Publicada em: 06/06/2015 (15:14:50)
Atualizada em: 12/06/2015 (09:44:39)
(Foto: Divulgação)
Bailarinos pretendem aprofundar tudo que aprenderam e defender o título no Baila Duo de 2016
Nicholas Lopes e Júlia Martins têm bons motivos para dançar, dançar e dançar. Eles voltaram do Baila Floripa, Festival de Florianópolis, premiados na categoria dança de salão/amador (Baila Duo). Foram sete competidores. Dançando juntos há apenas três anos, eles se conheceram na academia República do Movimento, em Volta Redonda.
- Eu já fazia parte da equipe, Julia chegou dois anos depois. Nós frequentamos os festivais há três anos consecutivos pela academia, e nos apresentamos, por meio de inscrição, na mostra oficial todos os anos que fomos.
Nicholas começou a fazer dança de salão aos 14 anos na Cia. República do Movimento, onde permanece até hoje. Foi incentivado pela irmã mais velha a fazer aulas de dança.
- Após um ano de dança de salão, fui aconselhado pelos meus professores a fazer balé clássico para aperfeiçoar ainda mais os meus conhecimentos na dança, e assim o fiz. No ano seguinte, resolvi também fazer dança contemporânea - conta.
Hoje em dia, Nicholas continua na dança de salão e no balé clássico, mas infelizmente não conseguiu continuar no contemporâneo, por causa de horário. Também, na academia República do Movimento, é professor auxiliar.
Júlia começou a dançar aos 6 anos, por meio de um projeto da Prefeitura de Volta Redonda que formava estudantes de várias escolas. Nesse projeto os alunos tinham aulas de balé clássico, musicalização, dança contemporânea e francês.
- Foi onde comecei a conhecer vários festivais de dança e cursos, como o Festival de Dança de Joinville. Permaneci por oito anos no projeto até a minha formação (2012). Três meses pós a conclusão, conheci a República do Movimento, academia da qual faço parte há três anos, iniciando assim meus estudos e conhecimentos de dança de salão. Hoje em dia, integro o quadro de professores da academia, dando aulas de balé infantil e de dança de salão particular.
Confira a entrevista com Nicholas e Júlia
Qual a importância para vocês de participar de um evento desse porte? E sair vitoriosos?
Nicholas - Para nós jovens na dança de salão é muito importante a vivência e a troca de experiência que tal festival proporciona, pois reúne em um mesmo evento muitos profissionais renomados de todo mundo.
Ao participar do festival, o foco de vocês era a competição, ou seja, vencer? Ou não?
Nicholas - Não necessariamente, queríamos adquirir experiência, logicamente pensávamos na vitória, mas principalmente pensamos em entrar para nos divertir e mostrar a nossa dança.
O que mudou na forma de vocês encararem a dança depois da participação no festival?
Nicholas - Primeiramente aumentou a nossa responsabilidade perante nós mesmos, perante a academia e os alunos e amigos que torceram por nós. E também serviu para mostrar que estamos no caminho certo, e que ainda temos muito trabalho pela frente.
Já participaram de outros festivais? O que preferem: festivais competitivos ou mostras de dança?
Nicholas - Sim. Festival da Smel (Secretaria Municipal de Esporte e Lazer), que é uma amostra de dança que acontece em Volta Redonda e no Festival de Joinville, nós e nosso grupo passamos para palco aberto (grupos que passam para palco aberto se apresentam em palcos espalhados pela cidade de Joinville). Antes da Júlia entrar, participei junto com a companhia no festival chamado Entreatos, que é um evento que aconteceu em Porto Real, competitivo. Eu gosto dos dois tipos, mostra competitiva e mostra de dança, porque entro em ambos pensando em me divertir e em mostrar um bom trabalho.
Júlia - Sim. Comecei no balé muito pequena em um projeto da Prefeitura de Volta Redonda, onde permaneci por oito anos, e com esse grupo de balé participei de vários festivais competitivos, em Angra dos Reis, Rio de janeiro e outras cidades que não me recordo. Gosto de participar dos dois tipos de festivais, porém ainda prefiro mostras de dança.
Que avaliação vocês fazem da dança aqui na região? Estamos no mesmo nível do que vocês viram lá? O que pode ser feito para popularizar a dança por aqui?
Nicholas - Acho que deveriam dar mais espaço para os demais ritmos (dança de salão, dança contemporânea, hip hop, entre outras), pois em nossa região o balé é o único difundido, com projetos e incentivadores dessa arte clássica. Assim, mostrando talentos em tais ritmos e dando oportunidades como nós tivemos em Florianópolis, para mostrar a dança da nossa cidade.
Não estamos no mesmo nível que eles, pois lá trabalham com a junção de vários ritmos, sem preconceitos.
O que incentivaria seria criar projetos que popularizem a dança de salão em escolas, em bailes dançantes, para que possa despertar nesses jovens a vontade de dançar e resgatar aquilo que a dança de salão proporciona, que é o cavalheirismo, a delicadeza das damas e saúde para a vida.
Projetos. O que vem por aí?
Nicholas - Com essa vitória no Baila Duo, firmamos parceria, pretendemos aprofundar tudo que aprendemos e também pretendemos defender o nosso título no Baila Duo de 2016 e futuramente concorrer na categoria profissional.
> Contatos: Nicholas Lopes (nicholasnovo@hotmail.com) e Julia Martins (martins_juulia@hotmail.com). Facebook.
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