(Foto Ilustrativa)
Até 2018, senhores eleitores, com Democracia
Encerra-se, finalmente, o capítulo dessa "novela".
Novela essa que dividiu o país entre apelidos, discórdias e intolerâncias.
Eu nunca votei em Dilma Rousseff.
Sim, já fui petista em tempos outrora.
Tempos em que acreditava-se nas palavras de um sonhador metalúrgico (mesmo ofício de meu falecido pai), que tornou-se o primeiro trabalhador eleito presidente do Brasil em 2002. Foi uma comoção.
Desde o escandaloso "Mensalão", em 2005, virei apartidário.
Lula, na época, dizia que nada sabia sobre o esquema.
Ninguém engoliu a história.
É difícil creditar confiança num político. E defender A ou B.
O cansaço vence o idealismo.
Idealismo não enche o bolso.
Eu, como muitos amigos, sofri as consequências da crise que assolou o país, em 2014.
Vi ex-alunos meus graduados perderem seus empregos. Vi pequenos e grandes empresários fecharem suas portas. Vi metalúrgicos-pais-de-família, na minha cidade, darem baixa em suas carteiras de trabalho.
Desespero geral.
Alguma coisa estava errada. E muito errada.
O governo da ex "Presidenta" falhou. Fato.
Entretanto, é fato também que a oposição aproveitou-se do delicado momento para dar o golpe final.
O impeachment foi consumado.
E numa ironia do destino o vice, que era um aliado Dela, virou um dos seus principais desafetos, e hoje ocupa, oficialmente, o seu lugar.
Muitos comemoram. Outros tantos decretam luto.
Eu sigo querendo mudar quem discursa, substituir o verbo, acreditar que novos e melhores tempos surgirão.
Que comece, conscientemente, pela cidade de cada um de nós. Nas eleições municipais, em outubro deste ano.
Até 2018, senhores eleitores, com Democracia.
Abraços meus.