(Fotos: Divulgação)
Categoria Fotografia: Paulo Pinto foi premiado com “Passe Livre faz manifestação em São Paulo contra aumento da tarifa”, da Agência Brasil; Eduardo Anizelli (foto abaixo) levou o Prêmio por “Cachoeira de Sangue”, da Folha de São Paulo
Criado em 1979, o Prêmio Vladimir Herzog presta homenagem e reconhece o trabalho de jornalistas, repórteres fotográficos e artistas do traço que, através de seu trabalho cotidiano, defendem com máximo vigor a Democracia, a Justiça e os Direitos Humanos.
Em sua 46ª edição, a cerimônia de premiação acontece no dia 29 de outubro, no Tucarena, em São Paulo. Entre os nomes premiados estão figuras importantes da comunicação e da sociedade civil, como as jornalistas Flávia Oliveira e Gisele Martins; além da Rede Wayuri de Comunicadores Indígenas do Rio Negro (AM), um coletivo popular formado por comunicadores locais.
Explorando diferentes temáticas e campos da comunicação, o Prêmio Vladimir Herzog é promovido por 17 instituições da sociedade, além da família Herzog: Associação Brasileira de Imprensa (ABI); Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji); Conectas Direitos Humanos; Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP); Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), entre outras importantes entidades brasileiras.
Além de cultuar a memória e o legado de Vladimir Herzog, torturado e brutalmente morto em outubro de 1975 nas dependências do DOI-CODI, em São Paulo; o prêmio valoriza o trabalho de profissionais que colaboram diariamente na defesa e fomento da Democracia, da Cidadania e dos Direitos Humanos e Sociais no país.
Em 2024, questões como a cultura do estupro; o genocídio em Gaza; assédio e suicídio; a exploração ilegal na Amazônia; a violência policial e a ditadura foram assuntos premiados em diferentes categorias.
Como destaque nesta edição do Prêmio Vladimir Herzog, a categoria fotografia traz recortes relevantes da sociedade como a manifestação pelo Passe Livre em São Paulo e a guerra urbana que assola o Rio de Janeiro.
A violência do Estado e o interesse financeiro das camadas da burguesia sobre o proletariado desenham um retrato do Brasil desigual, que agoniza e morre diariamente. Por isso, não há democracia sem direitos humanos.
Os trabalhos vencedores na categoria fotografia são dos fotojornalistas Paulo Pinto (Passe Livre faz manifestação em São Paulo contra aumento da tarifa); da Agência Brasil e Eduardo Anizelli (Cachoeira de Sangue); da Folha de São Paulo.
O Prêmio Vladimir Herzog tem como base a relevância e a contribuição de profissionais da comunicação para uma sociedade mais justa e democrática. Sempre prezando pela diversidade, inclusão e pluralidade; o prêmio jornalístico fortalece a democracia e o direito à informação de qualidade.
Nomes importantes como Sônia Bridi, Glória Maria e Fernando Morais reforçam as potencialidades do trabalho jornalístico no Brasil e impulsionam as novas gerações no aprimoramento jornalístico e na construção de uma sociedade mais diversa.