Publicada: 31/05/2017 (18:48:53) . Atualizada: 03/06/2017 (12:10:26)
(Foto: Divulgação)
Sucesso: Baseada no filme de 1973, a produção foi apontada como uma das melhores de 2016
Para começar sou fã do gênero terror, principalmente quando vem recheado com suspense de arrepiar pra valer. Mas estou sempre atenta, pois dispenso e costumo passar longe de exageros e bizarrices. Não que o “O Exorcista” não tenha os dois ingredientes. Mas o roteiro bem fundamentado e bem dirigido, aliado a um elenco que deu certo em todos os núcleos, fizeram com que eu superasse minhas exigências e desse uma chance à série - indicada pelo nosso editor Cláudio Alcântara - depois do primeiro episódio. É raro encontrar fãs de terror de todas as idades que não tenham assistido ao filme clássico de mesmo nome. E nós sabemos que fãs são exigentes, quando o assunto é alguma releitura ou adaptação. Uma coisa é mais próxima do original do que a outra.
“O Exorcista”, primeiramente é um filme de 1973, escrito por William Peter Blatty, baseado no livro homônimo de sua autoria. O livro de Blatty teve inspiração no exorcismo de um garoto de 14 anos, documentado em 1949. O filme tornou-se um dos mais lucrativos filmes de terror de todos os tempos e rendeu ao autor o Oscar de melhor roteiro adaptado em 1974. O relançamento aconteceu em 2000, com uma versão do diretor, além de quatro sequências (1977, 1990, 2004 e 2005). A versão do diretor tem mais 11 minutos que o original e sem dúvida mostrou que o filme sobreviveu a todos os tipos de sustos e figuras assustadoras mostradas no cinema, desde sua estreia na década de 70 e se reafirmou como clássico dos clássicos do tema. William Peter Blatty morreu no início deste ano, em 13 de janeiro, nos EUA, ele tinha câncer no sangue. Blatty tentou desenvolver uma minissérie em 2009, baseada em seu livro, mas não saiu do papel.
Acreditar ou não acreditar? Eis a questão...
E não pense que o assunto é coisa de americano e europeu. O programa “Fantástico”, da TV Globo, fez uma matéria em 2014 com padres brasileiros que praticam o exorcismo em terras brazilis. Acreditar ou não acreditar? Eis a questão. Crenças, dúvidas e curiosidade à parte, o tema no decorrer dos anos tem rendido filmes e mais filmes, filmes disfarçados de documentários, em sua maioria ruins. E nessa carona surgiu a minissérie.
“O Exorcista”, a minissérie, é uma adaptação muito bem feita, com roteiro e direção excelentes, referências ao filme, além de elenco pra lá de afinado, como já disse no início da coluna. Novos personagens surgem, sem abalar a essência da obra do autor e sem cair em clichês. A produção foi apontada como uma das melhores de 2016.
Segunda temporada está garantida
Nesta primeira temporada são dez episódios, quase todos no mesmo ritmo, ou seja, sem permitir que você disperse sua atenção e queira assistir outra coisa. O padre Tomas Ortega (Alfonso Herrera) é o melhor que nós temos em cena ao lado de Ben Daniels (padre Marcus). A dupla tem uma dinâmica perfeita, além da veterana Geena Davis (Angela Rance).
Já foi renovada e apresentará uma nova história. Segundo o showrunner Jeremy Slater, existe a possibilidade de personagens reaparecem. Mas a ideia é que cada temporada tenha começo, meio e fim. A série estreou simultaneamente nos EUA e Brasil, no ano passado. Aqui foi exibida pelo canal FX. Até a próxima!
> Clique & Confira: Página oficial da minissérie no Brasil
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