(Foto Ilustrativa)
A melhor prática é sempre a prevenção; é preciso estar atento e identificar quando esse tipo de situação demanda uma ação mais incisiva
Leonardo Chucrute
Os conflitos fazem parte da natureza humana. Cada um tem um modo de pensar e, com isso, é comum acontecerem oposições de ideias. Incompatibilidades na vida pessoal já são complicadas, imagina quando elas acontecem na vida profissional? Nesses casos, cabe ao gestor entender e saber gerir da melhor forma, e com equilíbrio, os desentendimentos para minimizar os impactos.
É fundamental saber lidar com a situação. Isso é o que define se o momento será prejudicial ou benéfico aos envolvidos. Situações conflituosas, se bem administradas, podem apresentar oportunidades de crescimento, mudanças e aprendizado. Como gestor em Educação, lido com diversos interesses: de professores, colaboradores, de políticas governamentais, interesses dos alunos, dos pais dos alunos e interesses nossos.
Vale lembrar que impasses e discordâncias são normais entre pessoas. Porém, em uma instituição, devemos estar atentos e identificar quando esse tipo de situação demanda uma ação mais incisiva dos gestores.
A melhor prática é sempre a prevenção. Buscando prevenir conflitos, sempre indico que a comunicação interna esteja aberta, que sempre existam feedbacks contínuos e empáticos, que os líderes sejam inspiradores e mediadores, que a cultura organizacional seja positiva e que exista cuidado com o bem-estar dos colaboradores. Outra forma muito eficaz é dar autonomia para as equipes. Assim, elas acabam tendo mais diálogo e resolvendo conflitos entre si.
Devo reforçar algo que parece óbvio, mas lembre-se de que cada situação vai exigir uma abordagem específica para a resolução de conflitos e existirão momentos em que o líder será chamado. Nesse momento o gestor deve ter conhecimento dos fatos, ouvir os envolvidos, deixá-los à vontade para falar e expor suas opiniões, além de identificar soluções que sejam equilibradas e justas para todas as partes.
Na gestão de conflitos deve haver imparcialidade. Aliás, esse é um pré-requisito para que a mediação funcione. Não basta o líder ser imparcial, ele precisa ser visto como imparcial. Além disso, a gestão de conflitos é o processo em que um gestor atua na mediação de cenários onde há divergência entre duas ou mais pessoas dentro de uma empresa.
O mais importante e o maior desafio nesse momento é escolher a melhor estratégia de resolução para cada caso, levando em consideração o que for importante, escutando todas as partes e sendo empático com elas. Quando você busca aumentar os efeitos construtivos e minimizar os destrutivos, promovendo o bem-estar entre as pessoas e o desenvolvimento da organização, você se torna um gestor que sabe resolver conflitos e conquistar o respeito da equipe e dos envolvidos.
> Leonardo Chucrute é gestor em Educação, CEO do Zerohum, professor de matemática, ex-cadete da AFA e autor de livros didáticos.