(Foto Ilustrativa/Na Vida e nas Vendas)
Se deixar para mais tarde, possível prejuízo
se transformará numa triste certeza
Não sou especialista em gestão do tempo. Essa seara pertence a outros consultores do MVC, capitaneados pelo nosso querido Costacurta. Mas entendo um pouco de planejamento e por isso resolvi escrever para alertar sobre um fato indiscutível: 2014 não vai ser um ano fácil para a área de vendas das organizações. Afirmo isso de maneira tão categórica porque:
a) O Carnaval só acontece nos primeiros dias de março;
b) A Copa do Mundo vai diminuir um mês nos nossos calendários;
c) Em outubro teremos eleições majoritárias.
Como sabemos, o brasileiro tem tendência a acreditar que o ano só começa depois do Carnaval. Em períodos comuns, já aprendemos a conviver com isso. Mas será que em um ano em que teremos um mês inteiro a menos podemos nos dar ao luxo de "cumprir a escrita" e só começar a pensar em trabalhar na quinta-feira, dia 6 de março?
Também temos a tendência de pensar que durante feriados prolongados sempre é possível aproveitar o tempo, treinando e desenvolvendo nossos colaboradores. Mas isso vai ser impossível de ser feito na Copa do Mundo porque:
a) As pessoas não vão ter cabeça para participar de treinamento (presencial ou à distância, tanto faz);
b) Os custos de transporte, alimentação e hospedagem vão estar proibitivos em todo o país;
c) Brasileiros são fanáticos por futebol e quem não estiver assistindo aos jogos provavelmente estará assistindo ao "trabalho" que os black blocs estarão dando para os organizadores da Copa.
Por último, nem sempre acreditamos que as eleições vão impactar os nossos negócios. Mas em 2014 teremos um quadro sucessório indefinido, pois o partido do governo se desgastou muito com o escândalo do mensalão e as oposições estão se articulando para realmente tentar impedir o ciclo petista iniciado 12 anos atrás.
Por isso, sugiro que você antecipe tudo o que tiver para fazer, pois se deixar para mais tarde, o possível prejuízo se transformará numa triste certeza.
> JB Vilhena, CEO do MVC, professor e coordenador da FGV, autor de oito livros