(Fotos: Divulgação)
Das séries do gênero musical para mim “Smash” é a melhor. Até hoje não entendi porque não decolou e ficou perdida na segunda temporada. Na série os bastidores de uma produção da Broadway são mostrados de uma maneira bem visceral, aproximando o telespectador de cada personagem com muita intensidade. São 32 episódios que passam num piscar de olhos, tamanho o envolvimento que surge a partir do piloto, dirigido por Michael Mayer e com Steven Spielberg como produtor executivo. Aliás, a primeira temporada é produzida por Steven Spielberg. Criada por Theresa Rebeck, “Smash” apresenta em primeira mão o grande talento de Katharine McPhee (“American Idol”/ “Scorpion”), além da diva Anjelica Huston, Debra Messing (“Will & Gracie”) e Uma Thurman, numa deliciosa participação especial na primeira temporada. Além de Uma, você vai ver outras participações como Nick Jonas e Sean Hayes, colega de elenco de Debra Messing em “Will & Gracie”.
Elis - Viver é melhor que sonhar
Sendo apresentado num primeiro momento como mais um filme que vira minissérie, “Elis - viver é Melhor que sonhar” não decepciona em seus quatro episódios, emociona fãs e aqueles que não viveram a época da “Pimentinha”, como Elis era chamada. Com novas cenas e material documental inéditos introduzidos três anos depois, quem viu o filme em 2016, pode assistir sem medo, pois Guel Arraes e George Moura exigiram um produto diferente para o formato. A entrada de Rita Lee, interpretada por Mel Lisboa, é um dos pontos marcantes das novas cenas. Mel Lisboa enfrentou o grande desafio de viver Rita no musical “Rita Lee mora ao lado” e agora mostra seu desempenho como a rainha do rock brasileiro na TV. Como Elis, Andreia Horta está perfeita em sua performance e vale seu tempo com louvor. Nem preciso citar a riqueza musical histórica. “Elis - Viver é melhor que sonhar” está disponível na plataforma Globoplay para assinantes.
Vinyl
Criada por Martin Scorsese e Mick Jagger, é uma dica perfeita não só para quem ama rock, mas para quem ama música. Quando foi anunciada pela HBO, esperava-se que seria uma das grandes apostas de sucesso do canal, mas surpreedentemente não foi a lugar nenhum e ficou apenas com uma temporada. Com um contexto histórico fantástico, dentro da Nova York dos anos 70, temos um universo com uma trilha sonora diversificada e abrangente, que é praticamente impossível não empolgar. Talvez por sair completamente da mesmice da maioria das produções, não tenha vingado e a audiência não tenha sido satisfatória. Bobby Cannavale me agrada desde os tempos de “Third Watch” e não decepciona como o protagonista Richie Finestra. Ray Romano vai muito além da ótima “Everybody Loves Haymond” e vale também a oportunidade de ver James Jagger, filho de Mick Jagger, atuando na série como Kip Stevens, líder da banda de punk rock The Nasty Bits.
Chiquinha Gonzaga
Embora a minissérie tenha 38o episódios (quase em formato de novela), não poderia deixar de indicar “Chiquinha Gonzaga”, pois em todos os carnavais ela é lembrada e sua clássica marcha-rancho - a primeira marchinha de Carnaval da história - é executada em todos os blocos, bandas e bailes de Carnaval desde sempre. Mas Chiquinha Gonzaga (1847-1935) não é apenas “Ô Abre Alas”, composta em 1899 (está completando 120 carnavais). A compositora e maestrina foi uma das mulheres mais libertárias da história e pagou um alto preço por isso. À frente de seu tempo jamais aceitou ser esmagada pelo machismo e preconceito por ser mulher. As protagonistas Gabriela Duarte e sua mãe Regina Duarte dão conta do recado, mas chamo a atenção para a belíssima participação de Daniele Winits como a rival amorosa de Chiquinha. De tempos em tempos revejo “Chiquinha Gozaga”. Baseada no livro de Dalva Lazaroni de Moraes "Chiquinha Gonzaga: Sofri e Chorei. Tive Muito Amor”, o roteiro foi assinado por Lauro César Muniz e Marcílio Moraes.
Dalva e Herivelto: Uma canção de amor
Mais uma brasileira na lista. Em tempos de memes e máscara de Fábio Assumpção, incentivando o desrespeito e discriminação com as pessoas, não apenas com o ator, o nosso papo em relação a ele exalta um de seus trabalhos mais sensíveis. Ele é a grande estrela da microssérie que traz um resumo da trajetória do casal mais polêmico e apaixonante da história da música popular brasileira: Dalva de Oliveira e Herivelto Martins. Entre as fontes de pesquisa de Maria Adelaide Amaral, está o livro “Minhas Duas Estrelas”, escrito pelo filho do casal, o cantor Pery Ribeiro (que morreu em 2012). Adriana Esteves não me convenceu como Dalva. Sou fã da cantora e em 2003 fiz uma grande pesquisa sobre sua vida, além de ter produzido uma radionovela sobre a eterna rainha do rádio. Mas sua interpretação docinha da ácida e áspera Dalva não compromete e não tira o encanto de voltar no tempo e se emocionar com a trajetória de amor e música de “Dalva & Herivelto” em cinco episódios repletos de nostalgia.
Roadies
Com nomes de peso em sua produção, foi criada por Cameron Crowe e teve produção executiva de J.J. Abrams. Mesmo com essa dupla de grande sucesso no cinema principalmente, infelizmente não pegou. Com uma temporada de dez episódios, a dramédia estreou num clima de grande expectativa com sua história sobre os bastidores da fictícia banda de rock The Staton-House. Mas o foco é bem diferente do que os desavisados esperam. “Roadies”, como o próprio título define, são aqueles profissionais que fazem tudo acontecer nos bastidores para que os shows aconteçam. Não são os protagonistas, mas sem eles a roda não gira. A série não foi exibida no Brasil, mas você encontra na internet. Protagonizada por Luke Wilson e Carla Gugino, é uma distração e tanto.
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