(Foto: Divulgação)
Zuckenberg se deu bem: A vida que rola no
Face, às vezes, parece estar muito mais
interessante do que a vida real
Vai dizer que você nunca quis ser fotografado no Castelo de Caras com direito aos famosos 15 minutos de fama? A meu ver, o Facebook presta essa função aos caros anônimos e ilustres desconhecidos da mídia. É o momento de cada pacato cidadão se sentir na sua própria edição de uma revista de famosos e toda dedicada a ele mesmo. Mas, quem nunca deu uma espiadinha, que faça o primeiro comentário.
Fenômeno mundial das redes sociais, principalmente num país emergente como o Brasil, o Face é um vício. Eu, sinceramente, admiro aquelas pessoas que não têm um perfil lá. E muito. Mas, não aqueles por não quererem aparecer publicamente, pois são de camadas da sociedade que não lhes permite tal atitude.
Quem não tem saco nem interesse
Eu acho o máximo aquele cidadão que diz que não tem saco nem interesse. Para mim, esse ser está um pouco acima do bem e do mal. O que não é o meu caso. Eu amo postar fotos. E abro todo dia a minha página, religiosamente. E ávida por novidades e posts. Contudo, se estiver num lugar sem conexão, não vou ter crises de abstinência pela falta do “Livrocara” por um dia na minha vida. Até dois. Porém, ficarei bem curiosa.
Parece que as pessoas passaram a viver para o Facebook ver. As fotos são tiradas, pensando-se nos comentários que fomentarão. Os comentários postados, totalmente pensados nas reações alheias. Trata-se da vida para o outro. Chego a me perguntar se a vida que rola no Face, às vezes, não parece estar muito mais interessante do que a vida real, a vida como ela é. Curioso para mim é que, quando a minha própria vida está “bombando”, eu quase chego a esquecê-lo.
Tudo pelo site de relacionamentos
Outra coisa que me chama a atenção é que deveria ser criado um guia de boas maneiras no Facebook. Ou existir uma “Socila” para se aprender a transitar por ali sem cometer gafes. Afinal, o Facebook tornou-se uma ferramenta de sociabilidade. Ou quem sabe antissociabilidade? Afinal, as pessoas não saem mais, não se falam. Elas fazem tudo pelo site de relacionamentos. Uma loucura! Uma vida virtual.
Não existe mais ligar no dia dos anos de alguém para se desejar um sonoro “Feliz aniversário”. Que saudades dos telefonemas! E o quesito “em um relacionamento sério”? Eu me divirto com essa parte. Relacionamento sério é muito cafona, vamos combinar.
Bolha existencial
Contudo, com todos esses pequenos detalhes, admito que o Zuckenberg, um rapaz que tinha algumas dificuldades de relacionamento (vide o filme sobre a criação do Facebook), é genial e conseguiu superar seus problemas, criando um site que, para alguns pode atuar como um agente de aproximação e para outros um instrumento para nunca mais se sair de uma bolha existencial.
Mas que ele resolveu o problema dele, ninguém pode negar!