(Foto Ilustrativa)

Era mais um dia como outro qualquer

 

Publicada em: 14/03/2015 (15:55:13)
Atualizada em: 15/03/2015 (18:33:10) 

Era um dia comum. Era mais um dia como outro qualquer.
Nada de novo, nada diferente.
Era um dia, um dia de gente. 

Gente que apaga os olhos
Que acende os sonhos
Que dorme o corpo
Que desperta a alma. 

Um dia...
Um dia de suor ou um dia de ócio? 

Um dia difícil? Não. Era um dia de riso.
De gente. De tanta gente. De gente nenhuma. 

Da molecada na praça.
Do guri que sorriu.
Da senhora na igreja
E a prece deferiu. 

Era um dia de cheiros. De todos os tipos.
De terra molhada.
Da chuva que caía.
De café quentinho.
De pão fresco na padaria. 

De casa cheia. De festa, eu diria.
Puseram mais água no feijão.
Era almoço em família. 

Dia de som alto.
Alguém bailou
No rádio tocava
A canção que lembrou. 

Lembranças de um beijo
Do abraço que afaga
Na alma que tocou
Do bilhete que rasgara 

Um dia, depois de tanto tempo
Que sobre o amor "escrevinhou"
Diacho de lua
que ele ontem avistou... 

Era um dia!
Mas quem explicaria?
Não cabia respostas.
Era o Dia Nacional da Poesia. 

* inspirado em coletâneas de poesias, poemetos e prosas poéticas que rascunhei nesses últimos anos, singelamente adaptadas em homenagem ao 14 de março, Dia Nacional da Poesia.