(Fotos: Divulgação)
Em breve: Neném Jhonny convidou Petriz (foto) para tocar na banda dele, a Groove Rio
João Petriz, 19, é a nova aposta dos bares & luares de Volta Redonda para tornar o ambiente mais agradável. Com forte influência do samba rock, também passeia pela MPB e toca sucessos do pop rock nacional. O violão é seu companheiro desde os 10 anos. Os barzinhos começaram a abrir as portas para Petriz ano passado, e agora os convites se intensificaram.
Confira a entrevista com João Petriz
Você foi influenciado por quem? Teve aulas de violão ou é autodidata? Acha importante estudar música? Além do violão, gostaria de tocar outro instrumento?
Com 10 anos ganhei um violão dos meus pais, e entrou assim como terapia ocupacional. Mas logo eu já fui criando uma intimidade com as cordas e isso foi fluindo. Mas Depois fiz umas aulas, para aperfeiçoar. Com 13 anos eu estava bem íntimo dos acordes. E descobri o canto, com influência de minha avó que, já cantou em rádios em Juiz de Fora (MG). Gosto de tocar guitarra e percussão também.
Cite alguns barzinhos onde já se apresentou. Como está sendo essa experiência? E como tem sido a receptividade do público ao seu trabalho?
Comecei com esse lance, essa vibe de barzinhos, quando saía com meus pais, e sempre tinha um som em algum restaurante ou festas de amigos. Até que um dia fui sair com meus pais, no aniversário da minha mãe, e foi no Belo Chopp, e o Neném Jhonny estava tocando por lá. Isso foi em setembro de 2008, e ele me deu uma oportunidade de "canja". Eu tinha 14 anos e rolou, toquei duas canções do Nando Reis. Foi bacana e hoje o Neném é meu amigo, me convidou para tocar na banda dele, Groove Rio, e aceitei. Em breve vão rolar os ensaios. Mas Tenho tocado no Bendito Boteco, Bello Chopp e a galera tem curtido bastante, pela minha jovialidade e meu repertório vasto.
"Nem todos têm paciência para procurar vídeos em sites, e o bar
e as casas de show são uma grande escola, querendo ou não"
Qual o seu repertório base nos bares onde se apresenta? Cite algumas canções que são muito bem recebidas pelo público. Quantas músicas em média você faz por noite? Aceita pedidos do público ou seu repertório vai fechadinho?
Toco muito Barão Vermelho, Nando Reis, alguns baiões e swings, é bem diversificado. Música com aceitação tem bastante, eu procuro sempre colocar músicas conhecidas. Porém, é bom colocar algo diferente e novo. O percussionista que me acompanha me ajuda bastante com dicas, tanto nas melodias quanto no repertório. Meu Repertório é de quatro horas e aceito pedidos do público.
O Christiano Rosemberg, que está dando uma força para você, é do grupo Samba Roque Clube. Vem daí a sua preferência por esse ritmo? De que forma especificamente o Chris te influenciou?
O Chris é um grande amigo meu, e ele me deu muita força, ajudando com questão de voz, dicas de repertório, me ensinou técnicas para fazer a levada do swing, como grandes músicos do Rio, como, Bebeto, Trilogia Carioca, Samba de Santa Clara, do grande Bruno Ceará, que tem essa técnica. Ele sempre fala comigo, apesar de estar com o projeto do Samba Roque Café, uma grande casa de shows, no Rio, que fica na Barra da Tijuca. Gosto muito da ideia do Samba Roque, e é um estilo bem aceito por onde passo. Sou grato pelas ajudas do Chris.
Como fica a MPB e o pop rock nacional na sua formação artística? É apenas um gostar, uma exigência de mercado? Ou você vê qualidades e se identifica com esses gêneros musicais?
Eu tenho grande influência pelo estilo da MPB e do pop rock. Meus Pais sempre escutaram muito Djavan, Cássia Eller, Chico Buarque, muita coisa boa. E eu aproveitei, sempre escutando. É até mais fácil para gravar as músicas, porque escuto desde garoto. O percussionista (Caíque Fontoura Guimarães) que trabalha comigo sempre diz que eu tenho uma veia forte para o rock e interpreto de uma forma diferente. O público gosta muito. Passo algo forte na música que canto. Interpreto como se fosse algo que eu estivesse sentindo ou querendo dizer.
"Meus Pais sempre escutaram muito Djavan, Cássia Eller, Chico Buarque, muita coisa boa"
O trabalho em bares muitas vezes não faz a cabeça de alguns artistas, que alegam que sua arte fica em segundo plano nesses locais, já que a maioria não está lá para apreciá-la diretamente. Que análise você faz disso?
Para quem quer aparecer e mostrar seu trabalho tem que botar a cara, e levar sua música, seu som para as pessoas conhecerem. Nem todos têm paciência para procurar vídeos em sites, e o bar e as casas de show são uma grande escola, querendo ou não. Você tem um público, situações que encontrará no futuro, se batalhar. Procuro sempre dar o meu melhor.
Você disse que as suas apresentações em bares aumentaram. O mercado está voltando a se aquecer para os artistas nesses locais?
Vejo muita gente querendo colocar seu som na rua (bares) e não tem a oportunidade. Estou feliz, por estar tendo essas chances.
Você tem projeto de se apresentar numa casa noturna, com um show feito especificamente para o público que vai a esses locais para ver o trabalho do artista?
Sim, quero muito e estou a fim de levar meu trabalho a grandes públicos, estou esperando só uma oportunidade para aparecer. O mercado por aqui é bem fechado, em se tratando de casas noturnas, mas sei que se continuar com determinação eu irei conseguir.
E trabalho autoral? Pensa em explorar esse tipo de arte, seja com composições próprias ou de compositores locais?
Sim, com certeza, não quero ficar parado. Estou com vontade de escrever algumas coisas, e conheço muitos amigos aqui da cidade que escrevem muito bem. Vejo isso como uma grande porta para levar minha música adiante.
Projetos. O que vem por aí?
Quero montar um trabalho para mim, que possa mostrar um show, para que possam ver minhas interpretações, e até mesmo composições. Quero uma oportunidade. Tem muita gente boa na praça.
Serviço
> João Petriz - Ouça aqui. Contatos: (24) 9-9964-9630 e no Facebook.