Que tal dicas de séries para quem não curte a Copa do Mundo? Fiz uma seleção de séries para quem passa bem longe dos jogos de futebol. Nada de bola rolando. Confira:
(Foto: Divulgação)
Série Brasileira: 3%
Drama e ficção científica juntos numa excelente produção da Netflix totalmente brazilis. Cerca de 50% da audiência do seriado vem de outros países que não o Brasil e já é a primeira série brasileira e de língua não-inglesa mais assistida nos EUA. Além dos EUA, outros países rendem audiência à série: Austrália, França, Canadá, Itália, Coréia do Sul, Turquia e Hong Kong. O elenco, encabeçado pelos competentes Bianca Comparato e João Miguel, está afinadíssimo. Em “3%”, para você entender a trama, tudo começa com a sociedade brasileira dividida em duas partes: o Continente, repleto de escassez de recursos, miséria e desesperança, e o Mar Alto, onde todos têm direito a uma vida melhor. No entanto, só há um caminho para se chegar lá: vencer no Processo, uma seleção para a qual jovens de 20 anos se alistam. Apenas 3%, como sugere o título, devem chegar ao Mar Alto. Temporadas um e dois estão disponíveis para assinantes da Netflix e a série já foi renovada para a terceira.
Série Belga: Tabula Rasa
A Netflix está empenhada na meta de atingir 50% de produções originais em sua plataforma e entre outras lançou uma série belga de suspense psicológico, que, embora ainda não seja muito acessada, tem muito potencial e já entrou na minha lista: “Tabula Rasa”. O enredo conta a vida de uma jovem com amnésia que se torna a figura-chave em um caso de pessoas desaparecidas. Durante os episódios ela precisa recuperar a memória para limpar seu nome, mas nada é tão simples quanto parece. Um detalhe bem interessante é a obsessão da personagem principal por números e padrões semelhantes ao de um labirinto. Em seu país de origem a série foi eleita melhor drama do ano de 2017.
Série Uruguaia
Não encontrei uma produção original do país, mas fica a indicação de “O Hipnotizador”, uma série do gênero drama, produzida pela HBO Latin America Group em parceria com a HBO Brasil. A trama é baseada na HQ argentina de mesmo nome e conta a história de Arenas (Leonardo Sbaraglia), um terapeuta e showman que passa a ser assombrado por pesadelos. A psicanálise acompanha as sessões que levam uma pessoa a reviver memórias por meio da hipnose. Na trama, Arenas tem um embate com outro hipnotizador: Darek. O personagem interpretado pelo brasileiro Chico Diaz sabe aplicar as mesmas técnicas utilizadas por Arenas e os dois têm um passado enigmático. A produção foi toda gravada em Montevidéu, no Uruguai, e é a primeira série bilíngue da rede. O elenco é composto por atores brasileiros, argentinos e uruguaios. Além de Chico Diaz, a série conta com as brasileiras Bianca Comparato e Juliana Didone. Procure na internet e baixe.
Série Francesa: Marseille
A série francesa produzida pela Netflix tem críticas negativas e positivas. E pelo que pude perceber, a maior razão para se dar uma chance a essa produção é seu protagonista Gérard Depardieu, ator francês consagrado, com um currículo de filmes invejável. Ambientada na cidade francesa de Marselha, esse drama conta a história de um prefeito corrupto no fim de seu quarto mandato. Robert Taro (Depardieu) enfrenta os problemas de Marselha, que apesar da sua vocação para o turismo desenha um panorama de violência e caos social onde a população pobre está afundada. Dizem que é a versão francesa da americana “House of Cards”. OK. Lembra um pouco, como também outras produções onde política e corrupção permeiam a trama. Mas pára por aí. O argumento é outro. A segunda temporada já está no catálogo. Controversa ou não, é uma ótima oportunidade para ver Gérard Depardieu batendo um bolão.
Série Inglesa: Sherlock
Uma dica britânica, e diga-se de passagem está é quentíssima, traz uma releitura do detetive de Londres, criado por Sir Arthur Conan Doyle em 1887. Das páginas dos livros, Sherlock Holmes passou para o cinema e a televisão e atualmente temos duas versões atuais sendo exibidas: “Sherlock” (britânica) e a chatíssima “Elementary” (americana). Sei que sou quase uma voz perdida na multidão, quando digo que “Elementary” é uma série ruim, mas, voltemos ao ponto principal. Em “Sherlock” temos um autêntico Holmes em uma ambientação perfeita, mesmo sendo contemporânea. É uma adaptação que vale seu tempo. As duas primeiras temporadas e quarta tiveram três episódios, a terceira teve quatro.
Série Sueca: Bron/Broen
“Bron” ou “Broen” é uma série de televisão dano-sueca de drama policial. Sucesso internacional, já gerou três remakes. O primeiro nos EUA, com o título de “The Bridge” (cancelada), o segundo é “The Tunnel”, uma coprodução da França e Inglaterra; e o terceiro é uma produção da Rússia. No Brasil, “Bron/Broen” pode ser assistida no canal +Globosat. Quando um corpo é encontrado na ponte Øresund, entre a Suécia e a Dinamarca, um inspetor dinamarquês e uma detetive sueca têm de trabalhar em conjunto para resolver o crime. A ação principal decorre nas cidades de Malmö, na Suécia, e Copenhague, na Dinamarca. A versão americana é muito ruim, mas a produção original vale seu tempo com louvor.
Série Russa: Masha e o Urso
A garatoda baby também merece uma dica legal. A animação computadorizada russa de 2009 é uma das melhores que já assisti nos últimos tempos. Adoro desenhos, tanto infantis quanto os indicados para adultos. A minha dica é para quem vai ficar em casa com a garotada e quer ter um tempinho de folga despretensioso. “Masha e o Urso” deixa a criançada com a atenção ligada na telinha. São quatro temporadas e a primeira tem nove episódios com duração média de 20 minutos. Masha é uma menininha danada de curiosa e travessa, que vive numa casa em uma floresta. Seu melhor amigo é um urso, que corta um dobrado com as aventuras da pequena. A história é baseada no folclore russo. É uma gracinha! Está na Netflix para maratonar e também é exibido pelo SBT, TV Cultura, Boomerang e Cartoon Network. Na versão dublada em inglês, a dubladora de Masha é a mesma da versão dublada em português, a menina Giulia de Carvalho, que faz um excelente trabalho.
Série Croata: O Jornal
A Croácia vem mostrando mais do que futebol para o mundo, através de várias vertentes culturais. Uma dela é a série “O Jornal” (“Novine” título original). A primeira temporada está disponível na Netflix. A cidade onde se passa a trama é Rijeka, onde se localiza o maior porto da Croácia e é também a terceira maior cidade do país. De acordo com a sinopse, “O Jornal” traz poder e comunicação, política e relacionamentos humanos, buscas pessoais e sociais, em meio ao campo da investigação policial e às tramas do poder. Entre os temas apresentados estão aqueles que se relacionam diretamente ao jornalismo, é claro. Como a situação dos jornais impressos, o jornal on-line, a internet e as formas inovadoras no campo da informação no mundo. “O Jornal” é um drama político policial, onde os bastidores do jornalismo em si são mais atraentes do que os desdobramentos que alinham a história.
Até a próxima!
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