(Foto Ilustrativa)
Hoje em dia as mulheres podem e fazem o que querem; podem ter a profissão que escolherem e nada as impede de alcançar os seus objetivos; e isso é maravilhoso
Outro dia eu estava em um ponto de ônibus para ir para casa, e como já era noite estava bem cheio. Várias pessoas conversando e uma dessas conversas chamou a minha atenção. Dois homens falando sobre as suas respectivas esposas. O primeiro falava da mulher com alegria e entusiasmo, tecendo elogios e dizendo como a incentivava a trabalhar, estudar e correr atrás dos seus sonhos. Já o segundo só reclamava e falava em tom de deboche que não podia dar muita “corda” para ela, senão dava problema.
Achei curioso esse diálogo, pois os dois pareciam ter a mesma idade, ou seja, faziam parte da mesma geração, e pensavam de forma tão diferente. Nisso entrei no meu ônibus e fiquei pensando sobre aquela conversa, no trajeto para casa.
É claro que hoje em dia as mulheres podem e fazem o que querem; podem ter a profissão que escolherem e nada as impede de alcançar os seus objetivos; e isso é maravilhoso. Mas por que isso ainda é uma questão que precisa ser discutida? Por que ainda é levada em tom de deboche e desdenho por alguns?
Hoje moro sozinha, trabalho, estudo e vou atrás do que quero, mas aprendi a fazer isso sozinha. Confesso que senti uma invejinha da esposa do primeiro rapaz que se mostrou ao seu lado para tudo. Às vezes é bom ser incentivada por pessoas que amamos; porém, na falta desse incentivo, o espelho é um grande aliado.
Que neste ano possamos olhar para nós mesmos e ser nossas maiores incentivadoras, conquistando tudo o que sonhamos. E, se caso não conseguirmos, não tem problema; nunca é tarde para realizarmos aquilo que temos vontade. Sonhos nunca envelhecem, a não ser que a gente permita. E que num futuro cada vez mais próximo isso não seja mais um assunto a ser debatido, mas sim uma realidade concreta na nossa sociedade.