(Foto Ilustrativa/Fundação Alphaville)
O hoje já foi um ontem querendo ser o amanhã
Publicada em: 31/07/2015 (14:48:36)
Atualizada em: 04/08/2015 (14:48:36)
Tic tac!
Tic tac?
Acertar o relógio ou aceitar o relógio?
Eu conto as horas sob outra ótica... Seja no pulso, dentro do bolso ou pendurado na parede.
Sem ponteiros.
Em silêncio.
Esse tempo. Essa medição. Essa marcação.
Isso é passado.
Estou presente mas de olho no futuro.
Hoje sou digital: contemporâneo, atento, moderno.
Eu era analógico: conservador, retrógrado, careta.
Meus segundos, não via. Os minutos? Perdia. As horas eu nem percebia.
A vida passava e eu ficava.
Passei pelo tempo. Era um passatempo.
Agora sou atemporal.
Estou desperto.
Pra tudo acontecer na hora certa.
No despertador do Criador.
Dei tempo ao intento.
Aprendi a estar desatento.
E a felicidade descobri.
Sem compromisso. Sem alarme. Sem exatidão.
Que, se a gente para no tempo, o tempo para pra gente.
Apressa-te. A viver.
O hoje já foi um ontem querendo ser o amanhã.
E o que restou da vida? A vida é o que nos resta!
Estou atrasado.
Bom fim de semana. Abraços meus.