• Quais foram as empresas que contrataram esse serviço dos shows e teatros?
• Esse serviço está concentrado nas mãos de um único contratante local?
• Qual é o custo real do projeto? Ou seja, quanto se gasta ao todo, incluindo o aluguel do Cine 9 de Abril, som, luz, recepcionistas e gerador?
• Por que nenhum grupo teatral, exceto o da Stael de Oliveira, foi convidado? (a Cia. Granada consta na listagem, mas pelo que se sabe não se apresentou no dia do show de Ary Toledo)
• E, por fim, por que Moa não assume que errou, pede desculpas e segue em frente (se achar que isso é ético de sua parte)?

Por Cláudio Alcântara  –  claudioalcantaravr@hotmail.com

1 Comentário

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  • Paulo Gecel

    Claudio, apure isto. A empresa que mais recebeu pra fazer Cultura para Todos, foi a do Guerra ( só pegar o histórico no blog do Boechat). O Filho dele, Rogério, trabalha dentro da Secretaria de Cutlrua. é imoral. Agora eles prestaram conta ( pelo facebook)