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Literatura & Cia.

Jean Carlos Gomes

poearteditora@gmail.com

Projeto Turístico

Fazenda Santana do Turvo - Um olho no passado, outro no futuro

Academia Barramansense de História realiza passeio histórico/sócio/cultural

Colunistas  –  30/06/2018 10:31

  • Integrantes e amigos da ABH - Academia Barramansense de História

  • Parte do interior

  • Parte do interior

  • Parte externa da Fazenda Santana do Turvo, frente

  • Parte do interior

  • Placa explicativa

  • Parte do interior

  • Externa, árvores...

  • Parte externa, lateral

  • Ponto de Memória/exposição

  • Este colunista no trator antigo

  • Moinho

  • Ponto de Memória/exposição

  • Engenho

(Fotos: PoeArt/Divulgação) 

A Academia Barramansense de História realizou, em 21 de junho, um passeio histórico/sócio/cultural à Fazenda Santana do Turvo, localizada nas estradas Amparo-Quatis e Amparo-Barra Mansa, numa vasta planície cortada pelo Rio Turvo, com uma paisagem marcada pela sequência de pequenos morros.

Uma histórica propriedade

Pioneiro na cultura do café em Barra Mansa, Manoel Gomes de Carvalho obteve da Coroa Portuguesa uma sesmaria de terras localizadas às margens do Ribeirão do Turvo. Nessas terras fundou duas importantes fazendas, Santana do Turvo e Criciúma, que em pouco tempo tornaram-se grandes produtoras de café. Santana, que teria sido construída por volta de 1826, chegou a possuir cerca de 250 escravos e uma produção anual de 180 mil arrobas.

Natural de São Tiago de Amorim, Portugal, Manoel Gomes de Carvalho, tenente-coronel do Corpo de Cavalaria das Milícias, veio para o Brasil com 13 anos de idade para ser criado por parentes, ficando os pais em Portugal.

Era filho do português Matias Gomes de Carvalho e de Josefa Martins. Casou-se com Francisca Bernardina Leite, filha de seu vizinho Capitão-mor Manoel Ferreira Leite, com quem teve três filhos: João Gomes de Carvalho, Visconde de Barra Mansa; Manuel Gomes de Carvalho Filho, Barão de Rio Negro; e Joaquim Gomes Leite de Carvalho, segundo Barão de Amparo.

Manuel Gomes de Carvalho foi agraciado com o título de Barão do Amparo, em 17 de junho de 1853. Após sua morte, ocorrida em 25 de maio de 1855, a Fazenda Santana do Turvo coube ao seu filho João Gomes de Carvalho, agraciado em 5 de maio de 1867, com o título de Barão de Barra Mansa, elevado a Visconde com grandeza, em 13 de janeiro de 1868. O Visconde de Barra Mansa morreu solteiro, em 1889, e não deixou descendência legítima.

Até o advento da estrada de ferro, o café produzido em Santana do Turvo, era levado por barcas pelo Rio Paraíba do Sul até a localidade de Ypiranga, Vassouras, para, deste ponto, ser transportado pela estrada Presidente Pedreira até a Corte do Rio de Janeiro.

No fim da década de 1970, a fazenda foi adquirida pelo empresário Horacio Monteiro de Carvalho, descendente direto do Barão do Amparo. Após sua morte, ocorrida algum tempo depois da compra, sua viúva D. Lily Monique de Carvalho resolveu vender a fazenda.

Na década de 1980 a fazenda foi adquirida pelo médico carioca Pedro Alberto Guimarães. Nessa ocasião, a fazenda passou por um processo de restauração, com o objetivo de devolver a essa histórica propriedade os aspectos originas da época de sua construção. 

Turismo histórico/pedagógico 

O projeto turístico começou a ser implantado há menos de um ano. Com objetivo de aprimorar a vocação para o turismo histórico/pedagógico e somar a isso outras tendências modernas de turismo. Todos buscam hoje qualidade de vida por meio da saúde. A resposta está no esporte, natureza e cultura. A partir dessa premissa, foram realizados investimentos na criação de trilhas, aquisição de equipamentos, iniciadas restaurações em todo o complexo histórico e a inauguração do Ponto de Memória no engenho restaurado em parceria com o Instituto Dagaz. Tudo isso feito simultaneamente à modernização no formato de atendimento, visando a recepção de grupos escolares, a realização de eventos esportivos e mais conforto ao visitante. Na parte religiosa, está às margens do Caminhos de Nossa Senhora, rota de peregrinação entre Rio de Janeiro e Aparecida do Norte, hospedando peregrinos o ano inteiro. A jornada só começou, mas o retorno já é visível, seguindo com a evolução, novos projetos como acampamentos escolares se somarão ao que já foi realizado. 

> Fonte: Inepac - Instituto Estadual do Patrimônio Cultural. Colaboração: João Luiz de Carvalho Júnior - sócio-proprietário da Fazenda

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Por Jean Carlos Gomes  –  poearteditora@gmail.com

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