Publicada: 14/10/2017 (10:43:27) . Atualizada: 29/10/2017 (13:41:44)
(Foto: Divulgação)
Trama: A vida de três mulheres; Celeste (Nicole), Madeline (Reese) e Jane (Shailene Woodley)
A minissérie queridinha do Emmy 2017 tem todos os elementos necessários para se tornar a sua também, se você ainda não assistiu. Eu sei. Com tantas produções e cada vez aumentando mais, tanto na TV paga, quanto na TV aberta, fica meio difícil dar conta de todas, ou pelo menos daquelas que são sinalizadas como as melhores - seja pela crítica ou pela audiência, aliada à qualidade. Confesso que tem sido uma correria dar conta de tudo que gosto e acompanho, e dar espaço para as séries e minisséries que acho relevante destacar na coluna. Mas eu adoro. Sou seriemaníaca assumida. E “Big Little Lies” é realmente big. Tão boa, que no final você deseja que venha uma segunda temporada. Só que não. É uma minissérie, portanto, a história foi contada e ponto final. Talvez se tivéssemos tido mais episódios... Foram sete, com quase uma hora de duração. E quando acaba você questiona o porquê de apenas sete apisódios.
O roteiro é baseado no livro de Liane Moriarty. A minissérie dramática da HBO foi criada e escrita por David E. Kelley. O romance de Liane é bem real, e ao que me pareceu pelo que foi adaptado, não tem meias palavras para lidar com as tragédias cotidianas. Já encomendei o meu exemplar. Obviamente que muitas coisas que estão na minissérie não estão no livro e vice versa. Mas de uma forma bem contundente David E. Kelley deu um banho em tudo o que levou para a tela, abordando temas que estão bem perto de nós. Temas que cada vez mais sentimos a necessidade de discutir, questionar, exigir direitos, encontrar soluções e mais do que nunca aceitar que eles existem de fato. “Big Little Lies” com certeza incomodou em determinada abordagem àqueles que ainda fecham os olhos ou jogam a sujeira familiar para debaixo do tapete. A direção de todos os episódios foi de Jean-Marc Vallée, o que não é comum nas séries e minisséries. Vallée é conhecido por filmes como “Clube de Compras Dallas” (2013) e “Livre” (2014).
Um assassinato de pano de fundo
A trama é centralizada na vida de três mulheres: Madeline (Reese Witherspoon), Celeste (Nicole Kindman) e Jane (Shailene Woodley). Três pessoas diferentes vivendo conflitos por conta de relacionamentos, da criação dos filhos e da convivência social recheada de fofocas e comentários maldosos na pequena e lindíssima cidade de Monterrey, na Califórnia. Tudo começa com um assassinato de pano de fundo sendo apresentado logo na primeira cena. E paralelamente ao desenrolar dos dramas pessoais de Celeste, Madeline e Jane, a investigação vai seguindo, deixando dúvidas e sugerindo teorias e suspeitos para quem está assistindo. Além delas a personagem de Laura Dern (Renata) também tem seu espaço bem colocado.
No quesito drama pessoal, Celeste infelizmente ganha de todas. Em “Big Little Lies” num primeiro momento você pensa que a mocinha da vez é uma e de repente o peso do sofrimento pessoal aponta para outra. A violência doméstica e suas consequências são mostradas de uma maneira crua, sem rodeios ou banalização. Não vou dar mais detalhes, porque muitos não gostam de spoilers. O final mostra como as verdades feias e as tragédias unem as pessoas. A cena final é muito comovente e nos faz pensar que ninguém consegue carregar o peso do mundo sozinho. “Big Little Lies” foi a grande sensação do Emmy 2017, deixando a HBO por cima. Foram cinco prêmios principais: melhor série limitada ou filme para a TV, melhor atriz (Nicole Kidman), melhor atriz e ator coadjuvante (Laura Dern e Alexander Skarsgård) e melhor roteiro, além dos prêmios técnicos. Para finalizar nosso papo, destaco a trilha sonora e a abertura excelentes. Inclusive a trilha foi lançada exclusivamente no iTunes, em março deste ano.
Até a próxima!
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