Cada vez mais comum dentro do X, esses perfis alimentam os fãs com fotos e vídeos inéditos dos gigantes da música nacional
Após o bilionário Elon Musk mudar a nomenclatura do antigo Twitter para X, vários usuários deixaram a plataforma. Outras questões envolvendo as políticas de privacidade e a forma de monetizar dentro do site também pesaram na decisão para que alguns usuários deixassem de vez o aplicativo.
De acordo com estudos realizados pelo Insider Intelligence, as projeções indicam que o X pode perder até 33 milhões de contas até o final de 2024. Mas há motivos preciosos para manter uma conta ativa no X: são os acervos da Música Popular Brasileira.
Cada vez mais comum dentro do X, esses perfis alimentam os fãs com fotos e vídeos inéditos dos gigantes da música nacional. De Nara Leão aos Mutantes, de fotografias coloridas até entrevistas antigas; os acervos são verdadeiros portais sagrados para quem busca ineditismo para além dos canais oficiais dos artistas ou da mídia tradicional.
Tem para todos os gostos, da rainha do rock Rita Lee ao múltiplo mestre Caetano Veloso. E não para por aí: tem Maria Bethânia; Gal Costa; Jorge Ben Jor; Alcione; Chico Buarque; Maysa; Elis Regina; Angela Ro Ro; Gilberto Gil; Marisa Monte; Daniela Mercury; Cássia Eller; Milton Nascimento, etc. A lista é enorme e cada vez mais brotam novos acervos no antigo Twitter.
Para Frederico Marinho, pianista, violinista arranjador e compositor, esses acervos digitais são de extrema importância.
- Somos o país com a melhor música popular do mundo e isso tudo foi feito lá atrás. Os anos antes da Bossa Nova, os anos da Bossa Nova e depois os anos em que se criou o termo MPB - destaca.
Esses perfis têm como finalidade máxima a preservação histórica e o legado construído por cada artista. Em um mundo diariamente bombardeado por informações o tempo todo, a elaboração de canais com credibilidade complementa a importância dessas ferramentas de divulgação.
- Hoje, em um mundo com muita informação, onde tudo é muito efêmero, acho que esses acervos prestam um auxílio à memória. É uma forma de fazer recordar quem viveu esses tempos e também trazer para as novas gerações uma parte da história musical do nosso país - ressalta Frederico Marinho que, atualmente, estuda Música - Piano e Composição na UFRJ/UniRio.
Viva a MPB, viva os acervos musicais, viva os fãs que mantêm a rica e multifacetada cultura musical brasileira em exorbitância, e que nos brindam com canções, fotos e depoimentos que ficarão para eternidade.