(Foto Ilustrativa)
Menos patrulha, por favor
Publicada: 20/03/2016 (11:21:51)
Atualizada: 23/03/2016 (13:56:36)
Eles estavam se conhecendo. Não, eles estavam se ofendendo. Enfim, era um “casal” que dialogava pela primeira vez.
- Você é de Direita ou de Esquerda?
- Oi?
- Não, “oi” ainda não. Me fale.
- Pera aí, eu não tô entendendo...
- É tão complicado assim responder a uma pergunta?
- Mas a gente não está se conhecendo?
- Me responda!
- O que é isso? Anarquismo?
- Ahhh... Você é de Esquerda...
- Caramba, cadê a liberdade?
- Ahhh... Então é de Direita???
- Companheiro, eu...
- Companheiro? Sabia... É “comunista”!
- Não, você está me deixando louca!
- Ihhh... Olha ela, enlouquecendo. Típico de quem não sabe argumentar...
- Isso é uma pegadinha? Eu tô confusa!
- Tá é em cima do muro e não quer admitir. Tadinha dela!
- Tadinho de você, seu “burguesinho alienado”!
- Não sou “burguês” e muito menos alienado, eu sou é a favor do Brasil.
- Pois não parece. Tá mais é pra fascista autoritário.
- Você não me responde, ué! Eu te fiz uma pergunta!!!
- Eu sou a favor da democracia, pronto. Respondido!!!
- Ah... Agora sim... Podemos nos conhecer... Oi! Qual é o seu nome?
- Desculpe. Golpe pra cima de mim, não. Tchau pra você.
(Quando um “posicionamento político” vira referência “boa” ou “ruim”.)
Menos patrulha.
Paz a todos.
Abraços meus.