(Foto Ilustrativa)
O caminhão chegou ao destino e estacionou; a família inteira, ansiosa, aproximou-se e deu um grito
Sandro foi promovido a gerente de uma filial da empresa em Santa Catarina. Sua esposa, Carmem, providenciou a mudança. Fez vários telefonemas até que conseguiu falar com um senhor muito educado que garantiu um trabalho de responsabilidade. Responsabilidade, enfatizou.
- Embalaremos os móveis e só abriremos ao chegar à sua nova residência.
No dia da mudança, Leandro, o filho mais novo de Carmem, pegou o violão.
- Levarei eu mesmo no carro.
- Pode confiar em nós! - exclamou, quase zangado, o motorista do caminhão de mudança.
- Não sei, não gosto que ninguém mexa em meu violão. É novo... Presente de aniversário.
- É verdade, ele não empresta nem ao irmão - interveio a mãe.
- Pode ficar tranquilo, rapaz. Seu violão está seguro conosco - disse o gordo de camisa amarela.
- Eles são responsáveis - afirmou a mãe.
Depois que colocaram tudo no caminhão, o pai, a mãe e os dois filhos entraram no carro e começaram a viagem. Chegaram à casa nova quase uma hora antes que o caminhão da mudança e ficaram esperando.
Por fim, o caminhão chegou e estacionou. A família inteira, ansiosa, aproximou-se. O motorista abriu as portas de trás, de par em par, e a família deu um grito: o funcionário de camisa amarela estava sentado prazerosamente no sofá, tocando no violão uma música caipira.
- Isso é responsabilidade??? - perguntou Carmem.
O homem de camisa amarela com um sorriso sapeca no rosto murmurou:
- A senhora me pegou de surpresa.