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(Foto Ilustrativa/Ferveção)
Impossível ficar inerte a tanta alegria à nossa volta!
(O colunista que vos escreve, prestes a completar 35 anos neste domingo dia 15, nasceu numa sexta-feira de Carnaval... -Dizer que gosta da folia seria bobagem, né?!- Segue um relato que poderia muito bem ter ocorrido num fim de semana qualquer. Bom Carnaval a todos e até a próxima semana!)
O local ainda está vazio, mas meu peito cheio de alegria...
Pose pra foto! (Temos que registrar esse momento).
Aos poucos e sem pressa, o público entra e aguarda ansiosamente.
Algumas horas depois o espetáculo começa. O coração agora bate juntinho ao som da "Bateria da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira".
Volto a pisar na quadra dessa escola que conquistou meu coração há dois anos.
Lá todos somos iguais, unidos por uma só vibração. E como diria os Tribalistas:
"Na Portela tem, Mocidade, Imperatriz
No Império tem, uma Vila tão feliz
Beija Flor, meu bem, a porta-bandeira
Na Mangueira tem morena da Tradição"
Impressionante como essa bateria contagia a todos...
Em poucos segundos já não há mais espaço pra ninguém e espremidos todos estão juntos ao som da cuíca, do pandeiro e do tamborim que embala as passistas: a loira da mulata, o magnata do pobre, o gringo...
Falando nele, o gringo se impressiona com o rebolado da minha amiga morena. Rindo eu observo a companheira dele tentando acompanhar o ritmo, que meio desengonçada ensaia alguns passos.
Impossível ficar inerte a tanta alegria à nossa volta!
E nessas horas as máscaras caem (alguns preferem colocá-las)... A libido se aflora e os pudores desaparecem.
Contudo, infelizmente, a alegria tem hora pra acabar e a realidade bate à nossa porta lembrando que essa festa dura pouco, então enquanto as cinzas não caem... "vamos pra avenida, desfilar a vida, carnavalizar"! (Carnavália - Tribalistas)
* Escrito numa segunda-feira do dia 28 de janeiro de 2008 após um sábado de muita folia, mas ainda atual no sentimento.