(Foto Ilustrativa/The Daddy Little Girl)
Trem, carregado de escória da CSN, seguia para
o depósito da empresa, no bairro Volta Grande
O atropelamento do vigia Euziel Paulino da Silva, de 40 anos, na noite de anteontem, 12, será julgado como homicídio culposo (sem intenção de matar). O caso foi instaurado pelo delegado titular da 93ª DP (Volta Redonda), Antônio Furtado, contra o maquinista Silmar Ribeiro Orozimbo, de 46 anos, que conduzia a locomotiva que atropelou e matou o vigia.
Segundo a polícia, a vítima foi atropelada na travessia da linha férrea da Rua Recife, sob um viaduto, no bairro Vila Americana, em Volta Redonda. O trem, carregado de escória da CSN, seguia para o depósito da empresa, no bairro Volta Grande. Ainda segundo informações da polícia, a vítima teve a cabeça decepada e os pés dilacerados.
Procedimentos padrões
O delegado já registrou o depoimento do maquinista e também do manobrista. A polícia apura se eles agiram com imprudência, desrespeitando algum dever de cuidado. Em depoimento, Silmar teria garantido que seguiu todos os procedimentos padrões impostos pela empresa durante o trajeto, como reduzir a velocidade da composição para 20 Km/h quando passar por passarelas e passagens de níveis, usar sinos, buzina e acender os faróis da locomotiva como forma de alertar aos pedestres.
Eles teriam afirmado ainda em depoimento que não notaram nada de anormal durante o trajeto da usina até o depósito de escória no bairro Volta Grande. O delegado vai intimar parentes e amigos da vítima para saber se Euziel tinha algum problema de saúde ou se sofria de depressão.
Lamentável, mais um caso de morte por trem em Volta Redonda. Resta à polícia apurar, neste caso, se realmente maquinista e manobrista cometeram algum ato imprudente, que resultou na morte de um trabalhador.