(Foto: Reprodução)
Foram muitos os exemplos e as
lições que as Olimpíadas deixaram
Nessas últimas semanas o mundo se rendeu aos cariocas, melhor dizendo, aos brasileiros.
Os Jogos Olímpicos, motivo de tantas críticas e divisão de opiniões, encantaram até os mais descrentes do evento.
Afinal de contas, a primeira Olimpíada realizada na América do Sul foi considerada um sucesso pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).
A segurança - ou melhor, a falta dela - na Cidade Maravilhosa era uma das maiores e preocupantes questões do evento. Mas, ainda sim, é vista como algo corriqueiro das grandes cidades.
Polêmicas e problemas (já sabidos) à parte, nos emocionamos a cada subida da bandeira e hino nacional brasileiro, que o Time Brasil, orgulhosamente, ecoou no pódio.
Foram muitos os exemplos e as lições que as Olimpíadas deixaram.
Que mesmo com pouco dinheiro (custo de 85% menor que os jogos de Londres em 2012), é possível fazer uma imponente cerimônia de abertura e encerramento olímpico.
Que torcemos pelos nossos atletas usando aquilo que mais nos difere dos outros países, o calor humano. Ora berrando, ora cantando, ora chorando. (As vaias? Sim, é feio. Muito feio. Mas não seria diferente em se tratando da espontaneidade brasileira.)
Que podemos e devemos investir no esporte, como ferramenta transformadora. (O COB - Comitê Olímpico Brasileiro - pagará, através de patrocinadores, R$ 35 mil aos brasileiros que subiram ao pódio individualmente - independentemente da cor da medalha conquistada. E R$ 17,5 mil para as equipes.)
Entretanto, legado maior ficou a cargo do belo espírito esportivo, aliás, olímpico. Como Solidariedade aos derrotados, como fez o nosso atleta Thiago Braz, medalha de ouro no salto com vara, ao consolar o rival francês Renaud Lavillenie. Coletividade na “mãozinha” aos adversários, exemplo da corredora neozelandesa Nikki Hamblin, ao levantar a americana Abbey DAgostino do chão quando caiu e torceu o tornozelo. Ou ainda como forma de Humildade, com a declaração da ginasta americana Simone Biles, ao afirmar que a sua medalha de bronze deveria ter ido para a brasileira Flavia Saraiva.
Já dizia Diego Hypolito, nosso ginasta medalha de prata, exemplo de Superação: “Povo brasileiro, se meu sonho foi possível, o de todos é possível. Acreditem sempre e não desistam quando os outros disserem que vocês não podem”.
Sim, Diego. Podemos ser medalhistas em outras modalidades, como saúde, educação e gestão política. Basta treinarmos a nossa consciência, ação e vontade de vencer nesse país de contrastes chamado Brasil.
Abraços meus e até a próxima.