Janeiro - Tragédia em Brumadinho
(Foto: Wilton Junior - Estadão)
O início do ano foi marcado por uma tragédia ambiental sem precedentes. O rompimento da barragem da Vale em Brumadinho deixou 252 mortos e 13 pessoas continuam desaparecidas. Cerca de 14 milhões de toneladas de rejeitos de minério de ferro varreram 8 quilômetros poluindo rios e matando a fauna e flora em Minas Gerais. A foto do repórter fotográfico Wilton Junior mostra o trabalho dos bombeiros em meio à lama e destroços.
Fevereiro - Chuva causa morte e destruição no Rio
(Foto: Mauro Pimentel - AFP/Agence France-Presse)
O que já era previsto ocorreu em fevereiro deste ano no Rio. Um forte temporal atingiu a cidade e deixou mortos e muita destruição em diferentes pontos da capital e região metropolitana. Vale ressaltar que na gestão do atual prefeito Marcelo Crivella (PRB) verbas para controle de enchentes foram reduzidas em quase 80%. O registro feito pelo fotógrafo Mauro Pimentel mostra uma moradora limpando um amontoado de lixo na Zona Sul da cidade.
Março - Mangueira Campeã
(Foto: Rodrigo Gorosito - G1)
Com um desfile politizado, a Mangueira foi a grande campeã do Carnaval 2019 no Rio. Negros, índios e a vereadora assassinada Marielle Franco (PSOL) compõem o samba-enredo “Histórias Para Ninar Gente Grande”. A Mangueira cantou e encantou com personagens que os livros de história não contam. A luta por igualdade foi o pilar central da escola levando o samba de Leandro Vieira para além as Sapucaí. “Brasil, chegou a vez. De ouvir as Marias, Mahins, Marielles, malês”.
Abril - Fogo destrói parte da Notre-Dame em Paris
(Foto: Michel Euler)
Em 15 de abril, o mundo via um dos maiores tesouros artísticos e religiosos arder em chamas no coração de Paris. A Catedral de Notre-Dame começou a ser construída em 1163 e hoje é considerada uma joia preciosa da arquitetura e da história antiga. O telhado da Catedral está entre as partes mais destruídas pelo fogo. No clique do fotojornalista Michel Euler é possível ver o cair da noite contrastando com o vermelho das chamas na parte superior da Catedral.
Maio - Estudantes protestam contra os cortes na Educação
(Foto: Nana Moraes)
O mês de maio foi marcado por mobilizações contra os cortes na Educação anunciado pelo governo Bolsonaro. Estudantes, professores e profissionais ligados à Educação ocuparam ruas e avenidas em cerca de 200 cidades em todas as regiões do Brasil. Considerada como uma das grandes manifestações contra o governo Bolsonaro, a data (15 M) foi uma resposta ao desmonte de políticas públicas do atual governo. No mesmo mês, houve mais dois protestos contra os cortes no MEC e declarações absurdas do presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Educação, Abraham Weintraub. Balbúrdia é não valorizar a educação! Nana Moraes fotografa um cartaz com a frase “Educação é um ato de amor” no centro do Rio.
Junho - Crise migratória na fronteira dos EUA e México
(Foto: Julia Le Duc - Associated Press)
A fotografia que percorreu o mundo ilustra mais um capítulo da crise migratória na fronteira americana. A jornalista Julia Le Duc captou nas margens do Rio Grande na fronteira dos Estados Unidos com o México uma foto que virou símbolo da crise migratória. Na imagem, pai e filha de El Salvador estão mortos e abraçados na divisa entre os dois países. Ao mesmo tempo em que muitos imigrantes se arriscam a entrarem nos EUA de forma ilegal, as políticas anti-imigração de Donald Trump se intensificam a cada mês.
Julho - Ato pela liberdade de imprensa lota ABI no Rio
(Foto: Ana Carolina Fernandes - Fotojornalista)
Um ato histórico em solidariedade ao jornalista Glenn Greenwald foi realizado em julho. O americano é um dos fundadores do site The Intercept e ganhador do Prêmio Pulitzer em 2014. A partir de julho, o site The Intercept Brasil vem publicando matérias com vazamentos que envolvem o atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, e procuradores da Operação Lava Jato. O ato reuniu centenas de pessoas dentro e fora da ABI (Associação Brasileira de Imprensa) no centro do Rio a favor do livre exercício da profissão de jornalista e o direito ao sigilo da fonte. Na foto de Ana Carolina Fernandes é possível ver uma multidão do lado de fora da ABI em apoio ao jornalista Glenn Greenwald.
Agosto - Queimada consome parte da Amazônia
(Foto: Ueslei Marcelino)
As questões ambientais foram muito discutidas ao longo de todo este ano. Em agosto, as queimadas na Amazônia foram intensificadas e ligou um alerta para a importância das políticas de combate ao desmatamento e o fomento para atitudes que realmente beneficiem o meio ambiente e a Amazônia. O protecionismo ambiental no governo Bolsonaro sempre está em segundo plano. Como consequência, o país ganhou o Prêmio de Fóssil do ano na COP 25.
Setembro - Censura na Bienal do Rio
(Foto: Edgard Garrido - Reuters)
Com mais um retrocesso em sua gestão, o prefeito do Rio Marcelo Crivella se envolveu em mais um polêmica em 2019. Durante a Bienal do Livro, o bispo prefeito proibiu (censura homofóbica) a comercialização de um HQ (História em Quadrinhos), no qual dois heróis se beijavam na capa. Houve reação do público e a Justiça vetou a censura do prefeito. Homofóbicos não passarão!
Outubro - A foto do ano
(Foto: Gabriela Biló - O Estado de São Paulo - Fotojornalista)
Considerada por muitos como a fotografia do ano, a fotojornalista Gabriela Biló conseguiu uma foto bem simbólica que resume a relação entre o ministro da Justiça e o presidente Bolsonaro. Replicada em diferentes veículos, realmente dessa vez uma imagem fala mais do que mil palavras.
Novembro - Protestos tomam as ruas do Chile
(Foto: Susana Hidalgo - BBC)
Os protestos em diferentes países da América do Sul marcaram o segundo semestre do ano. No Chile, com início em outubro, as manifestações seguiram por semanas ininterruptas e renderam diversos cliques jornalísticos em diferentes cidades do país. Mas sem dúvida nenhuma a fotografia que resume a revolta popular contra o modelo neoliberal de Sebastián Piñera é da fotógrafa Susana Hidalgo. Mais uma foto viral que marca a ebulição social na América do Sul.
Dezembro - Greta Thunberg: a pirralha na capa da “Time”
Em mais um comentário infeliz, o presidente Jair Bolsonaro chamou a ativista ambiental Greta Thunberg de pirralha. O comentário foi feito após Bolsonaro ser questionado sobre a morte de dois indígenas da etnia Guajajara. Um dia depois da declaração de Bolsonaro, Greta foi eleita pela revista “Time” como “Pessoa do Ano”. Greta Thunberg é a personalidade mais nova a ser indicada ao prêmio.