Publicada em: 10/05/2014 (14:18:01)
Atualizada em: 13/05/2014 (12:59:16)

(Fotos: Divulgação)

Impecável voleio atrai público, pela agressividade
do jogo e dos seus belos golpes bem fundamentados 

"O esporte é a minha vida, não só quando comecei a jogar tênis e a ser profissional, mas desde pequena. No meu tempo livre eu faço esporte, então sempre espero coisas boas". O objetivo de Sabrina Diaz para daqui a dois anos é o ranking, poder jogar as Olimpíadas.

- Será maravilhoso representar meu país, minha cidade, poder dividir minha história com o povo brasileiro - diz a jovem que nasceu em Volta Redonda, em janeiro de 1993.

Ela começou a jogar tênis aos 10 anos e aos 12 já era conhecida no circuito juvenil, conquistando títulos brasileiros: semifinalista do Banana Bowl, Torneio Internacional realizado na cidade de São Paulo / simples e duplas; campeã de duplas do Brasileirão; campeã do torneio das oito melhores do Brasil, entre outros. Treinada pelos melhores técnicos do Brasil: Renato Cito, dos 12 aos 14 anos (presidente da FTRJ - Federação de Tênis do Rio de Janeiro); Ricardo Acioly, dos 14 aos 18 anos (ex-capitão da Copa Davis, treinou Gustavo Kuerten, Fernando Meligeni, Marcelo Rios e Gabriela Sabatini).

Entrou para o circuito profissional aos 14 anos e chegou a conquistar seu primeiro titulo profissional aos 15, no Rio de Janeiro. Problemas de lesão a fizeram se afastar do circuito por dois anos. Hoje, totalmente recuperada e já em treinamentos, foca em buscar resultados. É conhecida no mundo do tênis por seu forte saque e seu impecável voleio atrai público, pela agressividade do jogo e dos seus belos golpes bem fundamentados. Seu porte físico também a diferencia das demais jogadoras. Disputou recentemente o Torneio Future, em São José dos Campos.

- Não tenho uma rival definida, creio que cada semana de torneio gera a rivalidade de cada jogo, independente da jogadora adversária - diz. 

Confira a entrevista com Sabrina Diaz 

Como é o seu processo de preparação?

Minha rotina de treinamento: uma semana antes do torneio previsto eu foco mais na quadra, na parte tática e técnica. Treinos específicos. Na parte física, é claro, busco sempre estar bem fisicamente, algumas semanas antes do torneio foco mais onde sinto que preciso desenvolver melhor a musculatura ou na parte aeróbica para melhor resistência. Quando não estou em torneio, treino em média quatro a cinco horas/dia, variando em treinamento de quadra e preparo físico. 

Como está o tênis aqui em Volta Redonda? Há espaço e incentivo para os atletas que praticam esse esporte?

O tênis em Volta Redonda é bem ativo, pode parecer que não, mas existem muitas pessoas que gostam e jogam o esporte. Creio que não temos mais pessoas praticando por não termos na cidade muitas quadras públicas e divulgação para o incentivo da prática. Eu, como atleta profissional e ainda por ser da cidade, poderia ajudar nessa parte de incentivo e divulgação, mas acho que ainda a cidade não está focada em esportes no geral. O tênis não é ainda um esporte que seja aberto para todo o público, pois não temos muito incentivo. Hoje em dia o número de crianças que praticam e jogam os torneios é bem mais alto do que a um tempo a trás e isso é a base dos torneios divulgados e televisionados abertos para o público, isso é a maneira de dar notoriedade ao esporte e também aos atletas que estão se destacando, tanto no masculino quanto no feminino. Hoje temos torneios de alto nível no Brasil, como Brasil Open, Rio Open e o Aberto de São Paulo. 

Qual seria o caminho para popularizar o tênis aqui na região?

Acho que seria incentivar os projetos para crianças de inicialização da base do esporte, incentivar os atletas já profissionais em busca de melhores resultados e uma melhor divulgação desses atletas. 

Você tem patrocínio para se dedicar inteiramente aos treinos? Conseguir patrocínio ainda é o maior desafio?

Hoje em dia não tenho patrocínio que me dê suporte para jogar os torneios e nem os custos de treinamentos adequados para a prática. Conseguir patrocínio ainda é um desafio, mas acredito que seja por ter pouca divulgação do esporte. 

A iniciativa pública pode ajudar de alguma forma?

Sim, sem dúvidas, o poder público ajudaria na divulgação do esporte e aumentaria o número de atletas futuros. O incentivo sempre será um fator positivo para qualquer esporte, não somente falando do tênis, a base é fundamental. 

Quem te influenciou para você optar pelo tênis? Quais os atletas nacionais e internacionais que você admira?

O tênis surgiu muito naturalmente na minha vida, claro que minha mãe é a pessoa chave para que tudo pudesse se tornar possível, sempre fiz muitos esportes mas nunca tinha jogado tênis e na primeira oportunidade que surgiu foi uma paixão sem fim. Os atletas que me fazem amar mais esse esporte são: Masculino ATP - Roger Federer, por sua postura e classe dentro de quadra; Rafael Nadal, sua mente incansável e um físico jamais visto; Gustavo Kurten, um atleta mágico, pela sua história e seu carisma que conquistou o mundo. Feminino WTA - Serena Williams, uma tenista jamais vista, pra mim é a melhor de todas; e Maria Ester Bueno, um nome que sempre deu esperanças para o tênis brasileiro feminino. 

Além do tênis, o que mais te apaixona profissionalmente falando? Você vai investir nessa paixão?

Gosto muito de compor, gosto de trabalhar no desenvolvimento desse processo musical. Música é uma segunda paixão. Sim, eu tenho vontade de investir também nessa minha paixão. 

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