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A Roupa do Rei é Rubra

O que esperar do "impacto dos 100 dias" em Barra Mansa

Agenda de shows e eventos sem a valorização das pratas da casa apenas enche o saco do rei de ouro

Indicados ao Prêmio OLHO VIVO  –  11/01/2013 18:48

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(Foto Ilustrativa)

É tempo de mover apenas as peças necessárias

 

Nesta nova seara de entradas e saídas de administradores estamos em xeque com a rainha posta diante do rei. Nesse tabuleiro cultural ainda falta, nas secretarias nomeadas, um gestor de cultura que possa assumir a posição com a firmeza de uma torre, a agilidade de um cavalo, a compreensão de bispo e a flexibilidade da rainha. Postos todos sob as regras do rei o jogo de concluir os planos, sistemas e conferências terá que ser jogado com cultura e sabedoria sem derrubar nenhum peão.

A cultura de Barra Mansa foi deixada com pendências administrativas, além de obras inacabadas. Fazendo uma grande vitrine cultural essas estratégias precisarão passar pela linha dos peões, ou seja, por aqueles que fazem a frente do jogo.

A sociedade civil organizada tem o direito de ser consultada antes de os jogadores moverem qualquer peça. A estratégia do "impacto dos 100 dias" posta por Jonas Marins desperta a grande curiosidade: Será que a cultura sofrerá algum impacto nos 100 primeiros dias? Conversando hoje sobre o assunto, logo após apagar um verdadeiro incêndio nas ruas do Centro da cidade, outra importante pergunta me surgiu: E depois do tal impacto, o corpo governamental conseguirá sustentar as posições conquistadas?

Democracia invertida 

A equipe que assumiu a Fundação de Cultura tem um histórico em outras gestões que não priorizaram o diálogo direto com o povo. Essa prática de democracia invertida de que deve-se prevalecer a vontade da minoria dominante mascara uma falaciosa sociodemocracia, onde busca-se a distribuição de bens e serviços de consumo de acordo com uma demanda gerada pelo poder e não pela vontade do povo. O jogo vira a mesa e vemos o povo passando, de repente, a querer consumir necessidades supremas que nunca antes tiveram. A agenda de shows e eventos sem uma valorização das pratas da casa apenas enche o saco do rei de ouro. Com plebeus ávidos por distribuição de projetos BBB, bons, bonitos e baratos, a monarquia abre a arena com caminhões repletos de pãezinhos bolorentos.

É tempo de mover apenas as peças necessárias, se não, a estratégia do ataque relâmpago de avançar duas casas com o peão do rei, liberar o bispo e a dama para o ataque e anunciar xeque-mate, pode fazer que o jogo termine bem antes de começar. Portanto, amigos, desembainhem suas espadas, arribem seus escudos, mantenham a forma e dialoguem, quem sabe não sacamos um Roque e trocamos o rei de posição com a torre, abrindo o castelo para o povo e deixando o rei de lado.

Por Rafael Crooz  –  rafaelcrooz@hotmail.com

2 Comentários

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  • Rivotril Aquino Tantan

    O Sr. Rivotril não sabe escrever em teclados. Pediu que este amigo vos tecle: O argumento de dívidas de gestores vencidos tem prazo de validade. Pode sim ser usado na defesa de todos os questionamentos até os 100 dias. Depois disso é inconsistente. Aconselha que o Sr. Jonas faça como o dono da loja do fazendeiro: venda gatos, mas em cômodo separado do aquário. Que venda galinhas, mas em cômodo separado das sementes. Secretário bom é o que trabalha à mineira. Faz tudo o que precisa ser feito e deixa as falas ao prefeito.

  • Geraldo Costa

    Temos que ter equilíbrio, principalmente para jogarmos esse tipo de xadrez.
    Segundo levantamentos preliminares, a dívida deixada pela administração anterior, inclusive muitas na cultura, já beiram a casa de 30 milhões de reais.
    Não deveríamos vender falsas expectativas.
    Devemos estar falando do impacto de 10 dias do Zé Renato?