(Fotos: Divulgação)
“Profissionais de Educação relatam que os jovens estudantes têm muito mais interesse nas aulas das quais possui a dinâmica da gameficação. É um tema novo que abrange muitos profissionais”.
Tudo começou com as aulas de informática para a Terceira Idade. Mais de quatro anos se passaram até que “Gameficação na Educação - Usando a API ResultEduc” chegasse aos leitores. O livro de Marcos Alvarenga é indicado para profissionais de educação (professores, pedagogos, coordenadores, admiradores), estudantes, programadores, empresas, games e amantes de jogos. Saiu pela editora Viseu, tem 357 páginas, custa R$ 104 e pode ser adquirido pelo site da editora ou pelo site do autor.
Marcos Alvarenga Oliveira, que assina Marcos Alvarenga, tem 44 anos, é de Barra do Piraí (RJ) e mora em Natal (RN). Leonino com ascendência em aquário e lua em câncer, ele se define como corajoso, do tipo que se joga na vida e só depois vê as consequências.
- Quero ser o centro de tudo, preciso de palco, aplausos e ser percebido, de um coração que não cabe no peito e uma imensa generosidade. Como aquariano, vivo cheio de ideias, planos, sonhos, no mundo da lua, porém sem perder o foco. Amigo, leal, inquieto, viajante na vida em todos os sentidos. Amo a política e não a politicagem, militante da causa animal, espirituoso e em busca do sentido da vida.
Confira a entrevista com Marcos Alvarenga
Quando e como surgiu a ideia de escrever o livro? Quanto tempo para o projeto ganhar forma e ser lançado?
O livro “Gameficação na Educação - Usando a API ResultEduc” iniciou-se, na verdade, quando tive a honra de lecionar na Academia da Vida Oscar Cardoso (Fevre - Fundação Educacional de Volta Redonda), na disciplina de Informática Educativa, para o público da Terceira Idade, em que desenvolvi uma metodologia para ajudar esse público a aprender informática. Criei um jogo (Bingo) na versão analógica para facilitar o aprendizado da informática, conciliando a vontade que esse público possui em jogar bingo.
Entrei no mestrado da UFRN (2018-2021) com o projeto de digitalizar esse jogo, mas no andamento do curso virou um estudo de caso de um projeto maior, que foi a construção da API (As APIs são um conjunto de padrões que fazem parte de uma interface. As APIs permitem a criação de plataformas de maneira mais simples e prática para desenvolvedores. A partir de APIs, é possível criar softwares, aplicativos, programas e plataformas diversas.), fruto da dissertação do mestrado o livro nasceu.
O projeto de pesquisa, escrita e criação da API durou três anos e demorou ainda um ano a negociação com a editora Viseu-PR.
Muito se fala na dificuldade que existe em se lançar um livro. Você passou por essa fase? Como facilitar o processo?
Sem apoio financeiro, realmente é muito difícil publicar, passei por uma série de desafios para publicar este livro, como:
1 - Solidão - A escrita assim como a pesquisa requerer muitas vezes se isolar para escrever;
2 - Falta de apoio financeiro - Não tive bolsa de pesquisa e com o salário de professor senti muita dificuldade para publicá-lo;
3 - Pandemia (novo coronavírus/Covid-19).
Como diz a famosa frase: “Se quer ir rápido, vá sozinho. Se quer ir longe, vá acompanhado”. A editora é uma empresa e com isso gera emprego (questão financeira) e possui profissionais que irão fazer todo o trabalho para ajudar quem:
• Deseja escrever um livro e não sabe por onde começar;
• Já tem livro publicado, mas as vendas estão fracas;
• Quem não encontra editora e já investiu muito em publicação independente;
• Está inseguro para produzir conteúdo nas redes sociais;
• Vai lançar o livro e não sabe como fazer o próprio marketing ou a quem deve contratar;
• Não gosta de marketing, mas sabe que precisa começar a fazer.
Mas existem sites dos quais se você já tiver seu trabalho diagramado e na versão digital eles oferecem alguns serviços para você iniciante. Exemplo: Uiclap - Uma plataforma gratuita de auto publicação, venda, produção e distribuição de livros impressos, que conecta o autor diretamente ao mercado.
Em tempos de internet, textos curtos, imagem em primeiro plano. Como você analisa a questão dos leitores? Isso interfere no seu trabalho autoral? Você já tem um público fiel?
Depende muito, com o advento e a globalização da internet, a nova geração de leitores, onde buscam informações, notícias, entretenimento muito rápido, resumido, dinâmico como algumas ferramentas de certas plataformas os atraem, como as Reels, podcasts que facilitam a comunicação rápida e resumida, mas não aprofunda muito em detalhes, interpretações, debates é excelente.
Agora para a geração dos meus pais, tios(as) e a minha e dos meus irmãos e amigos, ler um livro bem produzido, com pesquisa, entrevistas bem elaboradas, desenvolvimentos de outras linguagens, fotos é muito mais profundo e bem trabalhado.
A Minha geração tinha que ir à biblioteca pesquisar, ou alugar um filme, DVD. Não existia YouTube, sites de entretenimento e documentários, ou seja, a internet estava em gestação ainda. Não existia toda a facilidade que hoje os jovens encontram. É uma questão cultural de geração, difícil de comparar.
Estou construindo meu público, pois o lançamento foi em dezembro de 2022, porém já participei de alguns encontros de profissionais de Educação aqui em Natal (RN) e venho recebendo muitos elogios e muito interesses, pois relatam que os jovens estudantes têm muito mais interesse nas aulas das quais possui a dinâmica da gameficação. É um tema novo que abrange muitos profissionais. Eu mesmo sou professor aqui desde 2019, tanto para nível médio técnico como para universitários, e trabalhar com essa metodologia de gameficação é muito mais enriquecedora, divertida, dinâmica e interativa do que somente ficar nos livros e filmes. É uma complementação para “prender” a atenção do aluno.
Você passeia por estilos e gêneros diferentes na arte de escrever, certo? Trace um paralelo entre as suas construções textuais.
Este é meu segundo livro, o primeiro foi de poesia, intitulado “Reencontrar-te”, lançado também em 2022. Escrevo também crônicas e no futuro pretendo lançar um romance, mas adoro passear pela pesquisa e observar o comportamento humano para inspiração de minhas obras.
Você esteve um período aqui na região, e agora está em outra completamente diferente. A forma como se consome literatura também é diferente? Onde há mais (ou menos) incentivo à leitura?
Sou natural de Barra do Piraí (RJ), morei em Volta Redonda, Seropédica (RJ), na capital do Rio de Janeiro, São Paulo e hoje em Natal (RN).
Observo que aqui em Natal existem muitos coletivos de literatura (poesias, cordéis, etc.) mais do que vivenciei em Volta Redonda, Barra do Piraí e até mesmo na capital do Rio, Niterói (RJ) e São Paulo. Mas depende muito das pessoas que conheci nesses lugares onde morei. Nas capitais, não tive muito contato com esses grupos e coletivos, aqui eu presencio mais, acredito devido as pessoas que me foram apresentadas onde esses grupos já se fortaleceram. O Nordeste já é o futuro!
Minha produção literária ganhou força, acredito eu, devido a inspiração que os potiguares, de certa forma, me inspiraram. Me deram coragem para tornar minha escrita materializada na forma de livros.
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