(Fotos: Divulgação)
Debate foi no Centro Histórico Cultural, localizado no campus Três Poços
O III Encontro UniFOA das Religiões de Matriz Africana aconteceu na quinta-feira, 31, no Centro Histórico Cultural, localizado no campus Três Poços, e reuniu alunos, professores, representantes da Defensoria Pública da União, Escritório da Cidadania, palestrantes e comunidades. O tema foi “Religando a cidadania” e contou com diálogo a respeito da história das religiões de matriz africana e como ela se insere no contexto da contemporaneidade.
O assunto sobre religiões está no cotidiano e, por falta de informação, as pessoas não conhecem e/ou não respeitam a escolha do outro. Para o pró-reitor de extensão, Otávio Mithidieri, a melhor forma de mudar a perspectiva e combater o preconceito é expondo as ideias de maneira clara.
- Acreditamos numa formação completa e humanística do nosso aluno, esse é o papel da universidade: colaborar com o aprimoramento pessoal. Para conscientizar a comunidade acadêmica, esse evento só veio para somar - declarou o pró-reitor de extensão.
O evento proporcionou o avanço da parceria entre a FOA/UniFOA e a Defensoria Pública.
- Hoje fechamos um acordo para que todo o conhecimento sobre a legalização das casas de religião de matriz africana possa ser acessadas no site da Defensoria Pública da União, em nível nacional e internacional - afirmou o defensor público federal, José Roberto Tambasco.
Regulamentação
Dario Aragão Neto, organizador do evento e responsável pelo Escritório da Cidadania do UniFOA, informou sobre a criação do plantão de tutelas coletivas, cuja finalidade é cuidar de grupos minoritários, associações religiosas e grupos de portadores de doenças graves. Ele afirmou que os alunos aprendem a criar e registrar estatutos, dando vida legal a esses locais. Por meio do Escritório da Cidadania, os alunos têm a oportunidade de vivenciar na prática determinados procedimentos jurídicos que precisam de muita atenção.
- Nesse encontro, tivemos o privilégio de ser o primeiro Núcleo de Prática Jurídica da região a entregar um estatuto pronto e já regularizado para uma instituição religiosa. Para o UniFOA, sediar o evento é importante para formar uma sociedade melhor, que possua conhecimento sobre essas temáticas - pontuou o professor Dario Aragão.
Jhennyfer Selvati, aluna do 9° período do curso de direito, participou de diversos eventos do UniFOA desse tipo, frisou que as palestras proporcionam um maior conhecimento sobre outras culturas evitando que os estudantes adquiram algum tipo de preconceito.
- A área do Direto precisa abordar assuntos como esse para que os estudantes tenham uma mente mais avançada, aprendendo que todos são iguais, independente de raça, cor ou religião.
A alimentação diferenciada
A pesquisadora Lourence Alves realizou uma oficina no laboratório do curso de nutrição. Lá ela propôs aos alunos três preparações - características da “cozinha de santo” - com insumos naturais e as maneiras como são produzidas.
- Quanto mais a gente conhece sobre esses assuntos, menos preconceito é gerado. Trazer essa realidade para os alunos mostra que precisamos lutar pelo valor dessa cultura.