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O Doutorado do Trabalho Subalterno Fora do País (Temporada 1 - Episódio 1)

Sem salto e sem documento

A via crucis por uma vocação; travestis, prostituição e o tráfico de pessoas na Itália, nos anos 90

Colunistas  –  25/10/2021 19:23

 

Nos anos 90, na maioria das grandes cidades italianas, se acentuou, principalmente em Milão, o mercado da prostituição nas ruas, principalmente de travestis brasileiras. Algumas vinham movidas pelo seu primeiro sonho que era o peito e a possibilidade de uma vida melhor. Disputavam as calçadas dos melhores pontos da cidade, amparadas por um “cafetão” que supostamente havia contato com as autoridades locais e as protegia das investidas policiais. Muitas das vezes, esses pontos eram controlados pelas próprias travestis, principalmente as peruanas, que eram “documentadas”. Esse era um mercado que tinha uma linha direta com o tráfico de pessoas, para alimentar esse universo fazedor de milionários. Foi esse cenário que encontrei, ao sair do meu país pela primeira vez. 

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Por Rita Procópio  –  ritafprocopio@hotmail.com

2 Comentários

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  • Rita Procópio

    @Dal Rosa. É verdade. Só quem imigrou nessa situação sabe como é dura a vida fora. Não é todo mundo que aguenta, não. Mas esse material vai servir de apoio pra quem pensa em sair do Brasil para enfrentar a vida por aqui. Vou mostrar a realidade da maioria (tem realidades diferentes, claro). Num dado momento, mais pra atualidade, minha experiência pra conseguir documento vai servir de base pra quem precisa e não sabe por onde começar. Acho que vai ficar um material de verdades e interessante também. Será um prazer se você puder acompanhar. Abração

  • Dal Rosa

    As pessoas acham quem ia, tinha uma vida de rico. Mal sabem o quão trabalham para ganhar mais que no Brasil. Mas voltavam com mais garra. Admiro quem encarava essa empreitada.