(Fotos Ilustrativas)
É fim de tarde, ele se joga no sofá da sala, afrouxa a gravata, entreabre os olhos, como em um transe doce. Sim, ele realmente o ama! De repente, por sua memória, saltitam imagens de toda sua história, a primeira bola, o abraço do pai, o perfume das mãos da mãe, a voz de sua primeira professora... Foi uma infância feliz, em um lar estruturado!
Ao lembrar-se da juventude, vem a timidez com as meninas, a alegria de estar com os amigos, o violão companheiro, em seus momentos de silêncio. Talvez tenha sido esse, seu grande segredo. Saber ensimesmar-se, com a tranquilidade de que, qual fosse sua escolha, seria respeitada. Afinal, ele tinha conduta condizente aos lordes, e não havia quem o questionasse, era admirável!
Agora, deitado na sala de seu apartamento, ele se surpreende ao ver o quanto ele acertou. Ele se respeitou, se compreendeu, se permitiu! Olhou novamente a gravata, lembrou-se da primeira vez que a viu, pendurada no pescoço deste que hoje ocupa seus espaços mais íntimos. O amor perdeu seu gesso, abriu-se em primavera, e ser feliz é apenas uma questão de escolha!
Parabéns para todos nós, vocês acabaram de conhecer uma coluna direcionada ao público que fez valer seus desejos e se respeitou, ter uma coluna de cunho homossexual é um imenso prazer para mim, que, apesar de ser hetero, tenho enorme carinho por toda humanidade, tenha ela a preferência sexual que for!
Sejam bem-vindos, aqui é para você, que tem o pensamento aberto e sabe se respeitar! Um brinde!
Minha homenagem!
(Foto: Arquivo pessoal)
Saudade: Eu (Viviane Abreu) e Fernando Pereira
Claro que eu também já tive meus preconceitos, claro que já fui retrógrada, sou humana, vim sem bula! Mas existe um amigo que me ensinou muito, que com seu modo elegante me fez destruir todas as formas de mal ver ou mal dizer o que eu não conhecia. Hoje ele está entre os anjos, mas em vida também era meu anjo, meu ombro amigo, meu entusiasta no meu casamento!
Minha homenagem vai a você, Fernando Pereira, que esta o alcance em seu descanso, e que faça seu sorriso lindo brilhar de forma ímpar neste céu maravilhoso, que o Pai criou pra nós! Muitos e muitos beijos, desta sua amiga, Vivi! Saudades!
Por dentro da lei
Bem, aqui é um espaço muito importante, serão publicados artigos e legislações referentes às mudanças legislativas relacionadas aos homossexuais. Vocês podem tirar dúvidas, consultar questões jurídicas e se manter informados acerca de todos os assuntos!
Hoje falaremos de adoção
Que adotar é um gesto de amor, isso ninguém questiona! Mas vamos dar uma olhada no que diz a lei sobre dois pais, ou duas mães!
Lésbicas conseguem registrar filhos com "duas mães"
(Ana Cláudia Barros e Dayanne Sousa)
Terra Magazine
Após um ano e oito meses de batalha judicial, o casal Adriana Tito Maciel e Munira Kalil El Ourra conseguiu o direito de registrar os filhos gêmeos, Ana Luíza e Eduardo, com os sobrenomes de ambas. A sentença, considerada um marco, foi dada pela 6ª Vara da Família e Sucessões de Santo Amaro, em São Paulo.
No texto, o juiz Fábio Eduardo Basso enfatiza que, em qualquer eventual discussão sobre qual delas pode ser considerada a mãe dos gêmeos, o “vínculo afetivo que Adriana e Munira possuem com as crianças é incontestável”.
Segundo uma das advogadas do casal, Viviane Girardi, a ação ainda comporta recurso, mas a expectativa é que isso não aconteça, “porque o parecer do Ministério Público foi favorável”, afirma.
Essa não foi a primeira vez no Brasil em que um casal lésbico obtém o direito de ter os sobrenomes no registro de nascimento do filho, mas a situação de Munira e Adriana guarda uma peculiaridade. Munira doou o óvulo, que foi fertilizado e implantado no útero de Adriana.
- No caso ocorrido no Rio Grande do Sul, uma das mulheres era gestante com material genético dela mesma - explica Viviane.
Informado da sentença pela advogada, o casal comemorou e, apesar do tempo de luta, disseram estar surpresas com a celeridade da decisão.
A batalha judicial começou quando Adriana estava grávida de sete meses. Procuraram advogados para tentar registrar os bebês como se uma das mães fosse adotiva, mas acabaram protagonistas de um caso que abriu jurisprudência.
- Não fazia sentido a Munira adotar - conta Adriana. “O DNA é dela, como pode uma mãe adotar os próprios filhos?”
Em conversa com “Terra Magazine”, Adriana explica a importância da decisão.
- Para nós aqui em casa não muda nada porque nós sabemos que nós duas somos mães, mas muda para a sociedade, para um monte de coisas que a gente tem que fazer - conta.
Até agora, as crianças estão registradas apenas no nome dela, mas a representante comercial espera que o novo documento com o nome das duas mães já fique pronto em duas semanas.
Dividindo a atenção entre a reportagem e o pequeno Dudu (como ela chama o filho Eduardo) fazendo barulho perto do telefone, Adriana explica o tipo de dificuldade com a qual espera não sofrer mais.
- Nós temos um convênio médico familiar que só pode ter eu e as crianças, a Munira teve que fazer um convênio à parte - lamenta. “Para que a Munira possa viajar com o Dudu, eu tive que passar um documento para ela”.
O “novo” nome dos pequenos, ela diz, ainda está sendo decidido.
- Vai ser grande, acho que Khalil El Ourra Tito - revela, rindo.
Sentença
Segundo a advogada, na sentença, quando reconheceu a dupla maternidade, o juiz Fábio Eduardo Basso citou uma passagem da promotora Cláudia Moreira França ao destacar que considerava Adriana e Munira um casal. “Vivem juntas e resolveram ter filhos. Valeram-se de métodos avançados de medicina, que possibilitou que as crianças que nasceram da relação não tenham pai oficialmente. São frutos da junção dos óvulos de Munira com os espermatozoides de um indivíduo, cuja identidade não será conhecida. Não se trata do verdadeiro pai, mas sim de um doador”.
O magistrado acrescentou que se trata “da realidade de conhecer a situação de fato existente, que traz sentido à aplicação da própria lei”.
- Por outro lado, possuem as afortunadas crianças, duas mães, e mais, a possibilidade de desfrutar da vida juntamente com ambas, as quais, ao que consta, pretendem criar a prole com todo amor e dedicação.
Dica de moda
Este é nosso espaço de moda, aqui postarei dicas e ideias de como se vestir com classe e elegância, sem com isso, perder sua essência! Hoje posto apenas uma foto que me deixou extasiada, o casamento de duas chinesas, onde o grande charme ficou por conta das roupas das noivas. E quem disser que não estão lindas, que atirem a primeira rosa!
Faça valer sua opinião!
Aqui você fala! Opina, se expressa, pergunta, desabafa, tudo, enfim! Esse espaço é todo seu, faça valer seus pensamentos e opiniões! Eu estou aqui, pronta a ouvir a todos! Com muito carinho.