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(Foto: Divulgação)
Ação do tempo pode tornar os papéis quebradiços;
é necessário utilizar luvas e máscara no trabalho
O processo de digitalização do Arquivo Histórico de Resende, que funciona na Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda, começou em 8 de junho. O trabalho transformará em material digital mais de 100 mil arquivos mantidos pelo órgão, entre jornais, fotografias, atas da Câmara Municipal e outras documentações dos séculos XIX e XX.
O serviço está sendo executado pela empresa Imated - Imagens e Tecnologia Digital, contratada pela prefeitura, que para executar o serviço instalou nas dependências do Arquivo Histórico um computador e um scanner.
Grande parte dos documentos que serão digitalizados precisa ser manuseada com muito cuidado, visto que a ação do tempo pode tornar os papéis quebradiços. Por isso, é necessário utilizar luvas e máscara.
De acordo com o pesquisador e professor de História do Arquivo Municipal, Valmir Dias Maia, a ideia é que todo o material que for escaneado seja publicado online para facilitar pesquisas e ficar à disposição da população em geral.
- Esse trabalho representa a preservação da memória da cidade, que poderia se perder com o tempo. Recebemos pesquisadores de todo o Brasil e a busca pelas informações desejadas nunca é fácil, devido ao grande volume de documentos - afirmou Valmir.
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Entre as raridades que podem ser encontradas nas prateleiras e caixas do arquivo, estão levantamentos populacionais feitos pela prefeitura no início do século XIX.
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Jornais que ajudam a contar antigos fatos do município também ganham destaque no acervo, que está há mais de 40 anos sob os cuidados do diretor do Arquivo Histórico, Claudionor Rosa, considerado um dos maiores especialistas em história resendense.
Para o presidente da Casa da Cultura, João Duarte, o processo de digitalização é fundamental para manter viva a história de Resende.
- É com grande satisfação que acompanhamos esse trabalho, aguardado há muito tempo pela Fundação. Temos um acervo enorme e perecível. Com a digitalização poderemos garantir o acesso e o conhecimento da história local, principalmente para as gerações futuras - disse o presidente.