(Foto Ilustrativa)
Setor varejista apresentou resultados
satisfatórios, com crescimento de 8,4% em 2012
As vendas reais no varejo devem crescer de 8,5% a 10,6% até maio, de acordo com as projeções do IAV (Índice Antecedente de Vendas), estudo realizado mensalmente com os associados do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo). Já no conceito mesmas lojas, o IAV-IDV mostra uma recuperação no crescimento real de vendas, com taxas positivas entre 3,22% e 3,71% até maio. Contudo, mais uma vez fica evidenciado que a forte expansão das vendas é em função, principalmente, do crescimento da rede de lojas do varejo.
Essas projeções são uma contrapartida ao resultado negativo de fevereiro, quando houve queda de 1,1% no volume real de vendas, descontada a inflação e sempre em comparação com o respectivo período do ano passado. Além do número menor de dias, o resultado negativo de fevereiro foi afetado, em grande parte, pelo desempenho da categoria de bens não-duráveis, que teve contração de 3,5%. Da mesma forma, o indicador no conceito mesmas lojas apontou queda de 7,27%, em comparação com fevereiro de 2012. O varejo de bens não-duráveis prevê forte retomada, com alta de 14,1% neste mês, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Para abril e maio
Os associados também estimam taxas de dois dígitos, com crescimento de 15,4% e 12%, respectivamente. É importante lembrar que o desempenho dessa categoria tem o maior peso nas medições do IAV-IDV, bem como do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e contribui historicamente entre 40% e 50% de participação no índice da Pesquisa Mensal do Comércio calculado por esse órgão do governo.
O setor de bens semiduráveis (como vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos), por sua vez, foi o grupo com melhor performance em fevereiro, com crescimento de 1,7%, e também tem previsão de um bom desempenho a partir de março, com expansão partindo de 8,2% até 11% em maio.
O varejo de bens duráveis
Apesar do retorno gradual das alíquotas originais do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para a linha branca e móveis, até junho de 2013, o varejo de bens duráveis aponta taxas de crescimento expressivas, com 4,9% em março, 9,1% em abril e 5,6% em maio.
De acordo com o presidente do IDV, Flávio Rocha, mesmo com o fraco nível da atividade econômica brasileira e o cenário externo ainda bastante conturbado, o setor varejista apresentou resultados satisfatórios, com crescimento de 8,4% em 2012, apoiado na expansão do crédito, no mercado de trabalho e na expansão de renda.
- Embora com uma desaceleração no ritmo do crescimento das vendas do comércio varejista nos dois primeiros meses do ano é de se esperar que o melhor desempenho da economia brasileira projetado para 2013 deva continuar a estimular a atividade varejista - comenta Rocha.
Sobre o Índice Antecedente de Vendas
Criado em outubro de 2007, o IAV-IDV é um índice que consolida a evolução das vendas efetivamente realizadas pelos associados do IDV, com o intuito de projetar expectativas para os próximos meses e, assim, servir de base de informação para a tomada de decisão dos executivos do varejo.
Para se chegar aos números apresentados pelo IAV-IDV, as empresas associadas reportam seus próprios resultados e suas expectativas sobre vendas no futuro. Em seguida, essas respostas são ponderadas de acordo com o respectivo porte de cada empresa, para que se alcance indicadores como o volume de vendas e o faturamento nominal. Os dados extraídos pelo indicador têm permitido uma visualização mais ampla do comportamento do mercado para um período futuro de até três meses.
Instituto para Desenvolvimento do Varejo
O IDV representa 43 empresas varejistas de diferentes setores, como alimentos, eletrodomésticos, móveis, utilidades domésticas, produtos de higiene e limpeza, cosméticos, material de construção, medicamentos, vestuário e calçados. Atuante em todo o território nacional, o IDV tem como principal objetivo contribuir para o crescimento sustentável da economia brasileira, além do desenvolvimento do varejo ético e formal.