(Foto: Divulgação)
Mais uma vez: Oitavo show do Naldo será
em 7 de outubro, no Porão, em Volta Redonda
O cara deve ter comprado um barraquinho aqui na região. Barraquinho, não?! Com a quantidade de shows que ele faz no Sul Fluminense já deve dar para pelo menos uma cobertura. Mas, antes de focar o Naldo, vamos falar da polêmica envolvendo a coluna da semana passada. Pois é, o site OLHO VIVO entrou no ar outro dia e já está causando geral. O vídeo em que eu detono a programação de shows do Studio 54, em Volta Redonda, bombou como nos velhos tempos em que eu trabalhava naquele antigo jornal. E despertou a ira do pessoal lá da casa noturna. Como assim? Por acaso, eu sou obrigado a gostar de funk e pagode? Essas porcarias infestam o Studio, sim. E eu tenho o dever de me expressar contra. Esculhambei e esculhambo. Assim como eles têm o direito de amar funk, eu tenho o de detestar. Porque vivemos numa cidade onde a liberdade de expressão é respeitada. Ou não?
Mas o tal Renato Moreno, que assinou as postagens no YouTube, parece que não sabe conviver muito bem com a diversidade. Deve estar acostumado com aquelas pessoas que só sabem elogiar o que ele faz. Daí esquentou as ideias por causa do vídeo. Ele pode não gostar do que eu falei, mas não é nada democrático postar comentários em tom de ameaça. O homem é tão sem noção que disse que vai publicar uma matéria no YouTube, contando por que eu fui demitido daquele antigo jornal. Segundo ele, por incompetência minha. Ora, meu querido, que história mais antiga. Todo mundo sabe o motivo da minha demissão. E Moreno foi mais longe. Sem argumentos, apelou para a baixaria. Ameaçou divulgar qual a minha opção sexual e quantos processos eu tenho. Como se isso fosse me ofender. Só não entendi o que uma coisa tem a ver com a outra. Vai vendo aí, como esse povo age por impulso e acaba fazendo caquinha.
Repetição exaustiva
...Vamos falar do Naldo? Não tenho nada contra o rapaz, até acho que ele é uma das poucas coisas legais que vieram do funk. Tudo bem que as letras das suas músicas são meio apelativas e bobocas. Mas ele flerta com o pop e passa longe daquelas porcarias da praga musical que domina a região. O problema, como tudo na vida, é o excesso. Eu contei pelo menos sete shows (isso mesmo, sete!) do Naldo aqui no Sul Fluminense este ano. E o oitavo será em 7 de outubro, no Porão, mais uma vez. É isso o que eu critico, a repetição exaustiva, a exploração de uma coisa até a última gota. Não dá.
A maratona de shows do cara começou em 4 de fevereiro, quando ele se apresentou em Barra do Piraí. No mês seguinte, no dia 31, já estava na PET (Praça de Esportes Tabajaras) do Clube dos Funcionários, em Volta Redonda. Entrou abril e quem fez show na cidade? Ele mesmo, dessa vez, na Pullse, no dia 22. Só em junho Naldo se apresentou duas vezes na região: no dia 2, na Appaloosa, em Quatis, e no dia 12, no Porão. Entrou setembro e ele voltou à Appaloosa, no dia 16. Agora, no dia 27, será a atração na Exapicor. E pode ter certeza de que até o fim do ano Naldo ainda deve fazer mais shows por aqui. É o que eu digo sempre: Não custa nada diversificar um pouco. Por favor.
Afinal, quem é Naldo?
O cantor e compositor é carioca e chegou a fazer algum sucesso junto com o irmão (que morreu em um acidente de carro), com quem formava a dupla Naldo & Lula. São daquela época “Me chama que eu vou”, “Tá surdo” e “Rebola”. Mas a carreira do Naldo deslanchou mesmo como cantor solo. Ele fez uma aposta certeira numa mistura de ritmos como o pop, funk, hip hop e o romântico. Tudo temperado com coreografias nos shows, ao lado de oito dançarinos.
O repertório inclui “Eu venci”, com participação de Xande de Pilares; “Eu quero você”, dueto com Buchecha (que horror); “Minha Cinderela”; e “Outra vez”. Tem também os hits “Chantilly” e “Exagerado”. Ainda fazem parte do show: “Na veia”, “Tô apaixonado” e as chicletes “Meu corpo quer você” e “Amor de chocolate”. É dançante, é bacaninha. Mas chega, né.
Não se esqueça de que a coluna também está disponível em vídeo, é só clicar. Até a próxima. Tchauzinho!