(Fotos Ilustrativas)
Se a fantasia da lenda da cegonha, que em determinado momento ameniza a curiosidade infantil, for correlacionada com a futura realidade das explicações científicas certamente a magia que envolve a geração de um ser humano será preservada, independente de como essa história for originalmente contada
A partir do lindo conto de Hans Christian Andersen, a lenda da cegonha se popularizou desde o século XIX persistindo ludicamente até os dias atuais no imaginário infantil de muitas crianças no mundo.
Afinal, há séculos ela ajuda aos pais responderem às crianças a célebre pergunta:
- De onde surgem os bebês?
Possivelmente isso também foi facilitado porque, curiosamente, as cegonhas e os humanos possuem algumas semelhanças sutis e interessantes como a postura monogâmica, um caminhar esguio e até elegante, o extremado cuidado e carinho com a cria e a tentativa de construção de um “ninho” bastante duradouro, entre outras possíveis similaridades.
De fato, a identificação das futuras mamães e papais com a imagem dessa ave tão delicada, aliada à inocência das crianças, realmente facilita bastante à aceitação dos pequenos que a chegada de um bebê em um lar é resultado de um longo voo de uma cegonha.
Porém, nos dias atuais, possivelmente a curiosidade infantil será bem mais aguçada e com o passar do tempo, provavelmente, novas perguntas surgirão, como por exemplo:
- De onde a cegonha pegou esse neném?
O folclore nórdico, inclusive, já tentou responder essa indagação, acrescentando à lenda original ainda no século XIX, a informação que as cegonhas encontravam os bebês em pântanos dentro de cavernas e, caridosas, apenas os traziam de volta para a cidade. Deste modo, caso alguém desejasse receber uma dessas crianças em sua casa bastava anunciar, colocando doces na janela.
O problema é que novamente depois de um tempo uma nova pergunta provavelmente também deve ter surgido nas férteis mentes infantis:
- Quem levou os bebês para as cavernas pantanosas?
E assim, percebe-se que sucessivamente novas perguntas das crianças sempre surgirão e muitas delas com pouquíssimas possibilidades de receberem de seus pais respostas coerentes.
Isso possivelmente acontecerá, pelo menos até que os hormônios da adolescência estimulem mais fortemente a curiosidade, e certos detalhes deste voo sejam desvendados e, assim, finalmente algumas indagações, em geral, sejam corretamente respondidas pela ciência.
Infelizmente nesse momento, a lenda da cegonha perderá sua importância e, caso não tenha sido atualizada aos novos tempos, será considerada apenas uma grande “mentirinha” contada pelos pais e assim, consequentemente desvalorizada e até esquecida.
O que é uma pena.
Por outro lado, é importante ressaltar que muitas dúvidas de como as crianças surgem em nossas vidas ainda persistirão povoando as férteis mentes dos futuros adolescentes que fervilharão por causa da explosão hormonal típica da puberdade.
E não é insensato afirmar que muitas destas dúvidas ainda poderão acompanhá-las por muito tempo na vida adulta. O que também é uma pena.
Ou seja, a inocência infantil será substituída pela realidade imposta pela entrada na adolescência, porém nem sempre todas as indagações sobre esse tema serão respondidas durante esta passagem para a vida adulta.
Contudo...
É plenamente possível que os pais consigam fazer com que a fantasia e a realidade científica se integrem em um mesmo relato e se complementem com o passar do tempo.
Esta, inclusive, é a proposta do pequeno livro “Diário de voo da cegonha: da formação até a chegada do bebê”. Nele, esse voo foi reescrito incluindo uma maior precisão nas informações científicas para o público adolescente, desde a formação até o efetivo nascimento de um bebê.
Inclusive, orientando como responder, enfim, as crescentes indagações infantis que normalmente vão ficando sem resposta pelo caminho até a puberdade.
Afinal, saber como esse processo realmente acontece e dirimir as muitas dúvidas sobre essa temática é algo importantíssimo, em especial, na adolescência, quando os níveis hormonais alçam voos quase incontroláveis.
Por outro lado, se a fantasia da lenda da cegonha, que em determinado momento ameniza a curiosidade infantil, for correlacionada com a futura realidade das explicações científicas certamente a magia que envolve a geração de um ser humano será preservada, independente de como essa história for originalmente contada.
Isto, por si só, recomenda e justifica a leitura atenta desta obra e do seu compartilhamento.
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