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Cláudio Alcântara

claudioalcantaravr@hotmail.com

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Rosangela Carvalho, Carlos Brunno e Regina Vilarinhos estão na final do Prêmio OV

Poetas terão material analisado pelo júri; além do troféu, o mais votado participará do Festival de Artes Integradas

Votação técnica  –  02/08/2015 15:47

Publicada em: 30/07/2015 (14:47:07)
Atualizada em: 02/08/2015 (15:47:07) 

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(Fotos: Divulgação)

Emoção: Vencedores só serão revelados na noite de premiação, durante a cerimônia de gala

> Como é o processo de seleção e o regulamento completo do Prêmio OLHO VIVO 2015
> Confira a cobertura fotográfica do Prêmio OLHO VIVO 2014 

Oitava votação do ano fechada. Foram registrados 571 votos válidos (759 nulos; total = 1.330) na categoria Poeta do Prêmio OLHO VIVO 2015. A página de votação foi visualizada 10.872 vezes; a do cadastro teve 2.885 visualizações; a reportagem com as fotos e links dos indicados registrou 450 views; e o material de divulgação para indicações e inscrições foi visto 9.538 vezes. Os três mais votados foram Rosangela Carvalho (26,44%); Carlos Brunno (23,99%); e Regina Vilarinhos (15,41%), que estão classificados para a fase final da premiação. 

Veja aqui o resultado completo da enquete. Este ano o Prêmio tem a consultoria do Escritório de Apoio à Produção Cultural do UBM (Centro Universitário de Barra Mansa), parceria do Gacemss (Grêmio Artístico e Cultural Edmundo de Macedo Soares e Silva) e conta com os apoios do jornal "Volta Cultural" e Clube Foto. A grande novidade é a realização do Festival de Artes Integradas, reunindo todos os contemplados com os troféus (os detalhes estão no Regulamento do Prêmio).

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Cerimônia de premiação (450 convidados) será em 19 de fevereiro de 2016, às 20h, no Gacemss

O material produzido e enviado pelos finalistas de cada categoria é analisado pelo júri técnico, formado por sete jurados de notório conhecimento artístico profissional, isentos do território geográfico de atuação do Prêmio, convidados pelo editor-chefe do site. Todos os sete jurados votam em todas as 19 categorias. Em caso de empate, o jurado especialista no segmento da respectiva categoria terá o voto de minerva. Os vencedores só serão revelados na noite de premiação, durante a cerimônia de gala.

Confira o material dos três poetas mais votados 

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(Fotos: Divulgação) 

> Rosangela Carvalho (26,44%) - "A minha história com a poesia começou na infância, incentivada por minha mãe, a declamar poemas na escola, igreja e festas da cidade. Na adolescência participei de um festival de poesia na escola em que estudava e fiquei em 1º lugar. Mas só há dois anos retomei minha paixão pela poesia e (re)comecei a escrever. Em 2014 tive a honra de participar do Prêmio OLHO VIVO, ficando entre os três finalistas. Hoje digo que essa é a minha terapia, compartilhar meus sentimentos, através dos meus versos, com todos que se identificam com eles. Essa é a minha cura, para toda loucura".
. Página da poeta no Facebook 

Tempo 

A chuva cai de mansinho
lá fora...
E eu aqui perdida
no agora...
Num momento esquecido,
de um tempo perdido... 

Ah, a solidão desses momentos...
O mergulho que se faz
por dentro...
Os sentimentos que se encontram,
os fantasmas que aparecem
e nos assombram... 

E a chuva cai lá fora,
molhando a terra,
molhando a rua...
Mas dentro de mim a
estiagem continua... 

Não há o que se possa
plantar...
Não há o que se possa
colher...
Tempo de esperar,
por um novo
amanhecer...

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> Carlos Brunno (23,99%) - "Nasci em Barra do Piraí, comecei a escrever quando residia em Valença e leciono português na Escola Municipal Alcino Francisco da Silva, em Teresópolis. Sou autor de oito livros, tanto eu quanto meus poetalunos já ganhamos concursos literários nacionais e internacionais. Criei o blog Diários de Solidões Coletivas, organizo o Sarau Solidões Coletivas, promovo e participo de eventos em diversos lugares do Brasil, como Volta Redonda, São Gonçalo, São Luís (MA), Maringá (PR), entre outros locais da região sul fluminense e do Brasil".
. Blog e site do poeta 

Como a chama sobrevive se não ferve 

Vivemos tempos ferozes
Onde ninguém olha por nós
E seria tão simples nos ver belos assim
Ao invés de quererem nos reformar... 

Como a chama sobrevive se não ferve?
Como alguém sobrevive nessa neve? 

Não deram chance alguma pra nós
Os sádicos decidem tudo por nós
E todos eles resolvem atirar suas torrentes
De maldade em nós. 

Como a chama sobrevive se não ferve?
Como a gente sobrevive se nos ferem? 

Como? Se nos destinam as piores preces?
Como? Se todos querem nos matar? 

Oh, troque o sermão triste por essa canção livre
E toque minha dor com seus lábios felizes
E manteremos tudo aquilo que nos ferve
E sobreviveremos a toda e qualquer neve
Toda e qualquer neve vai derreter! 

E a chama ainda sobrevive mesmo contra a neve!
E a gente sobrevive mesmo quando não querem!
Toda e qualquer neve vai derreter!
E a gente vai sempre sobreviver… 

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> Regina Vilarinhos (15,41%) - "Gaúcha, poeta, cidadã voltarredondense, escrevo desde os 16 anos. Licenciada em letras; livro independente A chave e a senha - Pequenas porções de poesias de Regina Vilarinhos publicado. Finalista entre os 100 melhores poemas do Twitter, 2010 e 2013, e do 2º Concurso Carioca de Poesias, em 2005. Convidada para o Festival de Poesia do Circo Voador, em 2006; em 2009 e 2011, selecionada para a Oficina Literária da Flip. Integrante da Academia Voltarredondense de Letras. Desde 2005, coordeno o Projeto Poesia em Volta".
. Blog e página no Facebook 

Palavras na manhã fria 

As palavras foram colocadas lado a lado
friamente, naquela manhã,
e foram perdendo o sentido e
doçura que tiveram antes.
Os nomes das coisas, as luzes das coisas,
os dentes das coisas,
as orelhas das coisas
todas que sempre tiveram lar
ficaram permanentes
na natureza morta que estava na parede
e sobre a mesa de centro.
Não, um café não estava pronto
nem cheirava na cozinha o seu dia
amanhecendo.
O leite e o pão deixei para trás e
ainda ouvi os passos do leiteiro correndo pela
varanda, tonto e tropeçando no jornal caído na porta.
Pobre manhã a dele e a minha.
Um apito longe daquela usina longe
lembrou que a vida continuava do outro lado
da cidade, da porta, do jardim, do outro lado da neblina.
As horas riam loucamente do meu rosto no espelho,
as vozes da noite arranhando a parede do banheiro,
irritando a lembrança,
doendo o cinza na alma.

> Veja os dez poetas que foram indicados e os finalistas do Prêmio OLHO VIVO este ano

Edição impressa

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Por Cláudio Alcântara  –  claudioalcantaravr@hotmail.com

1 Comentário

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  • rosangela

    Uma honra estar tão bem acompanhada nessa final...em especial por Carlos Bruno, nosso mais que "fodástico" poeta-guerreiro, sempre na batalha pela arte e cultura...