Publicada: 24/07/2016 (19:17:15) . Atualizada: 01/08/2016 (11:54:08)
Quarto disco do sambista reúne suas canções de sucesso e traz uma ficha técnica de peso
Ele é de Volta Redonda. E faz sucesso em várias cidade do Brasil. O sambista Marcelo Pena, também conhecido como o Mito do Samba, inicia turnê pelo Brasil para divulgar o seu quarto CD, “As melhores do Pena ao vivo”. São 16 anos de carreira. Os shows de lançamento do disco aconteceram na sede do tradicional Bloco Os Caretas, no bairro Sessenta, em Volta Redonda, e no Clube Palmares, no Jardim Europa, também na Cidade do Aço.
No álbum, lançado recentemente, estão ao lado de Pena os músicos Hulk do Cavaco, Bruno Maior do Cavaco, Leni Brou, na percussão; Charles Bonfim, no contrabaixo; Jerominho, no violão; Evaldo Santos, no teclado; Luciano Broa, na bateria; Miudinho e Sandrinho, também na percussão. Todos acompanham grandes nomes do samba.
Outra novidade é a produção do clipe “Eu daria tudo”, que será gravado em Angra dos Reis e terá a participação de atores e atrizes nacionalmente conhecidos.
O Mito do Samba começou a despontar como sucesso no meio musical, em 2000, no Colégio Themis de Almeida Vieira, no Conforto, em Volta Redonda, onde foi formado o grupo Fissura. A batucada deu liga e em 2004, com apoio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Volta Redonda, gravaram o CD “Adeus solidão”.
O grupo Fissura terminou em 2008, mas Pena não parou. Naquele mesmo ano, inscreveu duas músicas de sua autoria num concurso da Rádio FM O Dia, no Rio de Janeiro, “Vida é brincadeira” e “Eu daria tudo”, além da gravação do hit “Batucada boa”.
- Eles escolheram “Batucada boa” como música de trabalho do Projeto Verão daquele ano na rádio - lembra Pena.
Em 2014, lançou o CD “Rompendo barreiras” que, segundo ele, ganhou o nome para mostrar que os músicos do interior também podem, como ele, romper barreiras.
- Hoje, me apresento não só no Estado do Rio, mas em outros estados, como Minas Gerais, São Paulo, e assim rompi a barreira e os músicos da região também podem fazer isso. Em 2014 gravei a música “Sob medida”, ao lado de Xande de Pilares, de quem eu já era um grande admirador, e ouvinte ainda das fitas K-7, quando ainda do Revelação. Essa amizade se fortaleceu e hoje somos amigos.
Confira a entrevista com Marcelo Pena
Esse é o seu quarto CD independente? Tem algum projeto com gravadora?
É um projeto independente, são 16 anos de carreira, muita luta. Agora vamos nos reunir com gravadoras para apresentar o projeto a eles, e se comprarem a ideia vão fazer a distribuição do CD.
Nessa sua trajetória, até chegar a esse disco, o que você destaca, e que possa servir de incentivo para a galera que tá começando agora?
São quatro discos, em 16 anos de carreira. Enquanto existir fé, talento, força de vontade e perseverança não há barreiras.
Essa turnê do CD vai passar por onde?
Vai passar por Minas Gerais, Zona da Mata Mineira todinha. Vai pelo Brasil inteiro, vai até Fortaleza, e deve acabar em fevereiro/março. Fechei com um escritório em São Paulo também. Enfim, vamos onde o pessoal quiser contratar o Pena.
Fale um pouquinho mais sobre o show? É basicamente com o repertório do CD?
É o show com as melhores músicas dos meus CDs, e acrescento quatro músicas de sucesso, como do Zeca, do Aragão, dentro do meu perfil. O show tem duração de uma hora e meia.
Você está morando no Rio? Ou vai e vem para Volta Redonda?
Tenho residência fixa em Volta Redonda, mas minha mãe e minha noiva moram em Angra. Volta Redonda é minha essência, fico lá e cá. Na verdade, sou do Brasil, rompi barreiras.
Quais as diferenças básicas entre viver da sua arte no Rio e aqui na região?
A diferença é muito grande. Quando a gente sai do interior e chega nas capitais toma um susto muito grande. O espaço é muito maior. E a valorização é muito maior também. Um show meu em Minas, por exemplo, o cachê é de R$ 25 mil.
Acabei de realizar uma votação para o meu Prêmio OLHO VIVO de grupos de pagode/samba. E a grande maioria reclamou que o samba está morrendo aqui em Volta Redonda. Você concorda?
Se está morrendo, como disseram, é porque os grupos estão muito desunidos. Nos outros locais existe uma rede do samba, que fortalece o gênero. Mas em Volta Redonda sempre existem locais que mantêm o samba vivo.
Projetos. O que vem por aí?
Vem o DVD, que é o meu próximo projeto. Cada caminhada tem o seu tempo. Será um trabalho com uma ficha técnica pesada, com grandes nomes como os do atual CD.
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