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O que é trair? Seria um flerte inocente? Um beijo? Uma noite de paixão desenfreada? Ou tudo isso junto e misturado?
Não é surpreendente que a traição seja tão mal vista em nossa cultura, afinal, está presente em todos os lugares, desde a mídia até as conversas de bar. Até mesmo na música, que poderia ser uma forma de refúgio para acalmar nossos conflitos interiores, a traição é um tema recorrente, especialmente no sertanejo.
Nesse caso, não é preciso de fofocas para saber sobre a vida amorosa do cantor - e acredite, existe um certo tipo de prazer nisso. Talvez seja porque suas letras sofridas e cheias de desilusão são tão fáceis de se identificar. Caso contrário, não seria mais um dos produtos desse sistema econômico predominante.
O que é trair? Seria um flerte inocente? Um beijo? Uma noite de paixão desenfreada? Ou tudo isso junto e misturado? Bom, não existe uma resposta simples para essa pergunta, pois tudo depende do contexto, das expectativas e das regras estabelecidas entre os parceiros. Afinal, o que é traição para um casal pode ser considerado apenas uma diversão banal para outro. A traição é, essencialmente, quebrar uma regra que foi estabelecida entre os parceiros. Se ambos concordam em manter um relacionamento fechado e um deles decide se envolver com outra pessoa, isso é traição. Mas se o casal estabeleceu que o relacionamento é aberto e ambos podem se relacionar com outras pessoas, não há traição envolvida, a não ser que alguém tenha ficado sem um match no Tinder, é claro.
Quando o amor não é cego o suficiente
A tolerância à traição pode variar de pessoa para pessoa e de acordo com a cultura em que vivem. Algumas pessoas consideram a traição um ato imperdoável, enquanto outras são mais flexíveis, dependendo do grau de comprometimento do relacionamento. É importante saber que também não é válido usar como desculpa o “amor livre” para justificar a traição na frente do parceiro e dizer: “Ei, amor, isso é só uma forma diferente de amor livre, você não entende?” para justificar o injustificável.
É comum que as pessoas escolham ignorar algumas situações de traição por acharem que a razão para romper o relacionamento seria fútil. No entanto, deixar isso passar pode gerar um desconforto que cresce com o tempo e pode se tornar ainda mais difícil de lidar. Além disso, a tolerância à traição pode ser influenciada por emoções como o ciúme e o ego. Aliás, não é incomum que o ciúme e o ego influenciem na percepção do parceiro sobre a traição, como quando a pessoa começa a vasculhar as curtidas do companheiro em fotos alheias. Por fim, é
importante lembrar que a decisão de lidar com a traição e suas consequências deve ser tomada pelo próprio traidor e não pelo outro parceiro. Contar ao outro pode ser uma forma de aliviar a própria culpa, mas não ajuda a lidar com as consequências do próprio comportamento. Afinal, se ninguém quer ser traído, por que iria querer saber que foi traído?