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Um Céu de Nuvens

Estações das artes e da cultura - um ciclo climático cultural

Agora, está posto que vale tudo; vale interromper tudo que sempre veio dando certo e continuar o que sempre deu errado

Indicados ao Prêmio OLHO VIVO  –  12/05/2013 15:53

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(Foto Ilustrativa)

Um grande e rigoroso inverno: Por último virá a grande
surpresa de 2016, a primavera ininterrupta e fresca

Um novo céu está sobre Barra Mansa. Um céu composto de nuvens que, juntas, e dependendo de onde você olha, formam desenhos interessantes, como um porquinho, um elefantinho, um jegue. Outras nuvens que não conhecemos tampouco. Os tempos, o clima, as estações, o partido e o governo mudaram. Nessas brisas de mudar para melhorar, temos sentido na pele o arrepio gélido dos caminhos tortuosos que segue a cultura do Vale. Agora, está posto que vale tudo. Vale interromper tudo que sempre veio dando certo e continuar o que sempre deu errado.

Podemos dividir a previsão do tempo deste novo governo barramansense em quatro estações, subdividas nos quatro próximos anos de governança. Esta primeira fase, este primeiro ano, será um grande e rigoroso inverno, onde artistas que víamos pelas ruas e praças, nos bares, nas galerias, hibernarão, ficaram com os pés em banho-maria postos justamente pela própria Fundação de Cultura, que não as conhece, não as percebe e não as reconhece.

Novos perdidos na cultura

Nas estações anteriores, um imenso mapeamento foi realizado, grupos e indivíduos foram cadastrados na sede do órgão gestor da cultura no município. Reuniões do Conselho foram realizadas, postas em atas, e temas foram expostos para deliberação. Nada disso está à disposição dos novos perdidos na cultura, querem ajuda para atravessar a rigidez dessa estação, mas, se não ajudam, não podem esperar ajuda.

A segunda estação, que começará em fevereiro de 2014, será um amuado outono. Onde as folhas secas e velhas caídas no solo fértil, adubarão este solo tão exaurido e maltratado. Há uma previsão de uma seca forte nos meses de junho e julho, mas teremos uma estação de recuperação das atividades coletivas. Muito disso se dará pelo fato do derretimento das geleiras do rigoroso inverno passado ter provocado muito suor que escorrerá e transformará nossa paisagem expondo nosso agronegócio e nosso poderio bélico (sic!). Novas articulações serão feitas e novos caminhos estarão descobertos em função da abertura do tempo.

A mais dura e árdua etapa

A terceira etapa deste ciclo climático será a mais dura e árdua para os controladores do tempo, pois haverá uma inversão da lógica climática. Teremos em 2015 um rigoroso verão. Atores, agentes, músicos e poetas estarão quentes, fervendo com seus projetos e ações. A sede da Fundação terá que construir suas barricadas, se prevenir com aparelhos de mentes-condicionadas para refrescar e resistir a tantas rajadas de tempestades de areia, baixa humildade no ar, além de agressivos e pontuais intolerâncias climáticas. Nessa estação os prédios poderão ser invadidos por massas quentes de ar-tistas.

Por último virá a grande surpresa de 2016, a primavera ininterrupta e fresca. Nesse período encontraremos no início do ano flores silvestres, grupos frutos dos projetos que outros grupos plantaram nas estações anteriores. Veremos a abertura de faces temerosas com a expectativa da chegada de uma nova massa eleita. Um grande e inconteste ressaca nos mares do Paraíba criarão ondas de até 400 m2 que quererão políticas de ocupação novas, pois as vendas de espaço público não florescerão para o novo ciclo que começará em 2017. Essas foram as notícias do clima exposto pela "Vitrine Cultural" do OLHO VIVO.

Fiquem ligados que qualquer movimentação das nuvens negras informaremos com antecedência e detalhes. Até a próxima.

Por Rafael Crooz  –  rafaelcrooz@hotmail.com

1 Comentário

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  • Renato

    As previsões para a vizinha Volta Redonda são catastróficas. Lembrando que em Barra do Piraí até mesmoa terra já tremeu. E olha que eles tem um pastor no comando hein!!!