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Top 10

As melhores séries para maratonar (parte 1)

O ano de 2018 foi de ótimas produções elogiadas pelo público e crítica em geral

Colunistas  –  02/02/2019 18:03

> As melhores séries para maratonar (parte 2)      
 
Caso você, leitor, tenha alguma indicação de melhor do ano de 2018 mande sua sugestão para silvaninhamedeiros@live.com. e sua preferida será destaque na coluna. 
 

Sharp Objects 

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A HBO conseguiu mais uma estrela de Hollywood para seu universo de séries e temos uma brilhante atuação de Amy Adams na envolvente “Sharp Objects”. Você começa a assistir sem muita pretensão e quando se dá conta já maratonou os oito episódios. Amy já tem uma trajetória considerável no cinema e é a protagonista da adaptação do livro homônimo de Gillian Flynn. A obra de estreia de Flynn como escritora já foi para o cinema sob direção de David Fincher. Mas o nosso papo é a adaptação de Marti Noxon, que com a direção de Jean-Marc Vallée transformou “Sharp Objects” em uma das melhores minisséries do ano. A dupla desenvolveu um trabalho maravilhoso. Amy Adams encabeça um trio de protagonistas que conta com Patricia Clarkson e Eliza Scanlen. As três mulheres são a sustentação de uma história onde o sexismo traça os caminhos de cada uma, além da loucura e psicopatia. Amy é a repórter Camille Preaker, que após alguns anos retorna à sua cidade natal para cobrir os assassinatos de duas meninas. Dentro de sua instabilidade emocional se desenvolve uma trama sutilmente sombria e delicada com muita emoção, tensão e dores da alma. A HBO tem reprisado em formato de maratona. 

Killing Eve

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“Killing Eve”, da BBC, marca o retorno triunfal de Sandra Oh à TV americana, após sua dramática saída (para os fãs) de “Grey´s Anatomy”. Em “Killing Eve” Sandra é Eve, uma funcionária do departamento de segurança do governo que sonha em ser uma espiã enquanto trabalha em um burocrático escritório. Villanelle (Jodie Comer) é uma psicopata assassina elegante e talentosa. As duas mulheres têm seus caminhos cruzados e se tornam obcecadas uma pela outra. A trama é espetacular, com um figurino idem. Estreou em abril e antes de ser exibida já foi renovada para a segunda temporada. Sandra Oh causou muito burburinho ao se despedir de “Grey´s Anatomy” para investir numa nova produção. Seu desempenho em “Killing Eve” lhe rendeu indicação ao Emmy 2018 e Sandra foi a primeira mulher asiática a ser indicada ao Prêmio para a categoria de melhor atriz em série dramática. Além do Emmy, a série também foi indicada ao Globo de Ouro como melhor drama e Sandra concorreu como melhor atriz. Lembrando que ela já tem uma estatueta como melhor atriz coadjuvante por “Grey´s Anatomy” (2006). “Killing Eve” foi criada pela atriz e roteirista inglesa Phoebe Waller-Bridge, também criadora e protagonista da série inglesa “Fleabag”. A trama é baseada na série de romances “Codename Villanelle”, de Luke Jenning. A primeira temporada tem oito episódios e está disponível desde outubro na plataforma Globo Play, somente para assinantes. 

Pose

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Mais uma produção top de Ryan Murphy e Brad Falchuk, que estão em três das dez indicadas do Top 10 2018. Além de “Pose” destaco “America Crime Story” e “9-1-1”. Desta vez com a participação de Steven Canals, a dupla mais uma vez se superou. “Pose” é uma das melhores do ano, não só na minha lista. E mais uma vez Ryan Murphy sai na frente e coloca “Pose” como a primeira série de maioria trans a concorrer ao Globo de Ouro, com indicações de melhor série de drama e melhor ator da mesma categoria para Billy Porter. A produção conta com o maior elenco de atores transgêneros da história da televisão americana e o maior elenco LGBTQ de uma série já produzida. Em oito episódios “Pose” traz o delicioso frenesi dos anos 80 com a sociedade nova-iorquina como referência. De acordo com a sinopse a produção mostra a subcultura do salão de baile, o auge do universo de luxo da era Trump, a cena social e literária do centro da cidade de Nova York e a dramática explosão da epidemia de Aids, além do surgimento e disseminação do crack. “Pose” tem glamour, mas tamb[em mostra o lado pesado da época. O elenco traz nomes como Billy Porter, MJ Rodriguez, Dominique Jackson, Indya Moore, Hailie Sahar, Angelica Ross, Evan Peters, Kate Mara, James Van Der Beek, entre outros. A segunda temporada está prometida para este ano e de acordo com Ryan Murphy terá um salto temporal para o fim dos anos 1980 para em determinado momento focar no lançamento da música “Vogue”, da Madonna, e mostrar seu impacto na cultura e no cenário popular musical. “Vogue” é reconhecida como um dos maiores hinos LGBTs e um marco na história da música dos anos 1990. Se eu fosse você maratonava a primeira temporada hoje! 

Assédio

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Para mim “Assédio” é a melhor produção nacional de 2018. A minissérie da Globo é ousada e escancara questões que estão em alta em tempos de “João de Deus”. “Assédio” merece todas as honras e cada minuto de dedicação do telespectador. Mas já aviso: tem que ter estômago para algumas cenas que nos levam do nojo à revolta, à indignação, chegando ao sentimento de humilhação alheia, para finalmente nos solidarizarmos (todos) totalmente com as vítimas. O estupro, o abuso sexual, o assédio são inaceitáveis e revoltantes. A minissérie polêmica pega pesado entre a ficção e realidade, para mostrar o sofrimento e a luta das vítimas para ver o monstro assediador preso. Estou falando do ex-doutor Roger Abdelmassih, condenado a mais de cem anos de prisão por estuprar 39 mulheres. Abdelmassih atualmente está numa situação bem confortável cumprindo prisão domiciliar ao lado da família num condomínio de luxo em São Paulo. Até hoje Roger só cumpriu três anos em regime fechado. “Assédio”, assinada por Maria Camargo, traz em dez episódios a adaptação do livro “A Clínica: a Farsa e os Crimes de Roger Abdelmassih”, de autoria de Vicente Viladarga. Antonio Calloni está perfeito no papel do ex-médico. A minissérie está disponível na plataforma de streaming Globo Play para assinantes. 

American Crime Story Versace

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Olha Ryan Murphy aqui de novo. A primeira temporada de “American Crime Story” trouxe a saga do julgamento de OJ Simpson e foi impecável, premiadíssima e está entre as melhores produções dos últimos tempos. A segunda temporada não decepcionou, e foi tão premiada quanto sua antecessora. A visão genial de Ryan Murphy apresentou uma versão sensível e requintada, centrada no assassinato do designer italiano Gianni Versace, que aconteceu no ano de 1997. A antologia mostra principalmente a repercussão que o crime alcançou e a condução das investigações. O encantador Versace foi divinamente interpretado pelo ator Edgar Ramirez (“A Garota do Trem”). Já seu frio e louco assassino, o serial killer Andrew Cunanan, foi vivido pelo ator Darren Criss (“Glee”), que ganhou todos os prêmios a que foi indicado. Em “The Assassination of Gianni Versace: American Crime Story” o segundo grande destaque é Penélope Cruz em seu primeiro trabalho para a TV, interpretando Donatella Versace, irmã de Gianni, além de Ricky Martin, que causou com sua participação e recebeu elogios da crítica e público. A série entra no catálogo da Netflix em breve.

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Por Silvaninha Medeiros  –  silvaninhamedeiros@live.com

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