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Literatura & Cia.

Jean Carlos Gomes

poearteditora@gmail.com

Efemeridade

Poetas Inesquecíveis: Wanderley Francisconi Mendes

Objetivo é homenagear escritores que não estão mais entre nós, mas ficaram eternizados por meio de suas obras

Colunistas  –  16/04/2020 20:36

 
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(Fotos: Divulgação)

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O poeta Wanderley

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O terceiro homenageado na série “Poetas Inesquecíveis” é Wanderley Francisconi Mendes. Destaco aqui os poetas cujas obras ficaram eternizadas nas reminiscências de nossas memórias (para quem os conheceram como cidadãos e escritores) ou na memória de quem ainda se deleitará com seus poemas.

Wanderley Francisconi Mendes foi médico, poeta e escritor. Nasceu em Cabo Frio (RJ) no dia 8 de outubro de 1937 e morreu no fim de março, aos 82 anos. Permaneceu em sua terra natal apenas um ano. Seu pai, pequeno comerciante, passou a residir sucessivamente em vários municípios fluminenses até radicar-se em Volta Redonda. Cursou o primário no Grupo Escolar Estadual Trajano de Medeiros. O ginasial e os dois primeiros anos do científico, no Colégio Macedo Soares, em Volta Redonda. Concluiu os estudos secundários em Barra Mansa, no Colégio Verbo Divino. No Macedo Soares, participou da fundação do Grêmio Literário. Publicou pequenas crônicas no jornal da agremiação. Em 1957, foi para Niterói (RJ). Matriculou-se no Curso Pasteur, a fim de se preparar para o vestibular de Medicina. Aprovado na Faculdade Fluminense de Medicina (Niterói) e na Faculdade de Ciências Médicas (na cidade do Rio de Janeiro), optou pela última. Já no curso médico, em junho de 1958, prestou prova de Português e Conhecimentos Gerais para o cargo de revisor do “Jornal do Brasil”. Aprovado, lá trabalhou até 1963, quando concluiu o curso de Medicina. Teve extensa atividade na área médica até aposenta-se e prolifero também na literatura.

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Capa do livro "Canção de Volta Redonda", de 1997

É Cidadão Honorário do município fluminense de Maricá. Foi agraciado com as medalhas José Cândido de Carvalho, Tiradentes e Jubileu de Ouro da Academia Niteroiense de Letras. Além de pertencer à ANL, integra os quadros da Academia de Letras e Artes de Senhor do Bonfim (BA), Academia Fluminense de Letras, Associação Niteroiense de Escritores e Academia de Letras Rio-Cidade Maravilhosa. Tem poemas publicados nos jornais niteroienses “O Fluminense” e “A Tribuna” e nas revistas “Poesia Sempre” (editada pela Biblioteca Nacional) e “Poesia Para Todos”. Livros publicados, todos de poesia: “Viagem” (com Paulo Batista Machado - 1979), “Livro de Maria” (1983), “Domingo, em meu quarto” (1987), “Depois do paraíso” (1993), “Canção de Volta Redonda” (1997), que mereceu destaque no “Jornal de Letras da Academia Brasileira de Letras” em julho de 1999, e “Antologia & novos poemas” (2005). Antologias das quais participou: “Poetas do Brasil” (1977 - organizada por Aparício Fernandes), “Água escondida” (1994 - organizada por Neide Barros Rêgo), “Vozes na paisagem - Antologia de poetas brasileiros contemporâneos” (2005 - organizada por Waldir Ribeiro do Val) e “Toada em sol maior” em 2011. Recebeu a atenção e a crítica de outros escritores consagrados, tais como: Edmilson Caminha, José Jeronymo Rivera, Anderson Braga Horta, Fernando Py, Carlos Drummond de Andrade, entre outros.

Homenagens

“Poeta de expressão simples mas de profunda emoção lírica, Mendes constrói seu livro com poemas sobre uma delicada percepção do cotidiano, atento não são só às mágoas como às alegrias e prazeres da vida de todos nós”. (Fernando Py - 1935, poeta e crítico literário)

“Pela simplicidade da linha e pela delicadeza da emoção, fiquei encantado com seus versos”. (Carlos Drummond de Andrade, 1902-1987, poeta)

“O tom oscila entre a gravidade de considerações sobre o tempo, que inexorável, à medida que passa, tudo vai transformando, e a leveza lírica de belos versos de amor... no qual ouvimos e vemos um Wanderley modinheiro e seresteiro”. (Ao livro “Toada em sol maior”, Anderson Braga Horta - 1934, poeta e crítico literário)

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Poema “Canção de Volta Redonda” 

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Por Jean Carlos Gomes  –  poearteditora@gmail.com

1 Comentário

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  • Brunno Mendes

    No sábado ao passear em um sebo de Niterói, acabei comprando um livro que pertenceu a ele.