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Fazer sucesso simplesmente pela fama e por prêmios e títulos que mais cedo ou mais tarde todos esquecerão, de nada valerá
No dia 12 de março aconteceu a cerimônia da grande festa do cinema em Hollywood com seu glamour e todos “nos trinks” e sua moda de artista nem sempre usável por qualquer mortal.
Mas vestimentas à parte, o que mais chama a atenção neste evento anual que premia categorias cinematográficas é o aprimoramento das técnicas utilizadas, ainda mais com todo o aparato tecnológico atual.
É emocionante observar os artistas, roteiristas, diretores e todos que nos bastidores fazem o filme chegar finalmente às telas. Demora anos, mas o fruto do trabalho de muitos que consegue obter o produto que será, enfim, “apreciado” pelos espectadores.
Uma academia que faz as indicações e na grande festa do cinema divulgam os vencedores da glamorosa estatueta. E o público, não diz nada e nem é consultado?
O sucesso neste meio é medido pela bilheteria que arrecada e bate seus recordes ou pelos números de prêmios cinematográficos que recebe. Mas será isso algo real ou apenas marketing?
E, do mesmo modo, analisando o meio literário, quais livros são considerados um grande sucesso? Os que ocupam a lista de vendas e mais procurados dos jornais e revistas ou aquele que recebe crítica mais positiva?
Um filme ou um livro pode ser comprado por alguém influenciado pela mídia que o taxará como o “melhor de todos” e, na verdade, se este leitor não concordar com essa classificação do grupo seleto especializado. Mas aí já o adquiriu.
Qual seriam, então, as “obras-primas” da sétima arte e da literatura? Aquele que o espectador ou leitor teve acesso, “provou” e aprovou. Isso significa que é uma análise oculta que nunca terá totalmente uma resposta. Afinal de contas, não são para ele essas obras? Ou será que alguém faz alguma coisa já pensando em reconhecimento e prêmios?
Receber um destaque na mídia ou ser condecorado com alguma medalha e títulos não é para qualquer um. Vale muito as entidades que promovem o evento para saber da credibilidade deste “destaque artístico”.
No meio literário existe o “Prêmio Jabuti” que analisa os livros lançados no ano anterior para saber os melhores em diversas categorias. Muitas vezes o júri dá prêmios aos conhecimentos em detrimento aos anônimos, mesmo que estes superem em qualidade os outros. Polêmicas que são feitas por pura discriminação inexplicável.
Trabalhar a técnica sem se preocupar com a emoção e toque artístico extremamente necessário para se obter um resultado mais completo. Pensar em prêmios sem pensar no público-alvo para o qual é dirigida a obra de nada vale.
Sobre isso disse Mário Quintana: “Pegue sua xícara e leia à vontade: Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente... e não a gente a ele”.
Por essas e outras que um filme ao ser roteirizado ou um livro ao ser escrito deve ser pensado em como o espectador e leitor irá assimilar e reagir a tudo que lhe é exposto. A emoção que o causará. Este sim deve ser aprovado.
Depois desta análise sem-pé-nem-cabeça, como alguns podem dizer, o importante é saber que o público que irá fazer da obra um sucesso ou fracasso.
Acontece até mesmo de algo feito para ter uma grande repercussão afundar sem a maior explicação. Talvez justamente por não ter sido pensado para o público, mas para os intelectuais de plantão.
Fazer o melhor para mostrar suas ideias com a obra vale a pena e deve ser a prioridade. Fazer sucesso simplesmente pela fama e por prêmios e títulos que mais cedo ou mais tarde todos esquecerão, de nada valerá.
Como disse Marilyn Monroe, que sofreu justamente com isso: “Com a fama, você sabe, você pode ler sobre você, alguém dá ideias sobre você, mas o que é importante é como você se sente sobre si mesmo, de sobrevivência e de vida do dia a dia com o que surge”. E é uma grande verdade.
E o Oscar vai para... Aquela pessoa mais importante, sem a qual de nada adiantaria a produção cinematográfica de milhões e nem o gasto de horas queimando a cabeça na dança das palavras nas linhas: Você!
Um forte abraço do Rofa!