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Olhar Errante

Ruan Campos

ruan.campos@hotmail.com

Multifacetada Cultura Musical Brasileira

O X da questão: acervos da MPB se espalham pelo antigo Twitter

Perfis são como enciclopédias da música brasileira, com fotos raras e informações importantes sobre artistas populares

Colunistas  –  20/07/2024 18:10

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(Fotos: Divulgação/Acervos X)

Cada vez mais comum dentro do X, esses perfis alimentam os fãs com fotos e vídeos inéditos dos gigantes da música nacional

Após o bilionário Elon Musk mudar a nomenclatura do antigo Twitter para X, vários usuários deixaram a plataforma. Outras questões envolvendo as políticas de privacidade e a forma de monetizar dentro do site também pesaram na decisão para que alguns usuários deixassem de vez o aplicativo.

De acordo com estudos realizados pelo Insider Intelligence, as projeções indicam que o X pode perder até 33 milhões de contas até o final de 2024. Mas há motivos preciosos para manter uma conta ativa no X: são os acervos da Música Popular Brasileira.

Cada vez mais comum dentro do X, esses perfis alimentam os fãs com fotos e vídeos inéditos dos gigantes da música nacional. De Nara Leão aos Mutantes, de fotografias coloridas até entrevistas antigas; os acervos são verdadeiros portais sagrados para quem busca ineditismo para além dos canais oficiais dos artistas ou da mídia tradicional.

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Tem para todos os gostos, da rainha do rock Rita Lee ao múltiplo mestre Caetano Veloso. E não para por aí: tem Maria Bethânia; Gal Costa; Jorge Ben Jor; Alcione; Chico Buarque; Maysa; Elis Regina; Angela Ro Ro; Gilberto Gil; Marisa Monte; Daniela Mercury; Cássia Eller; Milton Nascimento, etc. A lista é enorme e cada vez mais brotam novos acervos no antigo Twitter.

Para Frederico Marinho, pianista, violinista arranjador e compositor, esses acervos digitais são de extrema importância.

- Somos o país com a melhor música popular do mundo e isso tudo foi feito lá atrás. Os anos antes da Bossa Nova, os anos da Bossa Nova e depois os anos em que se criou o termo MPB - destaca.

Esses perfis têm como finalidade máxima a preservação histórica e o legado construído por cada artista. Em um mundo diariamente bombardeado por informações o tempo todo, a elaboração de canais com credibilidade complementa a importância dessas ferramentas de divulgação.

- Hoje, em um mundo com muita informação, onde tudo é muito efêmero, acho que esses acervos prestam um auxílio à memória. É uma forma de fazer recordar quem viveu esses tempos e também trazer para as novas gerações uma parte da história musical do nosso país - ressalta Frederico Marinho que, atualmente, estuda Música - Piano e Composição na UFRJ/UniRio.

Viva a MPB, viva os acervos musicais, viva os fãs que mantêm a rica e multifacetada cultura musical brasileira em exorbitância, e que nos brindam com canções, fotos e depoimentos que ficarão para eternidade. 

 

Por Ruan Campos  –  ruan.campos@hotmail.com

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