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Vida e Sociedade

Leone Rocha

leone.rocha@gmail.com

Mal do Século

Ansiedade nada divertida

Muitas vezes construímos medos e receios que são demandas externas a nós mesmos, cobranças que não nos pertencem e são impostas

Colunistas  –  28/08/2024 18:24

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(Foto Ilustrativa)

Sabedoria para discernir escolhas, valores e competências faz-se necessário, mas isso vem com a experiência e um coração sempre aberto e humilde

 

O filme “Divertidamente 2” tornou-se o mais visto no Brasil em todos os tempos, superando “Vingadores: Ultimato”, e o longa da Pixar também atingiu a marca de animação mais vista de todos os tempos, segundo notícia da InfoMoney, de 25/7/2024. Na história, a personagem principal, Riley, não é mais a garotinha do primeiro filme e atinge a puberdade, quando novas emoções entram na sua mente. Ganha proeminência a ansiedade que passa a assumir boa parte do controle de sua vida e assim a trama se desenvolve.

A ansiedade já foi largamente reconhecida como o “mal do século” nas últimas décadas antes da virada do milênio. Nossas mentes tornarem-se fonte de ansiedade por si mesmas. No livro “A Condição Pós-Moderna”, de David Harvey, o autor demonstra como desde a década de 1970 com o avanço da tecnologia nos transportes e comunicação o espaço e o tempo comprimiram-se. O mundo “diminuiu”. Os processos ganharam velocidade e o ser humano viu-se exprimido numa selva de concreto, metas, negócios e trabalho, muito trabalho.

Conforme o tempo foi passando, a quantidade de pessoas que começaram a apresentar transtornos mentais, frequentar psiquiatras e psicólogos, usar medicação, aumentou muito. Nos anos 2000 agora as crianças e jovens estão entrando também na lista de pacientes com algum tipo de transtorno.

Sendo assim, não é à toa o sucesso de “Divertidamente 2”, marcadamente discutindo a interferência da ansiedade nas nossas vidas.

Eu mesmo vivi e vivo esse processo constantemente. Para além das idas ao psiquiatra, psicólogo e uso de medicamentos, além da forte e imprescindível conexão com a espiritualidade, procuro sintonizar meus pensamentos com o que realmente é importante para mim e não para os outros. Muitas vezes construímos medos e receios que são demandas externas a nós mesmos, cobranças que não nos pertencem e são impostas. Outro ponto é procurar realmente fazer o possível para melhorar para estarmos sempre com nossa consciência tranquila. Melhorar no que nos cabe melhorar, no que compete a nós, no que é nossa responsabilidade realmente. Sabedoria para discernir escolhas, valores e competências faz-se necessário, mas isso vem com a experiência e um coração sempre aberto e humilde.

 

Por Leone Rocha  –  leone.rocha@gmail.com

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