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La Casa de Papel

Um jeito diferente de apresentar clichês

Ação, suspense entre mocinhos e bandidos, drama, paixão e sexo são os ingredientes de sucesso da série de língua não-inglesa mais assistida da Netflix

Colunistas  –  03/12/2019 19:42

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(Foto: Divulgação)

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Terceira parte de “La Casa de Papel” não é ruim, mas...

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E vamos enfim falar de “La Casa de Papel”. Recebi alguns e-mails pedindo que destacasse a série espanhola aqui na coluna, desde a estreia. Mas decidi esperar a terceira parte. Já começo afirmando categoricamente que a terceira parte ou temporada deixou a desejar. Não há como querer menos do que tivemos, pois as duas primeiras foram eletrizantes, colocando as produções seriadas espanholas em alta. Exibida pela primeira vez em 2017 em canal aberto de TV na Espanha, a produção teve audiência discreta. O sucesso veio quando entrou para o catálogo da Netflix, em dezembro do mesmo ano. “La Casa de Papel” foi idealizada como minissérie, mas a plataforma mudou o formato e optou por nomear as divisões por partes e não temporadas. Eu diria que a terceira parte de “La Casa de Papel” não é ruim, mas... Fiquei na expectativa de algo mais em cada episódio. Não é fácil manter o ritmo, qualidade de roteiro e direção numa continuação. 

Na segunda parte tivemos um final com a perspectiva de uma possível sequência da história dos bandidos mais queridos dos últimos tempos, que assaltam a Casa da Moeda da Espanha. Apelidados com nomes de cidades do mundo, o grupo mais parecia ser formado por mocinhos injustiçados e sofredores. Eu mesma me peguei torcendo pelo Professor e seu bando. Sei que assim como eu, a maioria do público vibrou com o rumo que todos tomaram no último episódio. Qual a teoria deste fenômeno de inversão de valores? De torcer para o politicamente incorreto se dar bem? Aí fica por conta de cada um pesquisar sobre. Mas eu diria que o próprio sistema capitalista levou a esse questionamento de conceitos. Outro exemplo é “Breaking Bad”.

O que dizer sobre a primeira e segunda partes?

Não há inovação na história, mas sim um jeito diferente de apresentar clichês com elenco, roteiro, argumento e fotografia, muito bem alinhados, mesmo sem muitos recursos e grandes cenários. “La Casa de Papel” chegou e surpreendeu também por ter sido realizada com um orçamento total que não chegou perto ao que se gasta, em média, na produção de um episódio de uma grande série nos Estados Unidos. Tudo isso fez os primeiros 22 episódios virarem febre em vários países. Até aqui são minhas partes preferidas, afinal em janeiro de 2020 estreia a quarta, e a quinta já está em produção.

A terceira parte foi lançada mundialmente em 19 de julho. Nesta etapa temos uma nova visão da série no aspecto de produção. O orçamento de cada episódio foi liberado pela Netflix, que assumiu a série e não mediu gastos. Desta vez os cenários se ampliaram por países como Itália, Tailândia, Caribe e Panamá. Mas ainda assim não acompanhou o sucesso anterior. Repito que não é ruim, mas... Os criadores Álex Pina e Javier Gómez Santander reconheceram em entrevista que houve uma “viagem” na nova etapa, devido ao impacto de produzir para a Netflix.  Mas prometem voltar ao prumo na quarta parte, que segundo eles será intensa e vai surpreender.

Atuações acima do tom

Entre atuações em sua maioria acima do tom, Berlim (Pedro Alonso) e Nairobi (Alba Flores) são meus personagens preferidos. Ambos são responsáveis pelas melhores cenas da terceira parte. Pedro Alonso é um ator que deixa bem claro que sabe o que está fazendo. Antes que me esqueça: Neymar em cena, ninguém merece. O jogador aparece nos episódios seis e oito.

Se você ainda não assistiu e gosta de ação, suspense entre mocinhos e bandidos, drama, paixão e sexo, acesse a Netflix e faça uma maratona da série de língua não-inglesa mais assistida da Netflix. A terceira parte tem oito episódios. No Clique & Confira você tem várias curiosidades sobre a série.

Até a próxima!

> Clique & Confira 

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Por Silvaninha Medeiros  –  silvaninhamedeiros@live.com

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